Vá para fora cá dentro

Boa noite!

Junto em anexo um excelente exemplo de civismo de um condutor espanhol que todos os dias, pelas 10h estaciona a sua lata sempre neste mesmo sítio, para evitar fugir aos parquímetros. Por volta das 20h, sai do trabalho e vai para casa contente da vida.


No outro dia volta a fazer exactamente o mesmo.Este condutor sabe que em Portugal jamais será autuado, ao contrário do que certamente aconteceria em Espanha.
A foto é em Miraflores, freguesia de Algés, concelho de Oeiras. Espero que a publiquem, pois é bem demonstrativa.

Um abraço.
Contribuição de um leitor

"Mas eu deixei espaço para os peões passarem..."



Ah, bom!
As fotografias mostram as duas margens de uma mesma rua, a Vasco da Gama, em São Domingos de Rana (Cascais)

"Não te esqueças das bananas"


Ontem, 27 de Abril, pelas 18:00, fui ao Pingo Doce de Alcântara. Fui de carro e, à minha frente, seguia um carro da PSP.À porta do supermercado encostou à direita, parou, sairam dois agentes lá de dentro, um cospe para o chão e eu fico a pensar "mal, começamos mal".Ainda tinha ficado um agente no carro, ao volante. Arrancou e, de repente, encosta à esquerda, galga o passeio e ala que se faz tarde, desliga o motor e assim ficou.Cinco metros à frente está a entrada do parque de estacionamento (grátis!) que serve o Pingo Doce e foi para lá que eu fui.Ainda pensei que havia uma "altercação" no supermercado mas quando lá cheguei vi um agente no balcão dos bolos e outro hesitante entre umas barras "Fitness" de morango e outras simples.Demorei 25 minutos a fazer as compras e eles 20. Levaram também um cachinho de bananas.
Espero que tenham lanchado bem depois de ocuparem descaradamente um passeio, durante 20 minutos, com um veículo oficial da Polícia.Realmente, porque é que o cidadão comum há-de cumprir seja o que fôr quando os exemplos são estes?
Nas fotos, lamentavelmente, não se consegue ver a matrícula. Tenho pena, tenho muita pena.

Nas barbas...


Esta foto foi tirada hoje, por volta das 13.00 horas. Se repararem bem, há um terceiro carro estacionado também em cima do passeio a seguir ao carro verde. Dirão vocês, qual é a novidade? Pois bem, o edifício que se vê, é a entrada principal da Câmara Municipal de Almada. Será que aqui o passeio é ao mesmo tempo um estacionamento privativo ? Digo eu, não sei ...

A horrível contribuição de um leitor


"Olá.
Sigo o blog quase desde o inicio. Parabéns pela iniciativa.
Segue em anexo uma foto tirada no cruzamento da Rua Gilherme Suggia com a Avenida Frei Miguel Contreiras (Areeiro - Lisboa, uma paralela à Avenida Almirante Gago Coutinho). Passo por lá todos os dias, e deparo-me todos os dias com este descalabro, mas o que me levou a tirar a fotografia foi mesmo ter reparado que era um agente da PSP a estacionar o seu Peugeot cinzento totalmente em cima do passeio e mesmo em frente à passadeira. Tirei duas fotos, a pequena tem o agente a fechar a porta do carro, mas tinha o telemóvel no modo de foto pequena... quando mudei para o modo de foto grande já o agente da PSP ia em direcção ao seu bloco de apartamentos. Não dá muito bem para para distinguir, peço desculpa.
Força no blog. Boa continuação."

Cartas Abertas

Meus caros,
Foi em grande medida por verificar a grande quantidade de leitores vossos que se queixam do silêncio do poder público às queixas, pedidos, sugestões e denúncias que lhes dirigem, que me lembrei de criar um blog ( www.cartasabertas-portugal.blogspot.com) que encaminha e publica essas cartas e, quando dadas, as respostas, de maneira a lhes dar visibilidade. Além disso, vou preparar uma classificação trimestral de entidades por demora de respostas. Considerando que o Cartas Abertas é um pouco "filho" do Passeio Livre, pergunto-lhes se há hipótese de o divulgarem aí.
Obrigado,
MN

A rua é a 31 de Janeiro


O abuso é todos os dias de todos os meses de todos os anos




Em cima dos passeios?




