A malta do «Estaciono no passeio porque não há parques!»


«Nos passados dias 14 de Fevereiro e 1 de Maio, enviei à Polícia Municipal de Lisboa dois e- mails com estas fotografias, chamando a atenção para o facto de esta ser uma situação de todos os dias, com a agravante de, ali ao pé, haver estacionamento gratuito para motociclos.
Pedia-lhes, pois, que interviessem, pois eu já o havia feito junto de vários fiscais da EMEL (presentes no local), e que me responderam que motos não é com eles, mas sim - precisamente - com a Polícia Municipal.
Até hoje, continuo à espera que alguém se digne responder-me, quanto mais não seja acusando a recepção dos meus e-mails (e, já agora, tendo em conta que eu contribuo para lhe pagar o ordenado).
Cumprimentos,
F. Cardoso»

15 comentários:

  1. Apetece ou não arranjar um chaço no ferro-velho e colocar bem na porta de entrada da PSP, PM, CML ou o raio que os parta?

    ResponderEliminar
  2. independentemente da responsabilidade ser sempre do proprietário da mota e dos peões não terem nada a ver com o facto do sr. ter mota, o que me parece é que os estacionamentos para motociclos foram mal concebidos pois não contemplam uma barra onde se possa prender um cadeado, levando muitos motociclistas a preferir prender as motas aos sinais.
    Creio que gerir a mobilidade duma cidade é um trabalho muito pouco linear e deve ter em conta estes pormenores, a postura de "tem veículo? azar, eu é que não tenho nada a ver com isso" para além de ser simplista, não funciona até porque se tivéssemos uma cidade sem carros ela tb não ia ser habitável.

    ResponderEliminar
  3. Diga-se ainda que mesmo pedindo à EMEL que se digne a instalar mais estacionamentos para motas (o que eu já fiz mais do que uma vez), o pedido cai em saco roto...

    ResponderEliminar
  4. Isto demonstra a veleidade e impunidade com que cada um, no nosso país, se desenrasca habilmente e com muita imaginação, para conseguir um lugarzinho para o seu veículo, de quatro ou duas rodas.

    Isto faz-me lembrar os tempos do "far-west", quando os "cow-boys" amarravam só um cavalo (não tantos) às traves de madeira, mas as rédeas ficavam curtas, nada como isto.
    A História repete-se!

    Desde traçados limitadores de um espaço nos passeios com a matrícula do carro, a estas cenas tristes, tudo isto existe nesta terra, embora com leis, mas sem fiscalização adequada.

    Acredito que este local, não seja muito iluminado, sendo perigoso para pessoas menos ágeis tropeçarem na "amarra", já não falando dos cidadãos invisuais, com mais um obstáculo destes nos passeios.

    Continuo na minha, de que compete somente às autoridades fazerem o seu trabalho, não sendo nós, simples cidadãos pagantes de impostos e dos seus ordenados, a fazê-lo. Dá mesmo vontade de os substituir, mas ...

    Penso que só quando um ministro, p.e., da Adm. Interna ou outro, reparar nesta vergonha e a denunciar, é que os (ir)responsáveis começam a agir.

    Entretanto, não será nos próximos quatro anos, visto estes nem terem tempo para olhar para os passeios!

    Paciência
    LC

    ResponderEliminar
  5. Neste mesmo lugar, cheguei a ver um agente da Divisão de Trãnsito da PSP (daqueles com uma braçadeira vermelha com um "T") a aproxima-se de uma mota, estacionada como estas.

    Quando eu pensava que a ia multar, colocou um capacete, montou-a... e foi-se embora nela - era dele!

    Ed

    ResponderEliminar
  6. Na minha rua são mais "civilizados"... Embora estacionem as scooters em diagonal, ocupando toda a largura do passeio, amarram a traseira ou a dianteira ao poste... o que vai dar quase o mesmo espaço que ocupa uma lata de 4 rodas. Quanto às reclamações para a PM de Lisboa, desisti porque invariavelmente não respondem. Portugal é um país terceiro (ou quarto) mundista, encavalitado numa Europa em que uns são civilizados e outros são iguais a nós ou ainda piores... É que isto de andar a implementar coimas e a fazer pagar multas por transgressões ao Código da Estrada, não rende votos! Neste caso, para que serve a porra do Código e o exame que temos de fazer aquando da condução? Não dá mesmo...!

    ResponderEliminar
  7. O que é particularmente irritante (e é referido neste post, bem assim como em comentários frequentes) é o facto de o munícipe não ter direito - sequer! - a uma resposta (nem que fosse "Tomámos nota", "Vamos ver o que se pode fazer", etc)

    A essa atitude costuma dar-se o nome de "autismo".
    Mas pode também ser má-educação, insensibilidade, incompetência, arrogância, estupidez, etc.

