Quais as ruas pedonais, com largura para carros?

Retratámos aqui recentemente como por essa Europa fora, os edis removem os carros dos centros urbanos. Coincidência ou não, recebemos há poucos dias estas fotos de um dos nossos leitores, exatamente do Martim Moniz, ou seja, de uma parte importante do centro histórico de Lisboa. 

As imagens falam por si! Obviamente que tal sucede com o conluio natural da autarquia de Lisboa, que deve considerar, a par com muitos automobilistas lusos, que trazer o automóvel para os centros urbanos, é um direito inalienável. As únicas artérias de Lisboa onde os carros não circulam -  e tal deve ser a regra dicotómica que a edilidade usa para definir se certa rua é transitável a automóveis ou não - é quando a largura da via, não permite fisicamente a entrada de veículos automóveis, como acontece em várias estreitas artérias em Alfama ou na Mouraria. Também não consta que a câmara de Lisboa tenha tentado converter escadarias em ruas transitáveis a automóveis, mas há automobilistas que arriscam o feito.

Deixamos todavia a pergunta aos nossos leitores para que respondam na caixa de comentários: qual das ruas em Lisboa, com largura suficiente para comportar automóveis, em que o trânsito motorizado está interdito? O Passeio Livre dá o pontapé de saída: a Rua Augusta. Aguardamos mais respostas.



 


9 comentários:

  1. A rua Augusta, antes das 10:00 da manhã, tem imensos carros e carrinhas de transporte de mercadorias parados ou a circular. E até a PSP já vi a circular por ali de carro. Todas, ou quase todas as suas transversais, entre as quais a Rua de Santa Justa, servem muito frequentemente de estacionamento.

    A Rua do Carmo é a menos má, mas também a PSP a patrulha de carro; além de ter sempre a carrinha de venda de CDs de fado, a que por acaso até acho piada.

    Estive na quinta-feira na rua das portas de santo antão, e em frente à Casa do Alentejo estava estacionada uma carrinha de um dos restaurantes, e também vi um táxi a circular. Tendo a achar que só mesmo nas ruas onde um carro não cabe é que não há carros a circular, com mais ou menos frequência.

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    1. As cargas e descargas, caso haja comércio, são importantes que sejam feitas de carrinhas. Caso contrário fica muito difícil por questões de logística, mas também é possível. A Rua do Carmo é realmente um bom exemplo, mas mesmo ao final em baixo da rua do Carmo à esquerda, há uma rua que apesar de ter trânsito interdito dentro de certo horário, é comum ver as carrinhas de entregas a desrespeitar esse horário durante o dia.

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    2. Na Rua do Carmo, é permitido, durante 14 horas por dia, circular e estacionar para cargas e descargas. Isto não está limitado a comerciantes (o que é incompreensível) e é um horário exageradamente alargado. Mesmo assim, é diariamente desrespeitado, à descarada, e impunemente, nas 10 horas do dia em que a rua tem o trânsito interdito.

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  2. A Rua Augusta, que é do melhor em termos de pedonalidade que há em Lisboa, seria, noutras cidades da Europa, um mau exemplo de rua pedonal. Desde logo, pela presença frequente de veículos automóveis, mesmo fora dos horários permitidos (e, por vezes, para outros fins que não os permitidos).

    Parte da rua (os primeiros quarteirões) é um conjunto de pedaços pedonais de rua. Para percorrer a rua de uma ponta à outra, é preciso atravessar várias ruas com trânsito automóvel. Nesses cruzamentos com o trânsito automóvel, não é o peão que tem prioridade e não há continuidade de passeio, de forma a que tenham de ser os carros a galgar o passeio para atravessar a rua, “invadindo” o espaço do peão. Pelo contrário. Nem nos tempos de verde de semáforo para os peões - que são uma vergonha - há uma prioridade de trânsito pedonal.

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    1. Aqui discordo em parte consigo. Percorrer a Rua Augusta de ponta-a-ponta, ou seja do Arco até ao Rossio não me parece que seja complicado. Tem apenas uma ou duas ruas perpendiculares com automóveis. O problema é o elevado número de esplanadas algo espaçosas, que são na realidade um grande obstáculo. Todavia tem razão, comparando com outros exemplos por essa Europa, a Rua Augusta não é um bom exemplo de pedonalidade. Um bom exemplo presumo que esteja por exemplo na Praça do Comércio!

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    2. Complicado? Eu não falei em ser ou não complicado...

      P.S. São 3 as ruas perpendiculares com trânsito automóvel.

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    3. João Pimentel Ferreira25 de novembro de 2014 às 14:06

      Depois de ler a sua publicação no seu Facebook percebi o que quis referir. É verdade, nas perpendiculares são os automóveis que têm prioridade na maior parte do tempo dos semáforos. Além disso, o piso desse atravessamento é alcatrão negro, à mesma quota e do mesmo material que a via automóvel e sem obstáculos, dando a sensação de se estar em espaço automóvel; exatamente o princípio contrário de uma intereseção de uma zona que se quer pedonal.

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    4. João, no dia em que as esplanadas nos passeios forem o GRANDE problema dos peões (nalguns casos, até são um problema), este país já deu grandes passos na melhoria das condições de circulação pedonal.
      Ainda ontem passei na Rua Augusta, e pude verificar como vários automóveis se encontravam estacionados sobre os passeios, nas transversais, mesmo aquelas onde não é suposto circularem veículos!

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  3. A poucos metros daqui, no Largo da Mouraria, a circulação automóvel é autorizada (embora com algumas limitações - teóricas, claro indicadas à entrada). Nele podem circular carros e camionetas da PSP, da autarquia, etc., apesar de o pavimento ser todo em calçada portuguesa...

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