Quando eles querem...!

Lisboa - Av. EUA
Agosto 2011

Há algum tempo, referiu-se, neste blogue, uma desagradável situação de um motociclista que, julgando-se rei-do-mundo, ocupava sistematicamente toda esta zona de passagem de peões - não só com a sua moto, mas também com uma gigantesca corrente.

Inconformado com a situação, o leitor F. Cardoso reclamou, por três vezes: inicialmente, junto de dois fiscais da EMEL presentes no local (sem qualquer sucesso) e, mais tarde (formalmente, e por escrito), junto da Polícia Municipal, juntando as fotos que o Passeio Livre divulgou na altura e que se podem ver [AQUI].

A boa notícia é que a sua reclamação foi atendida: não só a P.M. interveio, como os mails do leitor foram respondidos dando conta do que foi feito.
A nova situação (que parece manter-se) é a que a imagem mostra.
Ainda bem.

5 comentários:

  1. Como este 'post' parece comprovar, muitas situações não se resolvem porque as pessoas não reclamam formalmente (por escrito, nomeadamente) junto das entidades próprias, preferindo o desabafo inconsequente - que pode ser muito bom para a bílis, mas não leva a nada.

    É que uma reclamação por escrito obriga a alguma forma de identificação de quem a apresenta, e gerou-se uma cultura de cobardia, de que o paradigma são os anónimos da blogosfera.

    E, no entanto, no que toca a situações como a que é aqui reportada, quem tem de ter medo é o infractor (ou - em certos casos - o agente ou fiscal que se recusa a actuar) e não o queixoso.

    ResponderEliminar
  2. Congratulo-me com o êxito da iniciativa de F. Cardoso e acho que constituem um excelente exemplo. Também já obtive resultados (parcialmente) satisfatórios escrevendo fundamentadamente para a entidade competente.

    Concordo por isso com Carlos Medina Ribeiro sobre a importância de utilizar este recurso, a par com a divulgação de casos, a colagem de autocolantes e/ou outros. Penso até que essa acção poderia ser feita de forma concertada, com a coordenação do Passeio Livre.

    A Amnistia Internacional e outras entidades utilizam há anos, com sucesso indesmentível, processos deste tipo em que nos poderíamos inspirar, com as necessárias adaptações: se o facto de uma entidade receber cartas ou emails de um cidadão pode produzir este efeito, o que acontecerá se receber dezenas ou centenas de mensagens de vários cidadã(o)s, em tom correcto mas firme, sobre a mesma questão? Mesmo que "eles não queiram", ser-lhes-á mais difícil manter a passividade.

    ResponderEliminar
  3. Não concordo, em absoluto, com o seu post, sr, engenheiro! Pela parte que me toca (e quem não se sente não é filho de boa gente), desisti de enviar reclamações por escrito, devidamente identificadas, para os agentes respectivos porque as parcas respostas que obtive (1/50) eram tipo matriz-que-basta-apenas-mudar-nome-do-destinatário, sem qualquer conteúdo digno de resposta concreta à queixa apresentada. E todas elas em ordem a transgressões consignadas e passíveis de coima, pelo Código da Estrada. O que me levou a deduzir que nem a C.M.L., nem o sr. Costa, nem a P.M., nem a P.S.P., nem todos os endereços ligados ao trânsito urbano, prevenção rodoviária, etc., se encontram minimamente dispostos ou interessados em resolverem o problema do estacionamento selvagem na cidade de Lisboa. Os votos são preciosos, n'é? Pois é... porque medo é coisa que não tenho. Perdi (o ainda pouco que tinha na altura) aquando andei pelo mato durante dois anos, na guerra colonial...

    ResponderEliminar
  4. É verdade que certas reclamações, aparentemente, não levam a nada. No entanto, ainda acho que acabam por ter alguma influência.
    P. ex.: eu perdia a cabeça com os sucessivos enganos dos CTT na minha zona. Reclamei frequentemente (umas vezes oralmente, e outras por escrito) e, de um dia para o outro, deixou de haver enganos.
    Aparentemente, os carteiros mudaram (todos ou só alguns, isso não sei), e os actuais são impecáveis.

    Também concordo que a relação resultados/esforço é muito baixa e desmotivadora.
    Mas convém ver "o outro lado": muitos desses funcionários incompetentes, que andam por aí à solta, são "precários", e sabem que têm de ter cuidado com o que fazem, pois os tempos são outros: no caso de irem para a frente as extinções (de empresas como a EMEL) e as privatizações (de empresas como os CTT), os funcionários que foram alvo de reclamações estão na 1ª linha para irem para a rua. (Numa 2ª linha de limpeza, haverá as hierarquias, mas essas...)

    ResponderEliminar
  5. A resposta da P. M. foi dada em formato PDF, pelo que não é possível afixá-la aqui. Mas poderá ser enviada a quem a pedir:

    [email protected]

    ResponderEliminar