De pequenino se torce o pepino.

Bom dia,

No Domingo (30 de Maio) levei o meu filho ao Museu da Electricidade, mais especificamente ao evento do Dia Mundial da Criança. Fomos de comboio, pois para além de ele gostar muito mais do que carro, é muito mais cómodo e rápido. Mas mal chegámos à estação de Belém os problemas começaram. Não existem acessibilidades para carrinhos de bebé ou para pessoas com deficiência motora. O meu filho felizmente já não necessita, mas assisti a muitos pais desesperados para descerem ou subirem os carrinhos nas escadarias de acesso.



Quando chegamos ao fim das escadas, não conseguimos literalmente andar. Tudo à volta estava inundado de carros indevidamente estacionados, inclusive na ciclovia. Tivemos que nos deslocar entre os que lá estavam e muitos deles em andamento. Quando o meu filho me perguntou porque estava tanto carro alí eu respondi a verdade: nem todos são civilizados como nós e os polícias não querem trabalhar.
A minha observação não era desprovida de razão, pois não se via um único em toda a zona e mesmo se lá estivessem, duvido que tivessem feito algo, como é hábito no que toca ao estacionamento.
Os turistas por quem nós passámos estavam perplexos com o que presenciavam, concerteza habituados a meios mais civilizados.

É inadmissível que numa zona tão turística da cidade se presencie este tipo de atitude bárbara, ainda para mais sob o olhar cúmplice da autoridade. É impossível fotografar o que quer que seja sem que apareçam vários carros na foto, em contraste com as belas imagens da cidade sem praticamente carros que se vêem nos videos da TAP.

Das duas uma, ou a polícia faz realmente aquilo para que é paga ou encham os passeios de pilateres (devidamente colocados) e acabem com esta vergonha perante o turismo e desrespeito pelo peão. Existiam alternativas sim, eu fui numa, e muito sinceramente estou desgastado com esta cumplicidade e passividade da Câmara e Polícia com este tipo de atitude.


Cumprimentos,

De amarelo fica mais bonito!

«Calçada do Carmo: passeio do Quartel do Carmo!
Mas porque é que a CML gasta tinta a pintar traços amarelos nas bordas dos passeios?
Exemplo de passeio em frente do Quartel do Carmo»
Contribuição de um leitor,

NOTA: Artigo 62.º (Decreto Regulamentar n.º 22-A/98)
Marcas reguladoras do estacionamento e paragem
1 — Para regular o estacionamento e a paragem podem ser utilizadas as seguintes marcas, de cor amarela:
M12 e M12a — linha contínua junto ao limite da faixa de rodagem e linha contínua sobre o bordo do passeio: indicam que é proibido parar ou estacionar desse lado da faixa de rodagem e em toda a extensão dessa linha;
M13 e M13a — linha descontínua junto ao limite da faixa de rodagem e linha descontínua sobre o bordo do passeio: indicam que é proibido estacionar desse lado da faixa de rodagem e em toda a extensão dessa linha;
M14 — linha em ziguezague: significa a proibição de estacionar do lado da faixa de rodagem em que se situa esta linha e em toda a extensão da mesma;
M14a — estacionamento para cargas e descargas: área constituída e delimitada por linhas contínuas de cor amarela; significa a proibição de paragem e estacionamento na área demarcada, excepto para efectuar cargas e descargas.