Não!

Do que resta deles, isso sim.


Lisboa Pornográfica

A Avenida Damasceno Monteiro recebeu a última produção da série Curvas e Contracurvas 5

As imagens são obscenas mas a objectiva do Passeio Livre captou algumas performances.
Avisamos que as imagens poderão ser eventualmente chocantes para leitores mais sensíveis:



















Em comboio



À bruta e nas escadas



Bacanal à luz do dia






A lasciva toca a todos: plebe e sangue azul

Olá minha senhora, eu sou o porteiro


Nesta javardice, o tamanho não é importante. O que conta é o gozo final.



Há quem não tenha gostado mas gostos são gostos.

Num sábado...



... depois das 14:00 (portanto, em horário de gratuidade no estacionamento), na esquina da Avenida de Roma com a Rua Conde de Sabugosa, Alvalade.

Um protesto

Exmos. Srs,

Venho por este meio dizer que percebo o vosso movimento, é legitimo o sentimento, contudo existem certos factores que os vossos mobilizados têm também de ter em conta antes de começar a colar autocolantes.

Eu sou cidadão do concelho de Oeiras, tenho direito porque pago á parques tejo a um lugar de estacionamento, no entanto existem alguns vizinhos que decidem usar o estacionamento para parqueamento de diversas viaturas decrepitas que servem de arrecadação e ora as arrastam para um lugar para a frente ora para a retaguarda, impedindo que estas sejam rebocadas pelas autoridades competentes, resultando numa usurpação de espaço, o que leva a que eu que pago á parques tejo, tenha que estacionar em cima de um passeio e levar com um autocolante vosso e passar ñ sei quanto tempo a esfregar o vidro para remover a cola e restos de papel.

Uma vez mais reconheço a vossa legitimidade, mas antes de agir é preciso saber o que se faz e como se faz, para não lesar quem já é lesado.


Os meus cumprimentos,

GS (o nome foi omitido por não termos a autorização expressa de o publicar).


A nossa resposta

Caro vizinho (quem lhe escreve também vive em Oeiras):

Cada um terá alguma razão e, se quer que use a franqueza, a sua não é melhor do que muitas que já ouvimos aqui.
O que as suas razões não chegam a explicar é por que há de ser o peão a pagar pelas suas dificuldades de estacionamento. Há um intervalo por preencher na sua lógica de que, se alguns estacionam viaturas decrépitas nas vagas da Parques Tejo e as usam como arrecadações, então, você tem o direito de submeter os peões a transtornos e, eventualmente, riscos. É um salto de raciocínio que a lógica não autoriza.
Digo-lhe também que, como morador de Oeiras, integrante de um núcleo familiar com dois carros, nunca, nem eu, nem a minha mulher nem alguns dos meus vizinhos tivemos algum dia que estacionar em cima de passeios ou de passadeiras. Outros dizem que é por falta de opção que o fazem. Como vivemos no mesmo lugar, e um carro é sempre um carro, o que distingue uns dos outros não é nada além da vergonha.

Os nossos cumprimentos,

Passeio Livre

Da Alemanha até à caixa de comentários


Estou a escrever para vos contar uma pequena história que me aconteceu na Alemanha já lá vão uns 10 anos. Andava eu a tratar da minha vidinha quando num dia de má sorte me lembrei de deixar o carro numa zona de estacionamento limitado no tempo - este é um conceito interessante que mostra o muito que estamos atrasados em termos de consciência cívica neste triste país.


A ideia é ter zonas de onde o tempo de estacionamento está restringido a um período máximo, creio que uma hora, já não me recordo com toda a certeza. Para os fiscais de transito, saberam quando estacionámos o carro, temos um cartão que tem impresso um mostrador de relógio e um ponteiro plástico que podemos ajustar, marcando desta forma a hora de chegada, apenas temos que deixar este cartão dentro da viatura em local visível. Notar que fora esta limitação, o estacionamento é grátis. É óbvio que este conceito teria um sucesso nulo se fosse aplicado em Portugal - por razões também elas óbvias!

