Sugestão de protesto










Do lado direito deste blogue indica-se que o estacionamento selvagem nas paragens dos transportes públicos também cai na alçada do autocolante do Passeio Livre - e, por extensão, de outras formas de protesto, desde que legais e pacíficas. Ora, dado o escandaloso aumento de preços dos transportes públicos (e que não vai ficar por aqui, como já foi anunciado pelo governo), propõe-se, hoje, aos leitores deste blogue, uma forma de luta que se passa a explicar:

Quem costuma acompanhar os comentários dominicais do Professor Marcelo Rebelo de Sousa sabe que ele tem o saudável hábito de responder a perguntas de leitores - mas apenas as que foram formuladas por muita gente. Assim, o que aqui hoje se sugere é que, de preferência nos próximos dias, os leitores do Passeio Livre escrevam para [email protected] colocando, nos termos que cada um achar melhor, a questão que se pode resumir no seguinte:


«Se o aumento do preço dos transportes públicos é motivado pelo respectivo prejuízo, porque é que as autoridades (governamentais e autárquicas) não se preocupam minimamente em facultar-lhes condições de trabalho - nomeadamente no que toca a fluidez e mobilidade dos autocarros e eléctricos?»



Carris estima que o aumento de 1 Km/h na velocidade comercial resulte na diminuição do défice comercial verificado na empresa em cerca de € 5 milhões.



16 comentários:

  1. Magnífica sugestão! Acabei de enviar o meu mail. Tomei a liberdade de anexar uma das fotos que aqui se mostram.

    F. Cardoso

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  2. Sugiro que, nos mails a enviar, se inclua a referência que está no fim do "post", a negrito.
    Dado que os nossos governantes (autarcas incluídos) são avessos a fazer contas, um número (especialmente se for credível) calha sempre bem...

    Ed

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  3. Tambem ja enviei, e acrescentei uma pergunta sobre a necessidade de se reforcar a fiscalizacao, ja que esta permitiria aumentar as receitas, melhorar a circulacao dos transportes publicos e a qualidade de vida nas cidades.

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  4. Também enviei. Mas deixem-me adiantar uma curiosidade:
    Na minha zona, talvez porque o Passeio Livre tem alguma influência (a iniciativa está afixada noutros blogues e também no Facebook - com "links" para aqui), a fiscalização, hoje, via-se mais do que o habitual.

    Só o escândalo da Escola de Condução (que estaciona na paragem da Carris da Praça da Figueira!!!) é que se mantém, apesar de, por ali, não faltar polícia.
    Passei esta manhã por lá, e É UMA VERGONHA INENARRÁVEL!

    M. Rosário

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  5. Enviado, incluindo a sugestão do Ed. Referi-me explicitamente ao estacionamento selvagem nas paragens e faixas BUS. Também segui a sugestão de F. Cardoso e anexei duas fotografias.

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  6. Confirmo que também na zona de Alvalade havia hoje alguma "limpeza" nas paragens da Carris.
    Claro que é sol-de-pouca-dura, mas é melhor do que nada!

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  7. Isto que aqui se vê no blogue é escandaloso num país europeu e "moderno".
    Também já fiz o meu dever.

    Uma outra sugestão:
    Porque tb não enviarmos mails, juntamente com o MPL, para as televisões, para qd fazem reportagens de rua os operadores de câmara e jornalistas mostrarem bem ao país, estrangeiros, governantes, autarcas e policias, os passeios pejados de carros e até com imagens evidentes, convidá-los a pronunciar-se, dizendo algo do género que não se podem movimentar livremente no passeio.

    Tudo o que possa ser dito e mostrado para vergonha dessa gente! Aqui fica a ideia.

    um abraço
    LC

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  8. Caro LC

    O que sugere já tem sido feito: à direita, neste mesmo blogue, pode ver «O Passeio Livre na Comunicação Social».

    Se quiser ver mais referências e até reportagens (no «Correio da Manhã», «Jornal de Notícias», «Público», etc) clique [AQUI] e veja os links no capítulo intitulado «O Grande Mistério» (a meio do 'post').

    Não é, pois, por falta de combatividade e de divulgação que o assunto não se resolve.
    A explicação resume-se em 3 palavras 'ELES' NÃO QUEREM.

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  9. "Só o escândalo da Escola de Condução (que estaciona na paragem da Carris da Praça da Figueira!!!) é que se mantém, apesar de, por ali, não faltar polícia."
    Cara Rosário, como já tive oportunidade de dizer, esta escola de condução está protegida. Em qualquer autarquia que vá, eles estacionam os carros onde bem querem e os emails para as câmaras municipais a reclamar não são respondidos. Lembra a mafia, a qual exige dinheiro para "proteger". Aqui a situação é idêntica. A única diferença é que a máfia são as autarquias.

