Homenagem ao Henriques Gaeiras, atropelado em frente ao El Corte Inglés

COMUNICADO - CONVOCATÓRIA

Homenagem ao Henriques Gaeiras, atropelado em frente ao El Corte Inglés 



27-07-2012 | 6ª - feira | 17:30 | Av. António Augusto Aguiar, frente ao El Corte Inglés




Um atropelamento é um acto infame. E não deixa de o ser só porque acontece frequentemente, ou porque é tomado como infeliz consequência de um convívio difícil entre peões e automobilistas.

Henrique Gaeiras morreu aos 15 anos. Faria 16 anos em Agosto. Na semana passada, passeava com um grupo de amigos na Av. Augusto António de Aguiar, em Lisboa, quando foi atropelado. O seu corpo foi projetado vários metros no ar. Teve morte imediata.

Na semana em que se assinalou o Dia Europeu da Segurança Rodoviária, a ACA-M, o SOS Bairro Azul, a MUBI, a Associação de Residentes de Telheiras (ART), e a Iniciativa de Transição em Telheiras (ITT) vão promover amanhã, sexta-feira, pelas 17:30, um minuto de silêncio frente ao El Corte Inglès colocando uma coroa de flores no local do atropelamento, e apelando ao presidente da CML e ao vereador da mobilidade, para que tomem medidas concretas e urgentes contra as absurdas condições de insegurança da Av. Augusto António de Aguiar, de modo a garantir que mortes como a do Henrique não voltem a acontecer ali e medidas concretas de médio prazo para melhorar a segurança no resto da cidade.

Aconteceu na Av. Augusto António de Aguiar mas podia ter sido em muitas outras ruas de Lisboa onde a primeira prioridade são os automóveis. Na verdade, poderia ter acontecido em qualquer parte do nosso país: numa ruela de aldeia atravessada por uma estrada ou num caminho de peregrinos bordejando um IP ou um IC.

Lisboa e as outras cidades portuguesas têm demasiadas vias de circulação automóvel excessivamente largas; as passadeiras são poucas, mal sinalizadas e mal localizadas; os semáforos e túneis projetados para induzir o excesso de velocidade concorrem para tornar a vida impossível aos peões; quando existe separador central, a CML dedica o espaço ao estacionamento onde os carros escondem a aproximação dos peões (especialmente as crianças); nas passadeiras, os tempos de verdes para peões são demasiados curtos para todos e extremamente perigosos para idosos e crianças.

São as cidades que herdamos do século passado que perpetuam comportamentos rodoviários infames.

Mesmo reconhecendo que os nossos espaços viários são insustentáveis e perigosos, quase nada foi feito na última década para alterar este panorama. Há no entanto muitas soluções de baixo-custo e de rápida implementação, que podem trazer grandes benefícios a todos nós. A maior parte dos problemas podem ser resolvidos com alguns litros de latas de tinta e uns gramas de coragem política.

Cada dia que passamos em silêncio contra a infâmia dos atropelamentos faz de nós cada vez mais cúmplices na morte do Henrique...

Contactos:
ACA-M – Manuel João Ramos (919258585) | Rui Zink (916919331)
MUBI / ART / ITT: César Marques (966363881)

Links:
ACA-M – Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados - http://www.aca-m.org/ 
SOS Bairro Azul - http://www.bairroazul.net/ 
ART – Associação de Residentes de Telheiras - http://www.artelheiras.pt/
ITT - Iniciativa de Transição em Telheiras - http://ecotelheiras.wordpress.com/ 
MUBi - Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta - http://mubi.pt/

No Reino do Absurdo

Embaixada da Argentina
Rua Silva e Albuquerque (junto ao Arco de Cego), em Lisboa
.
Mais uns condutores que não percebem como os seus actos podem influenciar negativamente a imagem daqueles para quem trabalham. Para cúmulo, repare-se como o parque que lhes é reservado tem espaço para um estacionamento correcto.

Porque será?