''Autoestrada'' para automóveis, 80 cm para os peões

«Como é possível verificar através de posts anteriores, não são só os automobilistas que põe em causa os direitos dos peões.
Os ataques vêm também de onde (menos) se espera. São muitas vezes prepertados pelas pessoas que projectam as nossas cidades.
Estas imagens reportam um final de tarde na Avenida de Berna (Ou será Autoestrada de Berna?). São asseguradas três vias de circulação em cada um dos sentidos, mais duas filas para estacionamento. Um claro convite para que se traga o automóvel para o centro da cidade. Mas neste troço onde se encontram as duas paragens de autocarro, para que os peões transitem, restam apenas 80 cm de distância entre as paragens e o muro da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
A FCSH/UNL, que poderia exercer alguma pressão junto das autoridades competentes para que a situação seja corrigida, até à data nada fez. Toda a direcção, o corpo docente, e alguns dos alunos de 2º e 3º ciclos têm direito a lugares de estacionamento gratuitos, não obstante a quantidade e qualidade dos transportes públicos que dão acesso a esta zona. São assim impedidos de pensar e agir sob a perspectiva de peão. Mais uma instituição pública que almeja conter em si uma grande quantidade de conhecimento, mas que continua a celebrar o carro no centro da cidade.
A solução obviamente não poderá passar por retirar as paragens, prejudicando aqueles que tomam a opção certa de utilizar o transporte colectivo, passa sim, por retirar espaço aos automóveis.»



Contribuição de um leitor,

Exemplos


Viagem de Metro: O vice-primeiro ministro do Reino Unido Nick Clegg recusa o uso do seu carro oficial e apanha o metro de Londres para a estação de Kings Cross, enquanto isso a sua mulher Miriam Gonzales espera na estação de comboio lado a lado de outros trabalhadores pendulares.

in Mail Online, 24/05/10


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Adenda: Artigo no Diário de Notícias de hoje sobre o mesmo executivo: Governo de coligação quer altos funcionários públicos a andar de transportes como os outros cidadãos.

Obrigado Rui.

Rua Padre Anchieta, Agualva, Sintra

«Caríssimos,
Já tinha enviado uma contribuição exactamente do mesmo local, mas esta noite o abuso era mesmo ridículo.
37-01-IN
78-79-DJ
89-15-HC
Habitualmente há sempre um carro mal estacionado, que obriga a fazer um ligeiro desvio ao percurso, mas hoje o peão deparava-se com esta verdadeira muralha de Fiesta e Golf, cujos condutores fizeram o favor de nos deixar cerca de 50 centímetros ali à beirinha da estrada. (vista1.jpg, vista2.jpg, vista5.jpg)
Quando passei, já algum peão demasiado exaltado tinha tentado passar entre o Fiesta e a parede, com os efeitos nefastos daí decorrentes para o espelho retrovisor lateral. Eu, como esgotei o meu stock de autocolantes, limitei-me a deixar uns bilhetes no limpa-pára-brisas. O outro peão ainda não deve conhecer os efeitos terapêuticos do autocolante. Por falar nisso, estou a precisar de uns, depois podemos combinar...
Já antes desse pedaço de passeio, o peão tem que percorrer um passeio que se viu invadido por estacionamento em espinha, quando antes era paralelo à via, a pretexto de umas obras que ali decorrem. Isto até se aceita, excepto quando o automobilista tem medo que lhe impeçem batam na gigante cauda do seu pequeno utilitário, e deixa apenas uns 30 centímetros de passeio livres.
Surpresa das supresas, cerca de 60 metros à frente, encontram-se uns 10 lugares livres (vista4.jpg). Na fotografia aparecem uns 5, do outro lado da rua haveria outros 5.

Envio também outra fotografia do Martim Moniz, onde o espaço dos peões é delimitado por um lancil; obviamente surgem logo a seguir campeões como esse.»
Contribuição de um leitor

Pilarete Humano!