Neste ponto entram as velhinhas. As multas de estacionamento não são passadas pela polícia. Em vez disso há pessoas (em regra pessoas reformadas) que armadas com um pequeno aparelho, passam de forma rápida e eficiente as multas necessárias, sem poupar no papel, diga-se. Assim a polícia fica com mais recursos para desempenhar tarefas mais importantes e todas as pessoas que estacionam indevidamente podem ter um expectativa bastante razoável de serem multadas, dado que o fornecimento de velhinhas parece inesgotável e a vontade que estas têm de multar também!

Outro ponto a ter em conta é que a multa é passada muito depressa, a pessoa limita-se a introduzir um código (que define o local, penso eu) e a matricula do automóvel. Em contraste, já todos observámos os nossos polícias que levam meia hora a passar uma triste de uma multa e isto na melhor das hipóteses. Se entretanto o automobilista chega então leva-se muito mais tempo dado que por um lado ainda o vão identificar e por outro a própria polícia não se safa de ouvir a ladainha do costume: "oh, sr. guarda perdoe lá a multinha" - que triste!

Voltando à minha história, esqueci-me de referir que estava numa pequena vila, com muito poucos carros, ou seja a necessidade de espaço de estacionamento não era muito grande. Apesar disso, quando cheguei dez minutos depois do tempo limite, já la tinha a respectiva multa. Ou seja, não há avisos prévios, não aparece o polícia a pedir por favor para tirarmos o carro e darmos um jeitinho. Assim que se está em transgressão, a multa é aplicada.


O engraçado é que, ao contrário do que se faz nesta terra de umbiguistas, as pessoas aceitam esta situação sem qualquer problema. Não se diz que a polícia anda na caça à multa. A polícia e os fiscais cumprem o seu dever, que é muito simples: sempre que observam uma transgressão aplicam a respectiva multa. Os outros cidadãos, por outro lado, aceitam isto como pessoas adultas que conhecem as regras da sociedade onde vivem. Como resultado liquido disto tudo aumentam substancialmente a respectiva qualidade de vida.


Se calhar o que Portugal necessita é maturidade e pessoas que pensem como adultos e não como putos mimados.

Testemunho de uma doença crónica em Lisboa



Boa noite,

Espero que os contributos positivos continuem a ser em maior número do que as ameaças vociferadas por escrito contra a cola "demoníaca".


Aproveito para enviar um exemplo de uma zona - a Avenida de Roma -, em que, graças à colocação maciça de pilaretes, se tem conseguido controlar relativamente este problema. Mas assim que surge um buraco no passeio, os carros começam a amontoar-se. Recorde-se que se trata de uma zona muito bem servida de transportes públicos (autocarros, metro e comboio) e que dispõe de vários parques de estacionamento (públicos e privados). No entanto, num dos cruzamentos apresenta uma situação no mínimo curiosa: trata-se do cruzamento da R. Frei Amador Arrais com a Avenida de Roma, frente ao Frutalmeidas e onde se inicia o Bairro de São Miguel.



Por alguma razão - possivelmente relacionada com a proximidade do referido café/mercearia Frutalmeidas e do talho Boutique da Carne - esta esquina é das poucas que não apresenta pilaretes. O espectáculo é aquele que se vê nas fotos. Já enviei as mesmas fotografias para a Polícia Municipal, que uns meses depois me respondeu, indicando que os agentes que foram verificar a situação nunca encontraram nada de anómalo. O que é estranho, porque não há dia em que não se vejam carros alegremente a estorvar os peões.



Apesar disso, continuo a achar que é importante que todas as situações sejam denunciadas à CML e à Polícia Municipal - em relação ao pedido de colocação de pilaretes, a minha experiência tem sido posítiva (apesar de demorar sempre alguns meses, claro). Se várias pessoas se juntarem para referir um problema na mesma zona, a pressão será sempre maior e as queixas terão mais hipóteses de serem tidas em consideração.