No passado dia 13, afixaram-se aqui duas fotos, tiradas junto ao parque de estacionamento da Rua António Pereira Carrilho (ao Chile), onde se via um carro em vias de ser rebocado pela EMEL e um táxi, exactamente na mesma situação (do lado oposto da rua), mas a que nada sucedeu.
Se alguém tivesse dúvidas acerca da "misteriosa" impunidade de que parece gozar essa classe profissional, veja esta outra imagem, mais recente...

Mi(ni)stérios de Lisboa (cont.)

Rua Frei Amador Arrais, em Lisboa
Domingo, 15 de Julho de 2012
12h35m
«Chega um indivíduo do seu trabalho, não tem onde estacionar, e depois vêm para aqui uns gajos com "espírito pidesco" denunciar quem coloca o carro assim! Ora veja-se como não tem mal nenhum: trata-se de um carro do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que ostenta uma placa de "estacionamento autorizado", e até deixa muito espaço para os peões passarem! O facto de ser domingo e o estacionamento ser gratuito (e, por acaso, abundante) não é para aqui chamado!»

«Eu vi um Sapo...»


Algures nas avenidas novas de Lisboa (às 12h17m de um domingo de Verão), alguém que não percebe como os comportamentos anti-sociais afectam negativamente a imagem da empresa onde trabalha...

Tem de ser assim...



13h17m
17h24m
Como é evidente, para os donos dos carros topo-de-gama uma multa de 30€ são "trocos" - e, mesmo assim, eles sabem que é duvidoso que lha apliquem.
Nesses casos, só o bloqueio (seguido, ou não, de reboque) pode ser dissuasor pois, além da despesa acrescida, existe uma verdadeira penosidade - a única linguagem que essa gente percebe. 
De saudar, pois, a actuação da PM (2ª foto) e de assobiar a inacção das entidades competentes no caso da 1ª, onde o carro esteve o tempo que quis e lhe apeteceu sem ser incomodado.
Ambas as imagens são do passado dia 6.
*
Actualização:
 
Repare-se agora nesta situação mista: um AUDI, estacionado como se vê junto ao parque da Pr. Chile (sempre "às moscas" e onde um dia de estacionamento custa apenas 5 €), é bloqueado pela EMEL, e só não foi rebocado porque o condutor apareceu a tempo.
Até aí, tudo bem, só é pena que tal não suceda mais vezes, pois o local é "calisto".
O curioso é que, do outro lado da rua, os taxistas podem fazer exactamente o mesmo sem que nada lhes suceda...

R. Pedro Nunes, Lisboa



Transcrevemos na íntegra a missiva que nos foi enviada:

"Boa Tarde,

Apanhei esta senhora a estacionar na Rua Pedro Nunes, Lisboa, interpelei-a dizendo-lhe o óbvio, que aquilo era um passeio e a saída de uma passadeira, indiquei-lhe um lugar vazio mesmo ao lado, mas de nada valeu.

Cumprimentos,
*******"

estacionamento ilegal com autorização de agente da PSP

Na nossa caixa de correio:

-------- Original Message --------
Subject: Reclamação sobre estacionamento ilegal com autorização de agente da PSP
Date: Mon, 09 Jul 2012 14:17:45 +0100

Exmos. Senhores,

Venho reclamar de uma situação por mim testemunhada, passada com um
agente vosso (Divisão de Trânsito da PSP Lisboa).

Passou-se esta manhã (dia 9 de Julho de 2012), pelas 11:15, na
passadeira junto à Procuradoria Geral da República, na Rua da Escola
Politécnica, Lisboa.

Estando eu a caminhar pelo passeio junto à referida passadeira,
deparei-me com um autocarro que estava estacionado imediatamente em cima
do traço branco que delimita a passadeira, a não mais de 1,5m da
passadeira. A fotografia em anexo foi tirada do meu telemóvel no momento
em que tudo se passou.
Atrás do autocarro havia cerca de 10m livres de automóveis.