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  10. Para ser sincero, não acredito que o Professor MRS se vá referir a isso no próximo programa, pois os aumentos de preços já foram aplicados, o que quer dizer que a melhor ocasião para este protesto já passou.

    No entanto, é bem possível que, quando se aproximarem mais aumentos (aliás, já anunciados para daqui a 5 meses), ele se lembre deste nosso movimento (que pode ser ingénuo e incipiente, mas é melhor do que nada).

    C.E.

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  11. Madeinlisboa,

    Como digo em comentário no 'post' a seguir a este, enviei, esta tarde, para a Polícia Municipal de Lisboa, 8 fotos da paragem da Praça da Figueira.

    Vamos ver se me respondem (nem que seja para o TM, cujo número indiquei). Se não responderem, envio para os jornais.

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  12. " Se não responderem, envio para os jornais."
    Não vão responder e os jornais estão bem a lixar-se para isso... é a nossa realidade.

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  13. A melhor resposta para a resolução do estacionamento selvagem que li até hoje e que aliás, é também a minha opinião, foi a do Eng. Carlos Medina Ribeiro: ELES NÃO QUEREM! Porque se eles quisessem, o assunto já tinha sido resolvido quando um famoso aldrabão disse, há uns anos atrás, TOLERÂNCIA ZERO em Lisboa ao estacionamento selvagem! Não são os peões que têm de resolver o problema da falta de estacionamento, mas os proprietários das viaturas. E se a lei é para se cumprir, é multar, rebocar tudo o que se encontre em local proibido. Se a lei não se cumpre, nem Portugal pode ser considerado um Estado de Direito, nem um país civilizado, nem sequer visto como um país moderno, progressista e cumpridor. Tudo o resto é conversa da treta.

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  14. Quando alguem sequestra e viola uma turista durante 3 dias e é libertado, está tudo dito em relação à justiça portuguesa. Se alguém quer justiça neste país de m***a, tem de ser apemas pelas próprias mãos.
    Se querem que o estacionamento ilegal seja abolido não pode ser com autocolantes mas sim com bloqueio de ruas principais. Isto sim vai ferir os anormais que gerem este país.

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  15. Madeinlisboa,

    Tenho enviado muitos protestos para jornais e para estações de TV, e alguns têm tido impacto.
    Poderá ver uma lista [AQUI], no parágrafo intitulado «O Grande Mistério», onde há 'links' para as notícias que foram publicadas.

    Posso garantir-lhe que, nos dias em que elas saíram (especialmente no «Correio da Manhã» e no «Jornal de Notícias» - neste caso uma página inteira, com fotos tiradas na Av. João XXI), a Polícia Municipal, os carrinhos da Carris e a EMEL andaram numa roda-viva nos locais indicados.
    Os jornalistas e fotógrafos que eu acompanhei (na execução das 2 reportagens) puderam verificar (e fotografar) isso mesmo.

    Claro que 2 ou 3 dias depois voltou tudo ao mesmo.
    Mas reafirmo que essas notícias têm algum impacto.
    E não nos esqueçamos que, na actual situação política, os fiscais e agentes incompetentes podem, pura e simplesmente, perder o emprego.
    E a verdadeira anedota que é a EMEL corre o sério risco de ser privatizada, com a consequente 'vassourada' (que há muito anda a pedir, de alto a baixo).

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  16. Já agora:

    Não sei se leram uma queixa feita por Manuel João Ramos (da ACA-M) enviada à Provedoria de Justiça. Nela, ele queixava-se que a fiscalização - sistematicamente - não actuava numa determinada rua. E uma recusa de actuação constitui um ilícito, evidentemente.

    Ora eu sei, por experiência própria, que a Provedoria de Justiça leva as queixas até ao fim (embora possa demorar).
    Assim sendo, e havendo uma queixa bem fundamentada (com indicação de local, data, hora e fotos), não há qualquer dificuldade em identificar o fiscal (ou fiscais) "ceguinhos".
    E eu não queria estar na pele desses fiscais-da-treta, pois a Provedoria só dá o inquérito por encerrado quando sabe o que é que foi, efectivamente, feito.
    No fim, o Provedor escreve uma 2ª carta ao queixoso, dando-lhe conta das diligências que efectuou e quais foram os resultados.

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