«Eram cerca de 9:45h da manhã de quarta-feira, 19 de Maio, quando, voltando a casa depois de deixar a minha filha na creche paroquial de Oeiras, encontrei, entre outros, o carro com a matrícula XXXXXXXX estacionado no passeio da rua José Falcão, em Oeiras, de tal maneira que tive de andar de lado para passar entre o retrovisor e a parede. Quando passava pela frente do carro, percebi que os piscas tinham-se acendido e apagado. Olhei para trás e vi que uma senhora o tinha aberto e, que se preparava para entrar no carro. Disse-lhe que aquele carro, estacionado como estava, agredia-me. Ela respondeu-me: "Ah é? Óptimo!". Diante de semelhante resposta, pus-me, no passeio, em frente ao carro, e tentei inicialmente telefonar à Polícia Municipal. Atendeu-me um sinal de fax. Tentei então telefonar à PSP. Enquanto o fazia, a senhora saiu do carro e empurrou-me enquanto gritava: "Sai, sai que já me estás a irritar", "Se não queres morrer sai da frente porque eu vou passar por cima". Eu deixava que a senhora me empurrasse mas, quando ela entrava no carro, punha-me outra vez no passeio à sua frente. Depois de duas tentativas, consegui falar com a PSP, que se pôs a caminho do local. Em dado momento, alguém disse à senhora que a Polícia estava a caminho. Pouco depois, a senhora pôs o carro em andamento - não suficientemente rápido para me magoar mas suficientemente pesado para me derrubar sobre o capot. Com o carro já inteiramente fora do passeio, a senhora parou e eu saí do capot. Pouco depois (não mais de 5 minutos), chegaram dois agentes da PSP. Nem a senhora nem o seu carro estavam então no local. Quando eu estava a contar o que acontecera, vi que a senhora voltava ao local. Os agentes tomaram o cuidado de nos manter sempre à distância, de maneira que não sei o que essa senhora lhes disse. Sei apenas que também eu contei a minha versão dos acontecimentos e que ambos fomos identificados.


Duas senhoras que assistiram à cena aceitaram testemunhá-la.»

Mário Negreiros

Hoje andei com amigos a colar uns autocolantes...

Boa noite!
Hoje andei com amigos a colar uns autocolantes.

Apoio totalmente a vossa iniciativa e só hoje me apercebi como os autocolantes acabam num ápice (tal é a loucura dos estacionamentos)!

Perto de minha casa tenho constantemente veículos estacionados nos passeios, em frente à porta do prédio, com lugares de estacionamento livres (muitos mesmo) a menos de 50/100m.

Os passeios foram arranjados há menos de um ano e já estão com aspecto de estar cá há muitos anos, com abatimentos e lancis partidos e enegrecidos (suponho que não tenham sido construídos para aguentar com os carros em cima). Valeu a pena o investimento (pago por todos nós)? Teria certamente valido se existisse respeito pela comunidade, pelos vizinhos, por todos os que andam a pé (que são mesmo todos!)...

Estive a ler o blog e chateia-me um pouco que as pessoas que colam estes autocolantes também respondam agressivamente contra os infratores que se manifestam. Parece-me que assim nos estamos a enfiar todos no mesmo saco. Eles que se manifestem, não precisamos de entrar num nível degradante e alongar conversas que não levam a lado nenhum. Mas compreendo a revolta e o direito de expressão, por isso isto é apenas um desabafo e uma referência ao que considero menos positivo neste movimento (as "conversas decadentes" que encontramos nos comentários do blog). E a perfeição por vezes é inimiga da acção!

Muitos parabéns pela iniciativa!

Podem enviar-me autocolantes?

Que dados necessitam, é necessário pagar alguma coisa?

Obrigado!
AP

Não dizem que precisam de dinheiro?

Apesar de ter, ali ao pé, estacionamento gratuito e abundante, este automobilista prefere estacionar a caranguejola como se vê. E não se sabe o que mais admirar: se a desfaçatez desse pândego, se a inoperância das autoridades (que passam ali várias vezes por dia), se o misto de naturalidade e resignação dos peões obrigados a fazer o que a imagem de baixo documenta.

Já agora: numa altura em que o governo tanto se queixa da falta de dinheiro, porque não manda buscá-lo a esta gentinha que, como se vê, está disposta a pagar - e bem?
Mas, se não quer esse "aumento de receita", pode sempre jogar com a "redução da despesa": basta que o sr. Ministro da Administração Interna dê sinais de vida, e ponha a mexer os outros pândegos - os seus subordinados que são pagos pelos contribuintes para que isto não suceda.

