Em 2/3 dos sinistros em que é vítima, o peão cumpria o Código da Estrada

Os automóveis continuam a matar, e a matar não apenas quem neles circula, mas também os caminhantes de apenas carne e osso que circulam na via pública e sem qualquer proteção metálica. E para nos apercebermos que, de facto, os peões são utilizadores vulneráveis do espaço público, notemos no seguinte gráfico o traço a azul, que faz referência a feridos graves de peões a 30 dias, no total do ano de 2017.

Notamos no traço a azul, que faz referência aos peões, que há um pico não só nos idosos com mais de 65 anos, mas também nas crianças com menos de 14.

O que diriam a comunicação social, os políticos e a sociedade civil, se outro fenómeno qualquer, como muçulmanos, ciganos, pretos ou políticas de austeridade, ferissem gravemente 30 crianças por ano?

Fonte: Relatório anual de 2017 da ANSR, página 21.

Em 2018, já no corrente ano, existem dados apenas até abril, ou seja, no primeiro quadrimestre, todavia o padrão é semelhante: os suínos ao volante matam e ferem gravemente essencialmente crianças e idosos.

Fonte: Relatório de 2018 até abril da ANSR, página 23.

Fonte: ANSR

A prova de que a culpa desta hecatombe provocada pelos suínos ao volante, está no excesso de velocidade, fica claro no seguinte gráfico onde se denota que a maior parte dos sinistros sobre caminhantes ocorre nos períodos de chuva, o que significa que os suínos motorizados têm "pata pesada".

Fonte: ANSR

Em 2/3 das ocorrências a culpa do "acidente" é do suíno ao volante

E a prova provada que os suínos ao volante são uns irresponsáveis, está na tabela seguinte, que faz também referência a todo o ano de 2017, de acordo com o relatório anual da ANSR. Dentro das localidades, a grande maioria das ocorrências ocorre quando o peão está a atravessar a passadeira (2298 em 5492). Se juntarmos as 588 ocorrências que sucedem no "atravessando fora da passagem de peões, a menos de 50m de uma passagem", situação legal para o peão, mais as 411 ocorrências aquando de "transitando pela berma ou passeio", situação legal para o peão; mais as 133 ocorrências aquando de "transitando pela direita da faixa de rodagem", situação igualmente legal para o peão, perfaz-se no total 3019 ocorrências.

Significa que em pelos menos 63% das ocorrências em que é vítima, o peão cumpria escrupulosamente o Código da Estrada.

("pelo menos" pois há outras situação dúbias como "trabalhos na via" ou "ND").

Fonte: Relatório anual ANSR (2017), página 34.

6 comentários:

  1. Aterrador, mas também não sejamos alarmistas, o tabaco mata muito mais

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  2. Há aqui qualquer coisa que não bate certo...
    Como é que o atravessamento "fora da passagem de peões, a menos de 50m de uma passagem", é legal para o peão?? Atravessar a estrada fora da passadeira é ilegal e dá multa para o peão. Como é que circular "pela direita da faixa de rodagem" também é legal para o peão, se a lei diz que, quando não há passeio, ele deve circular pela esquerda? :/

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    1. Em relação aos 50 metros acho que tem razão! Mas em relação à circulação qual é o artigo do código da estrada?

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  3. é muito importante notar algo em relação a este post altamente parcial:
    os automóveis não matam, os seus condutores sim, se querem resolver a sinistralidade nad estradas portuguesas resolvam o problema original, que é a falta de respeito e educação que o comum português tem na estrada para com o próximo. já vi carros da instrução a fazer coisas indiscritíveis, e esse sim é o problema, a má educação rodoviária.
    e sim, sejamos honestos, o português é por norma mal educado no geral e totalmente despreocupado com o próximo.

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    1. As armas não matam, são os seus utilizadores que matam! E nos EUA os índices de criminalidade por armas de fogo é substancialmente maior do que na Europa, onde existem legislações diferentes nesta matéria. Deixe de ser labrego e faça uso da Razão.

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    2. e pronto, isto é o que dá a internet ser livre, até os imbecis entram aqui e fazem um post.
      se não queres acrescentar nada ao tema que está a ser discutido, volta para o buraco de onde saíste e fica lá.

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