«O senhor não pode andar por aí a fotografar o que quer e lhe apetece!»


Esta foto, tirada hoje mesmo por um nosso leitor, provocou a ira de um fiscal da EMEL.
Alguém sabe porquê?
 (A resposta será aqui dada, em breve).
.
Resposta:

A resposta certa já foi aventada por mais do que um leitor:
O motociclo (que aqui se vê estacionado numa paragem da Carris bem conhecida pela impunidade do estacionamento selvagem) era conduzido por um dos 3 fiscais da EMEL que se vêem na imagem de baixo. Ele não gostou, e interpelou o nosso leitor nos seguintes termos: «O senhor não pode fotografar essa moto» (sic).
Não obtendo qualquer resposta, intimou-o então a apagar a foto, ameaçando chamar a polícia para que isso fosse feito. Continuando a não obter "troco", pegou no telemóvel como se estivesse a passar a ameaça à prática.
Numa terceira fase, e porventura apercebendo-se da figura que estava a fazer (falando sozinho), desabafou com esta frase lapidar:
«O senhor não pode andar por aí a fotografar o que quer e lhe apetece!» (sic).
Nunca tendo recebido uma única palavra de resposta, meteu-se na maquineta e desapareceu - o mesmo fazendo os outros dois fiscais, mas a pé.
NOTA: Foram tiradas mais fotos que documentam tão instrutiva cena mas, para já, aqui ficam apenas estas duas.

27 comentários:

  1. Aqui vai uma "dica": a resposta é semelhante ao que tem sido referido nos últimos "posts"...

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  2. A vespa em infracção era de um fiscal da emel?

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  3. Nota importante: o indivíduo da emel aqui referido não é o senhor de azul que se vê na foto de baixo, em 1.º plano, junto a uma senhora - mas sim um dos 3, ao fundo.

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  4. Dado que nem a matrícula da vespa nem a cara do condutor foram fotografadas, a foto, tirada na via-pública, é mais do que legítima. Tão legítima, quanto compreensível o nervosismo do homem, coitado, que se calhar está a recibos verdes e era muito bem posto no olho da rua.

    Agora que tanto se fala em empresas públicas, não seria de privatizar a EMEL e fazer uma limpeza de alto a baixo?

    F.Cardoso

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  5. Nestes casos, era muito bem feita uma filmagem com som.

    Também teria sido muito interessante se a polícia tivesse, de facto, aparecido (o que, pelos vistos e evidentemente, não aconteceu). O que é que ela faria?
    E se o leitor fosse, de facto, intimado a apagar a foto mas se a tivesse, antes, enviado por mail (ou afixado directamente, num blogue ou no Facebook)?

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  6. De entre as outras as fotos (que foram tiradas mas não afixadas) não haverá uma com a cara desse "artista" para a gente conhecer?

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  7. Este relato já foi enviado para as Relações Públicas da emel?

    Ed

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  8. Fez muito bem o leitor em não responder nada ao senhor fiscal.

    Numa situação de abuso de autoridade (como parece ser o caso), deve ser essa a "resposta" do interpelado, deixando o outro a falar sozinho, remetido para a situação desconfortável de se ver tratado em público como "objecto inanimado".

    Mendonça Rosário

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  9. E aos 2 carros que se vêem ao fundo (também em estacionamento ilegal) não lhes aconteceu nada?

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  10. A emel, que até podia ser uma empresa útil, é actualmente mais parte do PROBLEMA do que da SOLUÇÃO do estacionamento em Lisboa.

    A pesporrência de fiscais pataratas como o que aqui é referido, a completa falta de preparação dessa gente (de cima a baixo!), a manifesta corrupção que muitos deles praticam em lugares bem nossos conhecidos (fechando os olhos às infracções sistemáticas de taxistas, talhos, restaurantes, stands, etc) desacreditaram-na totalmente, e há muito tempo.
    Seria uma obra de caridade (e higiene pública) fechar essa loja ou, como já aqui foi dito, privatizá-la para pôr na rua boa parte de quem lá anda.
    Assim como está é que não pode ser. Embora (há que o reconhecer) a emel não seja mais nem menos do que a imagem exacta da anarquia, da incúria e da incompetência do actual executivo autárquico (e dos que o antecederam, vidé Santana Lopes, Carmona Rodrigues, etc, etc).

    FC

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  11. Até 2ª-feira (3 de Setembro) está a decorrer um passatempo com prémios (3 livros) cujo tema é este 'post' - ver [AQUI].

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  12. Eu também não concordo que me tirem fotografias sem a minha autorização, mesmo que não esteja a fazer nada de incorrecto.