Depois de despojado, o peão vê o seu espaço... vendido!









«Passeio Livre no Largo do Calhariz? No thanks to Olá!
Já não bastava o problema dos passeios pequenos para o grande volume de peões que circulam diariamente no Largo do Calhariz, agora teremos ainda de contornar, encolher a barriga, etc. para que sua excelência a marca OLÁ possa vender gelados no espaço público»
Contribuição de um leitor,


«É preciso é proteger o investimento!
Desde que vi uma foto de um smart estacionado dentro de uma paragem de autocarro, pensava já que tinha visto de tudo»
Contribuição de um leitor,

...isto merecia era uma grande volta!

«Achando que isto merecia era uma grande volta!

Na 1ª foto podemos ver que o melhor amigo do dono, ficou bem direitinho em cima do passeio, que é para não estorvar muito.
Na 2ª imagem, parece-me que os senhores da Precision também necessitam de mais espaço, pois o carro estava ao seu(deles) cuidado.
Abraço e boa sorte»
Contribuição de um leitor,

Ricardo Garcia no Público: Corrida de obstáculos

PÚBLICO: 14 de Maio de 2010

Corrida de obstáculos
Ricardo Garcia

Acordo decidido e delibero, para júbilo da atmosfera: "Hoje vou a pé para o comboio." Por norma, levo o carro e deixo-o algures perto da estação. Trajecto curto, motor frio e velocidades baixas, porém, resultam em maiores emissões relativas de CO2. O dano ambiental por quilómetro rodado é maior.

"Vou a pé", determino, portanto. E vou.

Saio de casa e desço a minha rua, consciente de que não é dos percursos mais mirabolantes, em termos paisagísticos e funcionais. O primeiro obstáculo não demora a aparecer: um carro sobre o passeio. Não é um automóvel qualquer, mas um brutamontes desses que estão na moda - os SUV - de dimensões inversamente proporcionais à consciência ecológica do dono. Além de grande, o carro encontra-se num ângulo tal que é impossível escalá-lo e passar-lhe por cima, que é o que às vezes faço. Dou a volta ao jipe pela rua.

Mais à frente, novos automóveis populam o espaço em tese destinado aos transeuntes, desta vez diante de um bar de alterne. Os respectivos condutores possivelmente ainda convalescem. Há algum espaço para passar, mas é de lado, encolhendo a barriga.

Tudo corre bem nos dez metros seguintes, até que me deparo com o omnipresente ecoponto. Os três contentores - o amarelo, o verde, o azul - reverencialmente ornados com excedentes da reciclagem espalhados pelo chão barram-me o caminho natural, que seria em linha recta.

Contornado o ícone do bom samaritano ambiental, eis que o passeio desaparece. Alguém deve ter julgado que não era mais necessário. Ressurge mais adiante, mas em versão limitada. É apenas uma estreita língua de calçada, sobre a qual os pés só cabem em fila indiana. Sob equilíbrio periclitante, não há alternativa. Volto para a rua, partilhando-a com carros que vêm na minha direcção, em amena fraternidade.

Mal se alarga novamente o passeio, são os automóveis que, sedentos de parqueamento, o ocupam. Não me resta senão prosseguir pela rua, onde por pouco não sou civicamente aniquilado por um camião de cerveja. Do ponto de vista etílico, convenhamos, seria um final em grande.

Enfim, atinjo uma zona onde o passeio, protegido por pilaretes, está de facto reservado aos peões - por clamorosa incompetência do urbanizador. Regozijo-me e, absorto em pensamentos semiluxuriantes sobre a qualidade de vida, respiro fundo. E a inalação dos humores circundantes é o que me safa. Evito, in extremis, o contacto pedestre com um testemunho da biodiversidade canina, depositado bem no meio do caminho. O animal devia ser dos grandes, porque a coisa é de porte substantivo, passível tanto de pisoteio como de pontapé.