Muitos parabéns e força pela iniciativa, espero que muitos se associem. Um passo de cada vez.

Uma imagem

...vale mais que mil palavras.


Os carros não estão de facto no passeio. Estão num baldio. Mas todo o blogue documenta muitas situações em que o contraste é evidente: estaciona-se no passeio para se evitar o pagamento de um parque automóvel próximo ou para não andar tantos metros até casa. O desenrascanço no seu melhor.
Não estará toda a imaturidade cívica do estacionamento abusivo resumida nesta imagem?

Só para lembrar...

Só para lembrar do que estamos aqui a falar.
Contribuição de um leitor que tentou passear entre a Sra do Monte e o Martim Moniz. Mais ruou do que passeou.

Concurso de Ideias

Objectivo: Desenho de um autocolante de sensibilização e protesto contra a ocupação de passadeiras e passeios pelos automóveis

Formato: A6
Conteúdos mínimos: o nome do site (http://passeiolivre.blogspot.com/)
Cores: Preto e Branco sobre fundo amarelo (RGB 253 205 13 / CMYK 1 18 99 0 / PANTONE 116 C (solid coated) / #FDCD0D)

Formato de entrega: PDF/JPG/TIFF
um ficheiro de alta definição para a gráfica (A6 com 300 dpi)
e
um A4 com 4 repetições A6 para download e impressão caseira (pdf)
Data Limite de entrega: 15 de Maio
Direitos de Autor: Atribuição-Não a Obras Derivadas 2.5 Portugal

- As propostas não podem contrariar os princípios desta iniciativa, que é a sensibilização e não a agressão dos condutores em infracção.
- A organização deste concurso reserva-se o direito de vetar qualquer candidatura que contrarie esse princípio.


Todas as propostas recebidas e cumpram o critério estabelecido acima serão publicadas no site.

Envie as propostas nos formatos indicados acima até 15 de Maio: peao.exaltado@gmail.com

A partir de 15 de Maio haverá uma votação online durante 15 dias.

O design mais votado no dia 1 de Junho será impresso numa edição mínima de 20,000 autocolantes até 15 de Junho.

Participe e divulgue!

Um protesto

Olá,
De certo que compreendo as suas razões para esta campanha, acho muito bem, nunca tinha ouvido falar até ontem ter tido um destes queridos no meu para-brisas, não colado ao vidro (graças a quem o lá colocou) num dos meus lugares de estacionamento de "emergência" a porta de minha casa...
Realmente, para quem defende tão vivamente esta questão do espaço para peões nos passeios, não deve concerteza andar de carro pela cidade... É muito complicado por vezes estacionar e mesmo que tenhamos tido o cuidado de deixar espaço a trás e à dianteira do carro para passarem peoes, carrinhos de bebé ou cadeiras de rodas, as vezes em passeios tão largos que dava para lá fazer um parque de merendas para os mais idosos jogarem às cartas e os mais novos lancharem, e continuamos a ser multados, enquanto outros que não têm metade do cuidado de muitos não o são... Isto tudo para dizer o quê, há casos e casos, e deve-se ter atenção a isso já que a polícia não tem porque pensa realmente só no umbigo deles quando multa.
Não me incomodou nada o vosso papel, até me ri, e por acaso nesse dia até tinha deixado, como sempre, espaço para se passar a frente do carro, mas pronto... Boa campanha, os automobilistas deviam arranjar uma campanha de "os melhores sitios para estacionar em lisboa, sem pagar" :)
Bom dia.A. C. (Omitimos o nome por não termos autorização expressa para o publicar)


A nossa resposta

Cara AC,

É claro que compreendemos as suas razões para se queixar das dificuldades de estacionamento nas grandes cidades (muitas das pessoas envolvidas nesta campanha têm carro e trabalham e/ou vivem em Lisboa). O que não se compreende - e ninguém, desde que começaram os debates abrigados neste blogue nos conseguiu ou sequer tentou explicar - é por que haveria de caber aos peões o ónus de resolver os problemas de estacionamento.