Como cidadão informado sei que:
1) Esta situaçãoo é permitida pelo código da estrada, já que este
obriga o estacionamento a ser feito a pelo menos 5m da passadeira.
2) A distância de 5m que o Código da Estrada obriga serve para assegurar
que os peões que pretendem atravessar na passadeira têm uma visibilidade
suficiente para permitir a travagem aos automóveis que se aproxima.
3) A questão da visibilidade é particularmente importante quando o
veículo estacionado é um autocarro, dado o seu elevado volume cobrir
totalmente o peão.

Considero, pois, uma situação muito grave.
Punha em causa a segurança das centenas de peões que atravessam cada
manhã aquela passadeira muito movimentada.


Muito surpreendentemente, ao chegar ao local da passadeira constatei que
havia pelo menos 2 agentes de trânsito da PSP junto à mesma.
Dirigi-me a um deles, de nome *********, que se identificou como
agente da Divisão de Trânsito da PSP de Lisboa.
Disse-lhe que notei que o veículo estava estacionado de forma irregular.

Perguntei-lhe porque é que o agente não agia perante a situação, que
punha em causa a segurança dos peões que atravessassem a passadeira.

A resposta foi pronta:
"Não há problema, pois o autocarro está estacionado atrás da linha branca."
Esta afirmação é incorrecta, pois a linha branca pintada junto às
passadeiras serve para marcar o limite até ao qual um veículo tem de
parar para deixar passar os peões na passadeira.
o está a 5m de distância, logo não serve para marcar o ponto a partir
do qual se pode estacionar.

Disse ao agente que ele se tinha enganado, pois a linha branca não
delimita o ponto a partir do qual se pode estacionar.
Insisti com a minha questão: "Porque é que o autocarro está estacionado
de forma irregular, pondo em causa a segurança dos peões que atravessem
a passadeira?"

Recebi nova resposta:
"Este autocarro tem um motivo para estar estacionado. Eu autorizei o
autocarro a estar estacionado aqui."
De novo, esta explicaçãoo respondeu à minha questão, pois o facto de
haver um motivo não evita que as normas de segurança que o código da
estrada exige sejam violadas - logo não evita que a segurança dos peões
seja posta em causa e que haja uma alta probabilidade de atropelamento
devido à situação autorizada pelo agente.

o esclarecido com a explicação do agente, insisti de novo com a
pergunta: "Não está em causa a segurança dos peões?"
A resposta foi evasiva e, mais uma vez, insuficiente para responder à
minha legítima questão:
"Já lhe expliquei tudo o que tinha para explicar."

o esclarecido, insisti de novo, afirmando queo estava em causa o
motivo que levou ao estacionamento, mas sim o facto da segurança dos
peões estar em causa. Perguntei de novo de que forma é que a situação de
excepção permitida ao autocarro assegurava a segurança dos peões que
atravessassem a passadeira.

O argumento usado foi: "A segurança dos peões que atravessam a
passadeira está assegurada porque eu estou presente."
Perguntei-lhe de que forma é que a presença do agente no passeio,
ocultado atrás do autocarro, podia prevenir algum atropelamento;
naturalmente não obtive resposta.


Ao fim de várias tentativas, não consegui obter uma única resposta
convincente, perante uma atitude que considero inadequada do agente (que
ora era evasivo e dizia que já tinha sido "suficientemente
esclarecedor", ora dava respostas incorrectas, como quando afirmou que
o havia problema estacionar em cima do traço branco).

Ao fim de cerca de 10min de interação com o agente, ele fechou a
conversa, dizendo que já tinha explicado tudo que tinha de explicar.
O autocarro persistiu no local, pondo claramente em causa a integridade
física dos vários peões que atravessavam enquanto esta situação durou.

Uma vez que:
1) Penso ser uma prioridade central do papel da PSP assegurar a
segurança dos cidadãos.
2) No ano passado, em Portugal morreram pelo menos 188 peões em
consequência de atropelamento. Mais de metade das vítimas mortais
atropeladas têm mais de 60 anos e 7% são crianças e adolescentes. Três
em cada quatro atropelamentos mortais acontecem dentro das localidades;
destes, 40% ocorrem quando o peão se encontra a atravessar a faixa de
rodagem (na maior parte dos casos, quando o peão está a atravessar a via
com sinal verde, numa passadeira ou a mais de 50 metros de uma passagem
de peões, ou seja, em local permitido).

