Gabaste, estragaste!


 Lisboa - Av. EUA
31 de Agosto de 2011 - 13h12m
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Relatou-se aqui, recentemente (e em tom elogioso), que a Polícia Municipal de Lisboa (na sequência de uma reclamação escrita apresentada pelo leitor F. Cardoso) tinha reposto a legalidade neste local, obrigando o condutor da moto a estacioná-la de forma "melhor".
Pois bem. Ao fim de alguns dias em que assim foi, a situação actual é a que as fotos mostram. Ou seja: exactamente a mesma.
Só por curiosidade: como se sentirão (em termos pessoais e profissionais) os agentes, assim desrespeitados pública e reiteradamente?

Avenida da Liberdade, Lisboa

Eu estaciono em cima do passeio, porque tenho um carro espectacular!



Seja grande ou pequeno, isso não interessa nada.
É tudo deles!


Que bem arrumadinhas... na Avenida da Liberdade

 

A malta do...estamos a trabalhar


 



Várias contribuições enviadas por e-mail


Passeio Livre


 

 

Quando eles querem...!

Lisboa - Av. EUA
Agosto 2011

Há algum tempo, referiu-se, neste blogue, uma desagradável situação de um motociclista que, julgando-se rei-do-mundo, ocupava sistematicamente toda esta zona de passagem de peões - não só com a sua moto, mas também com uma gigantesca corrente.

Inconformado com a situação, o leitor F. Cardoso reclamou, por três vezes: inicialmente, junto de dois fiscais da EMEL presentes no local (sem qualquer sucesso) e, mais tarde (formalmente, e por escrito), junto da Polícia Municipal, juntando as fotos que o Passeio Livre divulgou na altura e que se podem ver [AQUI].

A boa notícia é que a sua reclamação foi atendida: não só a P.M. interveio, como os mails do leitor foram respondidos dando conta do que foi feito.
A nova situação (que parece manter-se) é a que a imagem mostra.
Ainda bem.

Como, em Lisboa, é acarinhada a calçada portuguesa


É bem possível que esta amostra de calçada portuguesa (que ornamenta a entrada principal do Palácio das Galveias - ao Campo Pequeno, em Lisboa) não tenha qualquer valor artístico.
É bem possível, também, que ela tenha sido construída por forma a suportar o peso das antigas carruagens e respectivas cavalgaduras. Esperemos, então, que resista aos veículos da autarquia - entidade que, como se sabe, tanto acarinha essa forma de arte urbana.

Quando eles querem...!


Porventura devido à "sugestão de protesto" aqui lançada, foi possível ver ontem (e, possivelmente, pela 1ª vez em muitas semanas!) um destes veículos ao serviço da Carris (cuja função é desimpedir as paragens e faixas BUS) a fazer o seu trabalho!
NOTA: números divulgados há algum tempo indicavam que, para os 600 ou 700km de linhas da empresa, havia 3 carros destes...

Sugestão de protesto










Do lado direito deste blogue indica-se que o estacionamento selvagem nas paragens dos transportes públicos também cai na alçada do autocolante do Passeio Livre - e, por extensão, de outras formas de protesto, desde que legais e pacíficas. Ora, dado o escandaloso aumento de preços dos transportes públicos (e que não vai ficar por aqui, como já foi anunciado pelo governo), propõe-se, hoje, aos leitores deste blogue, uma forma de luta que se passa a explicar:

Quem costuma acompanhar os comentários dominicais do Professor Marcelo Rebelo de Sousa sabe que ele tem o saudável hábito de responder a perguntas de leitores - mas apenas as que foram formuladas por muita gente. Assim, o que aqui hoje se sugere é que, de preferência nos próximos dias, os leitores do Passeio Livre escrevam para [email protected] colocando, nos termos que cada um achar melhor, a questão que se pode resumir no seguinte:


«Se o aumento do preço dos transportes públicos é motivado pelo respectivo prejuízo, porque é que as autoridades (governamentais e autárquicas) não se preocupam minimamente em facultar-lhes condições de trabalho - nomeadamente no que toca a fluidez e mobilidade dos autocarros e eléctricos?»



Carris estima que o aumento de 1 Km/h na velocidade comercial resulte na diminuição do défice comercial verificado na empresa em cerca de € 5 milhões.



Particularidades de uma terra com pretensões a destino turístico de qualidade...


Lagos - 2 e 3 de Agosto de 2011
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Em cima: um grupo de turistas toma contacto com as delícias do «Vá pela faixa de rodagem, que os passeios, em Portugal, são para os carros!», perante a proverbial indiferença da PSP lá do burgo. Se essa foto nos leva a perguntar «Para que serve a polícia?», as outras duas suscitam a questão «E para que servem os pilaretes?».
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«Os cafres da Europa» (Padre António Vieira)

Págs. 232-3
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Neste delicioso livro, Barry Hatton mostra que não deve haver muita gente que, mesmo em Portugal, saiba mais sobre o nosso país do que ele: desde os Celtas até José Sócrates (o livro é de 2011), desde as caravelas até aos pastéis de Belém, não é fácil encontrar erros na obra - quando muito, haverá uma ou outra gralha, mas mesmo isso parece dever-se à tradução.
Veja-se o que ele escreve, no que toca ao tema deste blogue...
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