Quanto ao "cuidado de deixar espaço atrás e à dianteira do carro para passarem peões, carrinhos de bebé ou cadeiras de rodas", equivale a pôr-me a andar a pé pelo meio da marginal de Oeiras, com o cuidado de deixar espaço para que me ultrapassem pela direita e pela esquerda, com a diferença de que, dessa forma, além de atrapalhar o tráfego, punha-me a mim em risco e, no caso do carro sobre o passeio, além de atrapalhar o tráfego pedonal (não é preciso impedi-lo para o atrapalhar) pode pôr os outros em risco (devo, aliás, deduzir que se preocupa em deixar espaço à frente e atrás para que os peões que vêm pelo passeio passem para a rua para se desviarem do seu carro, porque não faz nenhuma referência a espaço ao lado do carro) .

Já viu um cego a andar por um passeio coalhado de carros? É patético.

Quanto à Polícia, que só pensa no seu (dela) próprio umbigo quando multa, devemos saudar com grande alegria a notícia de que a Polícia multa, porque não será só no seu (dela) umbigo que estará a pensar, e sim no cumprimento do seu dever, que é proteger a sociedade, especialmente os mais fracos, daqueles que se sentem acima da lei - neste caso, acima de uma lei a que muitos desobedecem mas que ninguém contesta.

Quanto a não se ter incomodado com o nosso papel, esclarecemos que o nosso objectivo não é impor penas aos prevaricadores - essa é função da Polícia. O que queremos não é fazer justiça e sim clamar por ela. É óptimo que tenha lidado com bom humor com o pequeno transtorno que lhe causámos, mas seria melhor ainda se o nosso papelinho a fizesse pensar com maior responsabilidade sobre a sua atitude.

Quanto à campanha por mais sítios para estacionar, não há nenhuma incompatibilidade com a nossa - se fizer um blogue até podemos ponderar pôr uma ligação no nosso.
Quanto ao "sem pagar", há muitas controvérsias sobre isso, mas nisso já não nos metemos porque, como há de compreender, não cabe ao peão resolver ou sequer propor soluções para os problemas de estacionamento.

Atenciosamente,
Passeio Livre

Notícia do Público

Descentralização de competências

Lisboa: novos agentes da Polícia Municipal vão combater estacionamento abusivo

Os 150 agentes que serão transferidos da PSP para a Polícia Municipal de Lisboa terão a missão de combater o estacionamento em segunda fila e em cima dos passeios, disse hoje o presidente da Câmara, António Costa."Esses agentes terão uma missão muito clara, o combate ao estacionamento em segunda fila e em cima dos passeios", afirmou o autarca aos jornalistas, à margem da entrega de chaves a famílias que regressaram às suas casas, no Castelo, após obras coercivas realizadas pela Câmara.Para António Costa, esse combate "não se faz com multas, mas com polícias na rua, que previnam as infracções". "Os 150 devem vir dos 600 agentes que existem na Divisão de Trânsito, aliviando-os dessa tarefa e permitindo à PSP concentrar-se naquilo que é a sua competência, a segurança", sustentou.A transferência de 150 agentes da PSP para a Polícia Municipal realiza-se no âmbito da descentralização de competências em matéria de trânsito. Questionado sobre as conclusões da reunião do conselho municipal de segurança de ontem, António Costa referiu que foi discutido o projecto de contrato local de segurança, a celebrar com o Ministério da Administração Interna.O vice-presidente da Câmara de Lisboa, Marcos Perestrelo (PS), que será o candidato do partido a Oeiras nas autárquicas, ficou responsável pela negociação do contrato local de segurança com a governadora civil, Dalila Araújo, acrescentou António Costa.


O Passeio Livre aplaude as boas perspectivas levantadas por esta notícia mas mantém o cepticismo, visto que, paralelamente ao anúncio do reforço do policiamento, o autarca de Lisboa manteve os pruridos de cumprir a lei. Perguntamo-nos o que farão os novos polícias municipais se o combate ao estacionamento selvagem "não se faz com multas".

Tomámos conta da ocorrência!

Situação: Na estrada dois automóveis deram um toque, a polícia chegou para tomar conta da ocorrência. Nós também.