Depreendo dos factos acima descritos que um agente da PSP explicitamente
autorizou uma situação que implicou um grande risco para a integridade
física dos peões que usam a passadeira.
Considero este facto como muito grave.

Segundo os esclarecimentos do agente, nenhuma medida foi tomada para
repor a segurança no atravessamento na passadeira - segurança que o
código da estrada impõe através da distância de 5m para o estacionamento.


Venho por este meio reclamar pela a situação que presenciei e pedir-Vos
formalmente qual a posição que a Divisão de Trânsito da PSP de Lisboa
toma quanto aos factos que descrevo acima.


Agradeço desde já a vossa resposta.

Melhores cumprimentos,
*********
(leitor devidamente identificado)




Mi(ni)stérios de Lisboa

Lisboa, Rua Henriques Nogueira
Estas fotos, tiradas em 4 dias diferentes, mostram como se processa o estacionamento em parques de duas entidades oficiais existentes ali ao lado. E que entidades! Trata-se da PSP e do Ministério da Justiça!
São realidades como esta que nos explicam (melhor do que uma centena de blogues) porque é que o estacionamento selvagem no país não é (nem será tão cedo) devidamente combatido.
-
(*) O post foi actualizado, e acrescentaram-se as 2 fotos de baixo, tiradas já este mês.

Rua da Emenda ou Rua Sem Emenda? Lisboa

alínea f) do n.º 1 do art.º 49.º do Código da Estrada

Um dos nossos contribuidores refere que "apesar das - até frequentes - ações de fiscalização da Polícia Municipal, a Rua da Emenda continua sem emenda. Em Lisboa, o meio de transporte principal ainda é a viatura de transporte particular - contra todas as tendências das capitais desenvolvidas da UE." 

Desabafa ainda ironicamente que "Lisboa continua a não conseguir pôr as coisas no lugar certo: os peões na estrada, os pópós no passeio."

Largo do Picadeiro ou Parque de Estacionamento do Picadeiro? | Lisboa, Chiado

alínea f) do n.º 1 do art.º 49 do Código da Estrada

alínea f) do n.º 1 do art.º 49 do Código da Estrada

alínea f) do n.º 1 do art.º 49 do Código da Estrada

alínea f) do n.º 1 do art.º 49 do Código da Estrada

alínea f) do n.º 1 do art.º 49 do Código da Estrada

Mais uma desgraça pública do que se passa numa zona nobre de Lisboa, o Chiado, no Largo do Picadeiro, na Freguesia dos Mártires em Lisboa.

Não aconselhável a peões!!!

«Tarefa de Sísifo», «Forma inovadora de combater o desemprego» ou «Como é gasto o nosso dinheiro»

As fotos não foram tiradas no mesmo dia, mas sim no mesmo local, tendo a particularidade de poderem ser apreciadas por qualquer ordem.
A curiosidade adicional é que nunca se viu um destes carros (que aqui estacionam) a serem multados - quanto mais bloqueados ou rebocados. Porque será?

Ainda os pilaretes retirados

Compreende-se que a necessidade de efectuar as obras de alargamento da estação de Metro do Areeiro tenha implicado algumas limitações à zona pedonal, e até se admite que tenha sido necessário retirar os pilaretes que impediam o acesso de veículos ao passeio (1ª foto, lado sul da Av. João XXI).
O que já não se aceita é que esse acesso tenha passado a ser franqueado a todo o automobilista (sem qualquer discriminação nem controlo), com a agravante da degradação dos passeios propiciar situações como a que aqui se vê - o leitor-fotógrafo, bom samaritano, chegou mesmo a oferecer-se para ajudar a senhora a tirar o carrinho de bebé do buraco onde, durante algum tempo, ficou preso...

Boas práticas camarárias em Aveiro, em relação ao estacionamento




Ao que parece em Aveiro, é mesmo a doer para os enlatados mal estacionados, o interessante é saber quando é que a prática se adota em Lisboa e em muitas outras cidades do país.