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  13. @Filipe

    Isso é verdade se alguém apontar a máquina para o fotografar especialmente a si (mesmo que seja na via pública, não será aceitável).

    Mas não me parece ser o caso aqui focado.
    Como já aqui se disse, não se vê a matrícula da vespa, nem a cara do condutor, nem é dito qual o dia nem a hora. O próprio local só o identifica quem já o conhece.

    Ou seja: trata-se de uma foto que seria completamente anódina se não fosse o seguimento que se relata. E, evidentemente, se a - aparente? - infracção não estivesse a ser cometida por alguém que tem por missão (e profissão) combater esses casos.

    Ed

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  14. Eu acho que estes blogues servem para publicar muitas injustiças...e o mais grave é que chega uma altura que os seus autores julgam-se uns herois salvadores da pátria, que nunca erram, passando a vida a corrigir os outros, errar não é humano.

    Já agora deixo aqui uma história que ouvi por aí.


    Uma tarde num dos autocarros da carris, acompanhado pelo pai, vinha um puto que só fazia asneiras, berrava, saltava, dizia parvoices sem parar. Era criticado por toda a gente, até que uma senhora se virou para o pai e disse-lhe:
    - O sr. não tem vergonha? Não consegue controlar o seu filho?
    O pai responde:
    - Que quer que lhe diga, acabou de perder a sua mãe que estava hospitalizada...

    Obrigado.

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  15. Infelizmente para o Filipe, a lei não depende daquilo com que ele concorda ou não concorda.
    A rua é um local público (mais público não há!) e, nela, pode fotografar-se - praticamente - o que se quiser; e com maioria de razão neste caso em que, como já se disse e salientou, não é identificável o principal protagonista.
    Tal como é apresentada, é apenas uma foto de trânsito, como se tiram inúmeras, a toda a hora e em todo o mundo.
    E mais: a serem válidas as objecções do Filipe, elas aplicar-se-iam aos milhares de fotos publicadas neste blogue e em todos os semelhantes...

    As únicas pessoas que, neste caso, podiam protestar, são a senhora e o senhor que figuram na foto de baixo, em 1.º plano, à espera do autocarro.
    A imagem da cara delas podia, de facto, ter sido "tapada" digitalmente, até para não se pensar (erradamente) que o interveniente é o senhor de azul, que parece estar a mexer num telemóvel.

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  16. PAPARAZZO DAS MULTAS:

    Li alguns posts e não sei se o vosso blog é um bom ou um péssimo e estranho trabalho. É no limiar do civismo com um novo tipo de sócio-fascismo: hordas de fascios zeladores da ordem pública com smartphones na mão...

    Qual o problema da moto? a foto e o texto e os comentários afixados estão para além da questão pública e acaba por soar a linchamento online

    Por outro lado um blog super interessante: para pensarmos o "direito" à imagem, e as implicações éticas destas smart-tecnologias; e para pensarmos a questão cívica do nosso ordenamento do território.

    São os únicos a estacionar bem quando correm o país à procura de zonas de estacionamento ilegal?

    Porque publicam informações reais devidamente geo-referenciadas e parcialmente identificadas. porque não publicarem os vossos trabalhos com identidade real e exigindo o mesmo aos comentadores? Talvez se evitasse muita da ambiguidade deste bom blog.

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    1. realmente a palavra fascista é muito conveniente neste País quando nao se gosta das criticas. Olhe, fascista é estacionar a mota assim de forma egoísta e sem qq respeito pelo próximo. Tipico reácionário, por isso o país está assim, querem viver como Marroquinos mas ser ricos como os Alemães. Já agora, os Nórdicos, pelo cumprimento da lei que representam são fascistas?!? É que lá não ha blogs, mas a critica direta dos co-cidadãos na Rua.

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    2. realmente a palavra fascista é muito conveniente neste País quando nao se gosta das criticas. Olhe, fascista é estacionar a mota assim de forma egoísta e sem qq respeito pelo próximo. Tipico reácionário, por isso o país está assim, querem viver como Marroquinos mas ser ricos como os Alemães. Já agora, os Nórdicos, pelo cumprimento da lei que representam são fascistas?!? É que lá não ha blogs, mas a critica direta dos co-cidadãos na Rua.

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  17. Luís Palma de Jesus pergunta «Qual o problema da moto?»
    Pois bem, eu explico:
    Antes de mais, está estacionada em contravenção ao Código da Estrada (numa paragem de transportes públicos), como muito bem sabe quem o estudou.
    Mas isso até não teria grande importância (face ao que por aí se vê), se ela não fosse - oh, ironia! - conduzida por um fiscal da EMEL, que poderia multar qualquer outro condutor que fizesse o mesmo.