Já lá vão cinco minutos de caminhada e começo a ficar cansado do ziguezague. Sou ultrapassado por uma mulher que deve fazer aquele trajecto todos os dias. Contorna os obstáculos com tal destreza que me fixo na sua retaguarda, à guisa de farol, e sigo as suas manobras. Compreensivelmente, desconcentro-me. E dou de caras com um camião a descarregar material de construção, cujo motorista, com 50 quilos de cimento às costas, olha para mim com ar de poucos amigos. Penso no princípio da precaução, pondero os riscos e regresso à estrada.

Pouco mais adiante, o passeio afunila-se de novo. Desta vez, ando com um pé na calçada e o outro na rua, indiferente às possíveis consequências ortopédicas do acto. Um poste - sempre há um poste no caminho - acaba por inviabilizar o passo coxo, e novamente junto-me aos automóveis. Mas já estou perto, falta pouco.

Na descida final, o passeio, já de si fininho, é abolido por completo. Naquela rua, o asfalto até é novo, mas as autoridades rodoviárias, lineares, esqueceram-se de quem anda a pé. O último obstáculo é a travessia de uma via movimentada. Surpreendentemente, o sinal para peões está verde. Cogito jogar na lotaria.

Finalmente, chego à estação. O comboio acabou de passar, mas não importa. Deixei o carro em casa e quase morri por isso. Mas vou para Lisboa com a consciência livre de carbono. Viva a mobilidade sustentável!

Jornalista

rgarcia@publico.pt

Boas notícias para desenjoar

«Muito boa tarde,

também eu quero aproveitar para partilhar este mail que recebi da CM de Évora depois de me ter queixado do estacionamento abusivo na cidade. É verdade que as intenções ainda não foram passadas à prática, mas acho que nos devemos alegrar com as pequenas coisas - em primeiro lugar, a consciência das próprias autoridades de que é necessário valorizar o espaço público e diminuir o tráfego automóvel e o estacionamento - o que, desde já, equivale a uma pequena revolução.
Penso que através da pressão contínua de várias pessoas, enviando mails, telefonando a denunciar as situações, aos poucos se vai alertando para um problema que para muitos já se tornou quotidiano.
Continuem o bom trabalho,
Aqui está o mail:

----- Weitergeleitete Mail ----
Von: DOGT- Jose Pereira jmpereira@cm-evora.pt
An:XXXXXXXXX
CC: DOGT- Manuela Nobre <1368@cme.evora.net>
Gesendet: Donnerstag, den 25. Februar 2010, 17:41:07 Uhr

De acordo com o despacho do Sr. Vice-Presidente da Câmara datado de 23.02.2010, proferido sobre o assunto relativo ao estacionamento desregrado na cidade, cumpre-nos informar que a Câmara Municipal de Évora, em parceria com várias instituições locais, está a desenvolver um projecto denominado “Acrópole XXI”que tem por objectivo a valorização dos espaços públicos na zona da Acrópole.
O condicionamento da circulação e estacionamento contribuirá de forma significativa para a conservação de um património histórico de valor reconhecido, objectivo este que passa claramente pela diminuição do tráfego automóvel e redefinição das bolsas de estacionamento nesta zona da cidade.
Mais se informa que, a curto prazo, serão desenvolvidas pela Autarquia sessões de apresentação e discussão do Programa Acrópole XXI.
Com os melhores cumprimentos

O Director do DOGT
José Manuel da Silva Lopes Pereira
Câmara Municipal de Évora
Departamento de Ordenamento e Gestão do Território (DOGT)
jmpereira@cm-evora.pt -266 777 028 / 962 031 479»

Contribuição de um leitor
Fotos do blog krishna entre os lusitanos

Rua da Alfândega: peões na estrada, pópós no passeio.