Contributo de um leitor de Torres Vedras
Curiosamente parece que a polícia de Torres Vedras prima pela assiduidade neste blogue.

Uma história em Portimão

Na avenida onde moro existe uma esplanada e mesmo em frente há uma passadeira que faz a ligação entre os dois passeios da avenida. É raro o dia em que não há um "inteligente" a parar ou mesmo a estacionar sobre a passadeira, mas a cena mais caricata a que ali assisti, passou-se há dias quando um "doutor" chegou com um enorme Mercedes preto e nem se preocupou em procurar lugar para estacionar a máquina.

Como queria ir tomar café na esplanada, estacionou mesmo sobre a passadeira ocupando-a por completo, sem a mínima preocupação com a monstruosidade que estava a cometer. Saiu do carro como se tivesse estacionado num parque pago e sentou-se na esplanada com um ar emproado de rei e senhor.Acontece que na minha mesa estava uma amiga daquelas com pêlo na venta e que não gostou nada de ver a passividade com que todos aceitaram o facto e ficaram calados. Levantou-se da mesa, dirigiu-se à passadeira e colocando-se a meio do carro, voltou-se na direcção da esplanada e perguntou ao "doutor":

"E agora, como é que eu passo?"A besta sem fazer a mínima intenção de se levantar e retirar o carro, acabou de acender o cigarro, expeliu uma baforada de fumo e num ar de gozo respondeu-lhe: "Olhe, passe por cima!"Foi o que a minha amiga quis ouvir! Não esteve com meias medidas e cá vai disto. Pulou para cima do capô do carro e saltou para o lado de lado do mesmo, deixando bem visível na pintura a marca das sapatilhas.O "doutor" saltou-lhe a tampa! Enquanto a minha amiga continuava a travessia da passadeira, o selvagem levantou-se (finalmente) vociferou, esperneou, chamou-lhe tudo, insultou-a e só não continuou o espectáculo porque nem ela voltou para trás nem ele sentiu qualquer apoio de quem estava na esplanada.

Vendo que estava a fazer uma triste e ridícula figura, acabou por pagar o café, meteu-se no carro e cobardemente (como todos estes "valentões") meteu a mão fora da janela e fez o habitual gesto com os dedos, tão do agrado deste género de bestas que se julgam reis e senhores da via pública (incluindo os passeios).Quando a nossa amiga voltou, fizemos uma festa e ficamos com a certeza de que pelo menos por aqui, o energúmeno ficará com pouca vontade de voltar a estacionar sobre a passadeira.

Um contributo do leitor Faísca

Ser peão em Portimão







"Estamos a trabalhar e são só uns minutos..."



Peões na estrada, carrinha no passeio.

O que vale é que foram só uns [cerca de 30] minutos.

Quem faria uma coisa destas?







Quem, não sabemos.



Também não sabemos por que cargas d´água usar o passeio onde é permitido estacionar na rua.
(Na primeira fotografia, embaixo do sinal de parqueamento, vê-se um desenho de um carro na diagonal. Nesse caso, portanto, a invasão do passeio é um -mau- exemplo de legalidade e, por estranho que pareça, os carros ali parados não se habilitam ao autocolante)



Sabemos onde: é na sede da Polícia Judiciária, em Lisboa.

Pedido de desculpas

Caro JS,

Como co-autor da resposta à sua mensagem, peço desculpas. Não deixo de acreditar que quem deixa o carro em cima do passeio, seja por que circunstâncias for, merece pelo menos correr o risco de ser punido como a lei prevê - portanto, de maneira muito mais pesada do que os 10 x 15 cm do nosso autocolante. Mas errei o tom. O JS escreveu-nos com humildade e abertura de espírito, e nós respondemos com uma ironia que não se aplicava. Peço-lhe desculpas a si e a todos os leitores que se sentiram incomodados.