    Mesmo assim, a situação só daria para rir se não tivesse havido o seguimento (esse, sim, proto-fascista): o condutor a querer impedir que o leitor a fotografasse (mesmo não se vendo a matrícula nem o condutor).
    E, pior ainda, sentenciando que ele não podia «andar por aí a fotografar o que quer e lhe apetece» (sic).
    Quem é que ele julga que é?!

    Ed

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  18. Como mais acima se diz, convida-se os leitores a afixarem também os seus comentários [AQUI], onde decorre, até às 20h de hoje (2ª-feira, 3 de Setembro) um passatempo que premiará, com livros, os melhores comentários.
    NOTA: Esses comentários até podem ser os mesmos já aqui afixados. Não podem é ser anónimos.

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  19. A indicação [AQUI], que tem o link para o Blogue Sorumbático, pode levar as pessoas a pensar que os comentários para o passatempo devem ser incluídos aqui neste blogue, o que não é o caso.

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  20. @ Luís Bonito,
    Obrigado pela chamada de atenção.
    De facto, é preciso clicar onde, atrás (no comentário das 9h48m), se diz "[AQUI]".

    NOTA: Aos 3 livros inicialmente previstos (2 de Fernando Évora e 1 de Sax Rohmer) foram acrescentados mais dois:
    «Palavras poupadas» (de Maria Judite de Carvalho) e «Manual de protecção do cidadão comum» (de Luís Rodeia).

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  21. Acho muito bem que o Sr tenha feito tal afirmação, toda ela muito bem fundamentada.
    Claro que não se pode andar por ai, a tirar fotografias assim àquilo que nós queremos.
    Tal como não se deve importunar, este tipo de funcionários, normalmente excecionalmente zelosos para com os outros.
    Aliás, eu sou a favor que não só deveria ser proibido fotografar, como não deve ser permitido questionar qualquer autoridade publica.
    Tem e deve ser criado um Komite, que decida, o q se pode fotografar, o que se pode questionar, o que se pode pensar...e sobretudo, o que só se pode ter acesso como informação acessível dos organismos públicos.

    Devemos todos zelar por implementar este tipo de democracia...onde e acho muitíssimo bem, por causa de uma moto mal estacionada deve dar azo ao despedimento imparcial do funcionário...aliás, como justa paga, a sua esposa deve também ser demitida e os seus filhos afastados da escola.

    NÃO OUVIRAM AS RECENTES DECLARAÇÕES DA DTA CANDIDA ALMEIDA, DECLARANDO QUE EM PORTUGAL NÃO EXISTE CORRUPÇÃO E QUE ESSE TIPO DE FACTOS SÃO EXTRAPOLADOS PELOS MEDIA?
    ENTÃO...VAMOS TODOS OLHAR PELOS NOSSOS CIDADÃOS, REPORTANDO-OS POR ESTES CRIMES MAIORES.

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  22. À noite, venham ver a Rua da Junqueira(Belém), à noite , Chegam a ficar 4 e 5 carros em cima do passeio, toda a noite, ocupando-o na totalidade, os peões têm que passar na faixa de rodagem muito movimentada! Mas, o mais grave é que passa o carro da polícia e faz de conta que não vê... pois alguns destes polícias passam o turno na "jogatana" nas instalações da agência funerária no local...Sendo um dos carros estacionados propriedade da dita agência...

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  23. É muito fácil criticar, apontar defeitos tirar fotografias dos erros dos outros, mas a grande dificuldade é arranar soluções que beneficiem e agradem todos. O estacionamento é o maior problema que temos em termos de ordenamento de trânsito e se a polícia multar todos os que estão mal estacionados, então teriamos de deixar o carrinho estacionado no alentejo para ir a Lisboa. Este funcionário da EMEL (que não conheço), quem lhes diz se ele também não facilita os outros quando eles precisam fechando os olhos a alguma situação irregular, só para poder ajudar alguém que naquele momento precisa. Quem somos nós para julgar os outros só por uma atitude ou através de uma fotografia. Para além disso todos temos direito à imagem, algo que muita gente esquece quando tira fotografias e publica na net. Vejo muitos comentários desnecessários e ofensivos afastados do que realmente é importante que é arranjar soluções e despertar mentalidades para um maior civísmo entre todos.

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  24. Srs.
    Este site e este movimento apenas são úteis se não forem invadidos por radicais fundamentalistas !
    Será assim tão grave esta infracção ao ponto de quererem já queimar o Sr. da mota ?
    Não há nada mais grave para onde direccionarem as vossas energias conflituosas ?
    Temos de mudar esta mentalidade mesquinha típica de agentes da autoridade frustrados.

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