«Sinais da aceitação da inferioridade dos peões em Lisboa? Sinais da falta de respeito pelos peões? Sinais da falta de fiscalização policial? Sinais de um modelo insustentável de mobilidade urbana? Sinais de privilégios injustificados? Sinais de egoísmo? Sinais de uma cidade doente e mal gerida? Sinais de Perigo»

Contribuição de um leitor

Câmara do Porto quer rebocar 40 mil automóveis por ano

in Jornal de Notíticas 11 de Maio 2010:


A Câmara Municipal do Porto pretende "melhorar a mobilidade" na cidade e para tal tem um plano para aumentar os reboques de viaturas estacionadas indevidamente de "35 mil para 40 mil por ano".


O objectivo foi sublinhado, ontem, segunda-feira, pelo vereador da Protecção Civil, Controlo Interno e Fiscalização durante uma reunião da Assembleia Municipal, que discutiu, entre outros pontos, uma proposta para o lançamento de um concurso público que visa contratar "serviços de reboques".


Sampaio Pimentel começou por referir que a proposta "não se prende com a caça à multa", como alguns terão pensado. "A equidade" é outro objectivo que o vereador diz estar presente nesta proposta, pois o "estacionamento indevido ou ilegal faz concorrência desleal" aos parques que a câmara concessionou.


O valor do contrato estimado é de 950 mil euros, para três anos de execução.


Alda Macedo, do Bloco de Esquerda, argumentou que "a Polícia Municipal tem hoje meios para executar este serviço" e votou contra.


O PS lançou a suspeita de que a proposta cede a "uma tentação populista". O partido acabou por se abster, mas o presidente da Junta da Freguesia da Vitória, o socialista António Oliveira, votou a favor alegando ser contra "a anarquia" do estacionamento no seu território.


"Não é claro para nós quem vai pagar a despesa", se o município ou o proprietário do veículo removido, apontou, por sua vez, o deputado Artur Ribeiro, da CDU, que também votou contra.


PSD e CDS concordaram que a proposta vai trazer "mais e melhor mobilidade à cidade" e os seus votos bastaram para dar luz verdade à proposta.
--
Obrigado ao Carlos Rodrigues no Facebook.

Afinal, a polícia, quando quer, tem meios...O Papa que venha viver para Portugal

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: xxx
Data: 10 de Maio de 2010 14:58
Assunto: FW: Afinal a polícia trabalha!
Para: "municipe@cm-lisboa.pt" , Policia Municipal Lisboa , PSP
Cc: Peão Exaltado


Meus amigos,
acabei de fazer a avenida da republica e estou maravilhado... não há carros estacionados em segunda fila
melhor dizendo não existem quase carros estacionados em lado algum. Há policias nos cruzamentos a dizer aos automobilistas que não podem virar para a direita quando existe um sinal de sentido obrigatório em frente
.
Visto a visita do Papa estar a incentivar a PSP a fazer o seu trabalho
com rigor, apelo a que se faça uma petição para que ele venha viver para Lisboa,
ou pelo menos passar cá de tempos em tempos uma temporada de férias.

Conclusão: Afinal, a polícia, quando quer, tem meios para acabar com o estacionamento ilegal.

APLICARAM UM AUTOCOLANTE NO SEU CARRO? ESTA MENSAGEM É PARA SI.

Prezado(a) concidadão(ã):


