É dos hábitos que nascem os espantos

A
19 Mar 11 - 12h22m
B
21 Nov 12 - 10h38m
C
D
E
23 Jan 12 - 10h38m
F
idem, 3 minutos depois
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O passeio junto ao n.º 102 da Av. dos EUA, em Lisboa, é habitualmente conhecido como um espaço de impunidade garantida. A foto A é apenas um exemplo, entre muitos, disso mesmo  - mas talvez algo esteja a mudar. Vejamos, então, casos concretos:

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A foto B mostra uma fiscal da EMEL a actuar, embora com a particularidade de multar o Mercedes e perdoar ao jipe (cuja condutora, que se vê na foto, deve ter dito o habitual «É só um minutinho»...).
A cena teve seguimento, com o aparecimento intempestivo do condutor do carro que, irado, barafustou, insultando a fiscal da EMEL («Não tens nada que fazer!») e metendo-lhe a multa na mão!
A senhora aceitou-a, rasgou-a, meteu-a no caixote do lixo e foi-se embora, com toda a calma! (fotos C e D). Não é preciso adiantar que o jipe ficou lá, impune - fazendo companhia ao Mercedes, que também não foi tirado dali...
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A solução passa, evidentemente, pelo bloqueio (seguido, ou não, de reboque).
As fotos E e F mostram isso mesmo, com o multado exibindo a habitual perplexidade e decerto argumentando com o «Mas até deixei espaço para os peões passarem...!»

6 comentários:

  1. Este post é uma verdadeira reportagem:
    Local, datas, horas e matrículas dos carros envolvidos, acompanhados de um texto claro e sucinto.

    Agora, se a EMEL fosse uma empresa como deve ser, iria investigar algumas coisas:

    Antes de mais, porque é que, dantes, NUNCA acontecia nada, ali?
    Que cumplicidades havia, e o que sucedeu aos fiscais "ceguetas"?

    Porque é que a fiscal rasgou a multa (que ela mesma passou) e a deitou fora? É esse o procedimento habitual?
    E o condutor foi multado à mesma? E, se foi, pagou a multa?

    Ed

    E quem a autoriza a fechar os olhos à infracção da senhora do jipe? Está em auto-gestão?

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  2. Porque é que os reboques e a fiscalização não são privatizados? Porque acabariam os jeitinhos e há tanta gente na EMEL e Câmara que ganha com os jeitinhos....

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    1. Ultimamente, a EMEL tem andado mais activa (como aqui se vê), mas mantém-se a maior parte dos lugares "intocáveis" (Óscar Monteiro Torres, Frei Amador Arrais, Rotunda de Entrecampos, Av. da República (lado Norte), etc.

      Uma eventual privatização seria boa para pôr no olho da rua uns tantos fiscais "ceguinhos" e, de caminho, a hierarquia toda, pois decerto os chefes sabem o que se passa - e, se não sabem, ainda é mais grave!

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    2. Hoje, esta mesma equipa da EMEL estava a bloquear carros neste mesmo lugar (um estacionado na paragem da Carris e outro em cima do passeio).
      Vinha numa carrinha descaracterizada, o que permitiu assistir à anedota de ver outros carros a chegar e a estacionar ali: um no parque de motociclos e mais um outro na paragem da Carris... este, mesmo encostado à carrinha da EMEL!!

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  3. A idade da pedra continua. Como é que a sra. pode rasgar uma multa já passada? Porque se a multa fosse passada por um pequeno computador (como se faz noutros sítios), o sr. mercedes bem poderia berrar o que quisesse....

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  4. Na realidade, a Futurlagos (empresa equivalente à EMEL, em Lagos) passa as multas no local, e já informatizadas. O papelinho que coloca no pára-brisas traz logo o código MB para pagamento.
    Em Lisboa, os "avisos" da SPARK (empresa "ao serviço da EMEL") também são assim.
    Só a EMEL é que continua a passar multas à mão, onde o infractor é convidado a deslocar-se à sede da empresa, nas horas de expediente!!

    Mas o processo é mais longo:
    O fiscal toma também notas numa maquineta, e a multa (essa já num formato seculo XXI...) segue para casa do condutor, se entretanto ele não a pagou e se não prescreveu...
    À parte o caricato do procedimento, tudo demora uma eternidade.
    No prédio onde eu moro, estão sempre a chegar dessas cartas/multa para pessoas que já cá não residem há muito tempo...

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