Uma segunda pele

Testemunho de um leitor criativo:

Esta é história de um morador da minha rua que se sentiu incomodado por ter levado 2 vezes com um autocolante. Deixou o papel numa das paredes de um edifício, à vista de todos os moradores, para demonstrar a sua apreciação. Gostei tanto que decidi substituir por outro com ligeiras alterações, também para que todos pudessem apreciar.Na terceira vez que estacionou, coloquei um outro autocolante e chamei a polícia municipal. Apareceram uma hora depois um senhor e senhora fardados, os quais fizeram a amabilidade de ir bater à porta da casa da senhora e pedir encarecidamente à mesma que retirasse o carro do passeio, pois houve alguém, que, imagine-se tinha reclamado. A senhora desceu e a autoridade foi embora sem nenhuma coima passada ou solicitação de reboque. Esta é a mesma autoridade que persegue sem dó nem piedade os ciclistas nos paredões.


"não merecia tanto"

Escreveu-nos o leitor JS:

Meus caros:
Pela primeira vez fui premiado com um autocolante vosso. Fui ao vosso blog e li-o atentamente: quer as opiniões dos 'lesados' quer as vossa motivações e argumentos. É claro que partilho as vossa opiniões e a selvejaria, que eu também vejo, merece a devida reacção. Mas, para quem não vive e só trabalha em Algés, e que chega a horas impróprias de um serviço 'around the clock' não tenho muita escolha: ou um lugar a pagar pois não sou residente, suportando assim mais um erro urbanistico da autarquia, ou então no passeio. E assim foi desta vez, deixando 1,12m para os peões passarem (mas não numa passadeira). Tudo certo, mas para tirar o autocolante tive de usar água, isto é, tive de desperdiçar água. E lamento, mas cada um com a sua 'pancada', permitam-me o seguinte comentário: gastei água e logo me arrependi, pois a minha consciência ficou pesada por aqueles que diáriamente a não têm nem para beber, e no fundo, acho que a minha 'prevaricação, não merecia tanto. Seja como for, este não é um desabafo amargo ao vosso príncipio mas, dá-me alento a que não colabore convosco na colocação de autocolantes mas sim na de papeis do tipo dos anuncios do Professor Mambo. Ou então noutras causas como o respeito pela vida, a preservação do ambiente, a educação, a civilização, como actividades cívicas positivas e pró-activas.Votos de saúde, que também é importante, para todos.
JS

A nossa resposta:
Caro JS,
Obrigado pelo esforço de nos escrever a expressar a sua opinião, reconhecendo as suas contradições. De facto, reconhecer que pratica uma selvejaria sobre os outros para poupar o seu dinheiro não deve ser fácil para alguém com uma consciência tão sensível ao sofrimento dos outros. Talvez se se deslocar de transportes públicos ou estiver disposto a andar umas centenas de metros se sinta menos amargo e com mais genuína vontade de contribuir para a preservação do ambiente, a educação, a civilização, como actividades cívicas positivas e pró-activas.

Deve ter percebido pelo blog e pelas dezenas de emails de felicitações que recebemos, que há quem ache que o acto de que você se auto-desculpa de facto merece uma nota de atenção. Nem sempre somos os melhores a medir as consequências dos nossos próprios actos.

Se considera que a sua prevaricação não merecia tanto, talvez a melhor maneira de aplicar a sua vontade de ser cívico, positivo e pró-activo fosse deflagrar uma campanha pela revogação da lei que restringe o estacionamento em cima dos passeios e das passadeiras e lhe impõe multas de até 300 euros - consideravelmente mais pesadas do que o transtorno que o nosso pequeno autocolante lhe causou.

Um carro sobre o passeio, para além de ocupar um espaço que não lhe é destinado, danifica o passeio (abrindo buracos e soltando as pedras da calçada) e torna infernal a vida de invisuais e mais difícil a vida de todos os peões, só para mencionar alguns dos problemas... por mais espaço que deixe disponível para alguns peões passarem. A queda de invisuais e idosos em calçadas danificadas é um dos acidentes mais frequentes nas nossas cidades. Um idoso que parta uma perna tem grandes probabilidade de ficar com sequelas para o resto da sua vida. Para muitos deles significa a morte por causas indirectas. Para além do mais, o carro sobre o passeio dá um exemplo que será infelizmente seguido por outros condutores que ajudarão a tornar o pequeno problema, num enorme problema.

