Passeios na placa central da Alameda para os peões, Lisboa



Transcrevemos na íntegra mais um email de um cidadão indignado, com a presente usurpação do espaço pedonal, por parte das viaturas automóveis.

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Exmo. Senhor Presidente,

Dr. António Costa

Aproveitando as notícias que dão conta da intenção da Câmara Municipal de Lisboa em reabilitar, mais uma vez, a Fonte Luminosa da Alameda D. Afonso Henriques, vimos pelo presente apelar a V. Exa. para que no âmbito dessa empreitada, que desejamos eficaz, a Câmara devolva os passeios aos peões, em respeito não só pelo projecto original de espaço público daquela alameda, mas também por respeito ao que se entende actualmente por mobilidade; conceito que a Câmara afirma partilhar.

Nesse sentido, defendemos a pedonalização total da placa central, uma vez que o passeio do seu sector poente se mantém ocupado com parqueamento gerido pela EMEL. Julgamos não fazer sentido que haja parqueamento  automóvel em cima dos passeios arborizados, que foram criados para usufruto dos peões; ainda por cima sobre um parque de estacionamento subterrâneo de acesso público, o que consideramos ser um absurdo, nada consentâneo com a Mobilidade a que nos referimos no parágrafo anterior.

Aproveitamos ainda para lançar a debate a recolocação do parque infantil que existe na Alameda, cuja localização actual julgamos ser igualmente um absurdo: ao Sol e ao meio da placa central nascente, desvirtuando  totalmente a simetria e estética da Alameda. O parque infantil deve ser colocado num dos troços laterais cobertos por árvores!

Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos

Carlos Leite de Sousa, António Branco Almeida, Luís Marques da Silva Alexandra Maia Mendonça, Nuno Caiado, Jorge Pinto, Fernando Jorge, Nuno Franco, João Leitão e Diogo Moura


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O Passeio Livre partilha naturalmente do ponto de vista destes cidadãos. Todas as propostas que visam dar espaço ao peão, são favoralmente acolhidas pelo Passeio Livre, ainda para mais numa zona com uma elevada oferta de estacionamento subterrâneo.

1 comentário:

  1. Precisamente por debaixo deste escândalo existe um parque subterrâneo com 500 lugares em 5 pisos.
    Vale a pena visitá-lo... Das várias vezes que lá fui, encontrei-o cheio no 1.º piso, e depois, à medida que se desce, cada vez mais vazio.
    O 5.º piso estava, inclusivamente, encerrado.

    O que sucede é que esse parque é privado, enquanto o de cima (da EMEL) dá receitas para a autarquia.

    É, pois, evidente, que esta não vai mexer uma palha, mesmo que isso signifique manter o absurdo actual, até porque a sensibilidade dos autarcas lisboetas (actuais e passados) para com o estacionamento selvagem varia entre ZERO e ZERO-VÍRGULA-ZERO.

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