Obrigado por demonstrar interesse em conhecer as ideias que estão por trás do autocolante posto no seu carro. A ideia fundamental é de que, por maiores que sejam os seus problemas de estacionamento, não podem ser resolvidos à custa do peão nem cabe ao peão resolvê-los (compreenda que muitos dos que aderem a esta iniciativa também são condutores e sabem que é possível não estacionar nos passeios ou passadeiras).
Somos muitos, mas andávamos calados ou - porque dispersos - não nos fazíamos ouvir.
É bem possível que, se não tivesse surgido o autocolante, o seu carro estivesse hoje com um risco na pintura ou um retrovisor partido. O autocolante surge precisamente como alternativa de expressão civilizada de uma indignação que não deve ser subestimada. Não queremos impor danos a ninguém, opomo-nos clara e frontalmente a qualquer tipo de vandalismo, mas queremos que ouça a nossa indignação, que a considere, e, finalmente, que se deixe tomar por ela.
Saiba, portanto, que sempre que estacionar no passeio ou na passadeira estará a causar profunda indignação a muita gente, e a grande maioria não terá autocolantes à mão.
Colabore connosco partilhando o seu ponto de vista com os argumentos que julgar pertinentes. Somos todos ouvidos.

Passeio Livre

Aveiro, cidade ciclável?

Ou não. Aveiro tem a particularidade de ser um local plano. Essa característica só por si impulsiona a utilização da bicicleta. Houve realmente o projecto BUGA, foram realmente construidas ciclovias com semáforos dedicados à bicicleta integrados nos cruzamentos da principal avenida (onde não deveria existir um único automóvel já agora) mas… o projecto BUGA não teve continuidade nem é prático para quem na cidade habita visto que existe apenas um único ponto de entrega; as ciclovias estão dispersas, desconectadas e muitas vezes mais perigosas do que andar nas próprias estradas. Não fosse esta cidade plana e a utilização da bicicleta ia com as urtigas!

Agora vamos ao motivo desta entrada: carros estacionados. Não sou muito de tirar fotografias mas começa realmente a enervar a falta de respeito das bestas automobilísticas perante, não digo os ciclistas, mas todos os cidadãos que partilham a cidade com as bestas. Mais, quando um automóvel se encontra no meu caminho comecei a deixar uma pequena marca em sinal de agradecimento, na maior parte dos casos, um espelho virado. Já me lembrei de 
caminhar por cima dos carros.

Seja como for cá vão uma série de fotografias desta pequena cidade que mostram a mesma falta de respeito de uma cidade muito maior.


Publicado no blog Usaralho

«...há sempre um imbecil»

«A carrinha branca que se pode ver nas fotos em anexo está estacionada em cima do passeio frente à entrada do Nº. 4 na Rua Tratado de Tordesilhas. Assim se manteve o dia todo. Na rua não faltam lugares de estacionamento propriamente delimitados para esse efeito, mas há sempre um imbecil que teima em estacionar em cima do passeio junto à entrada dos prédios. Nesta rua há idosos com dificuldade de locomoção, deficientes motores com cadeira de rodas e mães com carrinhos de bebés. Mas civismo e respeito pelos peões é o que mais falta. Praticamente todos os dias eu colo um autocolante num carro diferente, mas mesmo assim ainda há quem não entenda ou não queira entender que os passeios são para os peões.»
Contribuição de um leitor,

«...abordei por 4 vezes agentes da autoridade...»

Este e-mai foi enviado para:
pm@cm-lisboa.pt, dmpcst@cm-lisboa.pt, sopdt.lisboa@psp.pt,
Com conhecimento ao PL

«Ex.mos Srs.,
O motociclo visível na fotos anexas, encontra-se sistematicamente estacionado sobre o passeio da Calçada da Patriarcal, junto ao Príncipe Real.
Como se não bastasse, ocupa ainda toda a largura do passeio obrigando o peões a circular na faixa de rodagem, colocando em risco a segurança destes.
Esta situação é inadmissível pela forma abusiva de ocupação do espaço público e desrespeito para com os peões!
Chama-se deste modo a atenção às autoridades competentes, e solicita-se a sua actuação em conformidade
Faço notar que nos últimos 2 meses, abordei por 4 vezes agentes da autoridade que se encontravam na proximidade, incluindo agentes da Polícia Municipal e da Divisão de Trânsito, sem que a situação descrita se tenha alterado.
Grato pela atenção, cumprimentos,»