Perante estes problemas nem mesmo o Prof Mambo nos poderá ajudar sem uma dose de empatia e respeito de cada um de nós.

Série dedicada à Câmara Municipal de Oeiras


Ali à esquerda é a Junta de Freguesia de Oeiras e São Julião da Barra.
No jeep está escrito que "Oeiras marca o ritmo".

No jeep da CMO lê-se: "Oeiras respira". É do ambiente.

Série dedicada à Câmara Municipal de Oeiras


Os nossos agradecimentos à Câmara Municipal de Oeiras, que, quer através da empresa municipal de parquímetros (Parques Tejo), seja através dos seus jeeps, tem dado uma contribuição importante para o acervo de abusos documentados neste blog


(Note-se que a carrinha da Parques Tejo - aquela que veio para "disciplinar o estacionamento em Oeiras", aquela que multa, bloqueia e reboca carros bem estacionados que não deixem a moedinha - escolheu o passeio da margem esquerda quando, na margem direita, tinha pelo menos duas vagas da própria Parques Tejo)

Contributo de um leitor em Sesimbra

Exmo(a)s. Senhore(a)s:

No passado fim de semana (Páscoa) desloquei-me a Sesimbra, tendo-me deparado com o sistemático desrespeito pela proibição de estacionamento nos passeios, obrigando os peões - incluindo crianças, idosos, pessoas com mobilidade reduzida e/ou portadores de deficiência física, pessoas que transportam carrinhos de bebé, etc. - a deslocar-se pela faixa de rodagem, com prejuízo do seu conforto e perigo para a sua integridade física ou mesmo a sua vida.
As fotografias que envio em anexo documentam a situação existente apenas numa das ruas do centro da vila (infelizmente não retive o nome da mesma, mas certamente os destinatários desta mensagem não terão dificuldade em identificá-la). A situação repete-se em muitas outras. É falso o eventual argumento, sempre falacioso, de que há falta de lugares para estacionamento: eu também utilizei o meu automóvel para me deslocar a Sesimbra e não tive qualquer dificuldade em estacioná-lo de forma perfeitamente legal.

Considerando que compete à GNR a fiscalização do trânsito e estacionamento nesta localidade e às autarquias zelar pelo bem-estar dos cidadãos, que estão previstas sanções para os infractores e que podem ser colocadas barreiras físicas para impedir a ocupação dos passeios por automóveis, solicito a todas as entidades destinatárias que me informem das medidas que já tomaram, estão a tomar ou irão tomar (e quando) para pôr fim a este abuso ilegal, generalizado e perigoso. Aguardo a vossa resposta.

Cumprimentos,

Ziguezaguear em Entrecampos

Parece que entrecampos é uma zona crítica de infractores...

Foto tirada na Av. da República e enviada por um leitor morador em Entrecampos.
Será da comissão de moradores? (Ver caixa de comentários do post anterior)

só estacionei em cima do passeio para ir à farmácia

Um cenário habitual nos passeios reduzidos, e abusados pelo estacionamento selvagem, da Rua de S. Bento. Mas desta vez tinha a máquina fotográfica para registar o exemplo máximo do peão enquanto cidadão de segunda em Lisboa: um carrinho de bebé a circular no meio da faixa de rodagem, lado a lado com os veículos motorizados! A vida de muitos cidadãos posta em perigo. Graças ao comodismo e falta de respeito de muitos automobilistas que diariamente estacionam em cima dos passeios deste arruamento com trânsito intenso. Muitos deles dirão «só estacionei em cima do passeio para ir à farmácia» ou «não tinha outro sítio para estacionar». Mas por causa dessa atitude egoísta, pais com carrinhos de bebé, idosos de muletas, cidadãos em cadeiras de rodas, todos têm de sair do passeio e circular na faixa de rodagem como aconteceu com esta jovem mãe. Em toda a extensão deste arruamento não existe um único ou gradeamento ou pilarete que proteja os peões.

Abraço,
FJ