    Mais provavelmente, é apenas info-exclusão: lá na P. Municipal não há ninguém que saiba responder a e-mails.

    ResponderEliminar
  8. Ao primeiro anónimo: mas que bela ideia. Eu bem gostava de meter um camião TIR estacionado em cima do passeio mesmo em frente à esquadra da divisão de trânsito da PSP de Setúbal, que não serve para nada, a não ser andarem a multar e a rebocar os veiculos estacionados em lugares com parquimetro. Porque os outros, é ver os agentes a passarem ao lado e a fecharem os olhos às infracções. E ainda metia outro TIR em frente à Câmara Municipal de Setúbal, que deixa esta situação arrastar-se e não faz nada para mudar a coisa para melhor.

    ResponderEliminar
  9. @ CMR 23 de Junho de 2011 12:36: ao princípio, dos cerca de dez e-mails enviados, responderam-me a dois, pela pena do comandante (ou do seu secretário, ou assessor, ou do agente de serviço). Depois disso... devem ter incluído o meu remetente no filtro do Spam... Porque raios! É uma maçada tremenda estar a receber e-mails de tipos que mais nada têm a fazer na vida que a queixarem-se à Polícia que não podem andar em cima dos passeios porque estes encontram-se ocupados por filas de latas selvaticamente estacionadas... Mesmo que isso represente infracção ao Código de Estrada que, penso eu (não sei se estarei a raciocinar correctamente) é Lei neste País... Mas como eles dizem que isto é um Estado de Direito (embora eu o sinta mais torto que um pé de vinha), então... é porreiro, pá!

    ResponderEliminar
  10. Caro F. Cardoso,
    Reconheço a zona como sendo a entrada do edifício. nº 105 da Av. E.U.A em Lisboa.
    Venho desde já subscrever a sua indignação para o facto de ninguém ainda lhe ter dado uma resposta (EMEL e PML) mas conhecendo a realidade do país, tendo em conta que a sua mensagem é do passado dia 22 e, alertando para o facto que dia 23 foi feriado com a possível ponte dia 24, mais o fim de semana de descanso, não me espanta que ainda não tenha recebido qualquer resposta… Com sorte quem sabe se para a semana não lhe dizem qualquer coisa?
    Aproveito no entanto para lhe perguntar se conhece além do estacionamento gratuito que existe junto aos cafés Luanda e Vává, outro sítio legal de estacionamento para motociclos? É que os existentes são francamente insuficientes face ao número de motociclos existentes na zona, que no referido fogo ascende facilmente a um número superior a 7 (e cuja tendência será para aumentar bastante nos próximos tempos) o que por si só já enche pelo menos um dos estacionamentos referidos.
    Ainda assim e não querendo afirmar categoricamente que seria sempre impossível estacionar nos referidos espaços, alerto-o para o seguinte facto.
    Como pode constatar pela foto o motociclo encontra-se amarrado a um poste, na tentativa de dificultar o trabalho aos “amigos do alheio”. Nos locais legais de estacionamento tal amarração não é possível porque a EMEL não previu nenhum suporte físico para tal, pelo que pergunto qual a sua sugestão/alternativa para o estacionamento deste tipo de veículos, uma vez que a crítica ainda que correcta e aceite, não vislumbra alternativas… Lei é Lei e devia ser para cumprir, mas sei que os funcionários da EMEL estão “indicados” para não actuar no caso dos motociclos dum modo geral, a menos que estes estejam de facto a perturbar gravemente a circulação de peões o que não me parece ser o caso, pois sempre vi esse passeio coberto, repleto de automóveis que são bem mais difíceis de contornar do que os motociclos.
    Não sei se é condómino do prédio em questão, mas numa altura em que o referido prédio se prepara para entrar em obras de grande porte, não seria mal pensado prever estacionamento para os motociclos, havendo para isso uma assembleia geral no próximo dia 30.
    Chamo à atenção que a EMEL tem o poder legal de nas suas zonas de intervenção, criar lugares para motociclos no entanto perdem-se lugares para os carros, lugares esses que já são francamente insuficientes para o parque automóvel do referido prédio, quanto mais para a zona envolvente.
    Sou também um cidadão atento e preocupado mas seria bom que a par das críticas que vejo neste site, fossem dadas sugestões de resolução das situações para sermos verdadeiramente parte da solução e não apenas meros apontadores de prevaricação…
    Cumprimentos

    ResponderEliminar
  11. "fossem dadas sugestões de resolução das situações para sermos verdadeiramente parte da solução e não apenas meros apontadores de prevaricação…"

    Oi?!?! Quem quer soluções que as arranje! Era o que faltava, eu que por causa destes fdp que se mostram nas fotos deste blogue tenho quase sempre que ir na minha cadeira de rodas pela estrada, ainda ter que lhes arranjar soluções! E já agora paga-las do meu bolso e a seguir limpar o rabinho aos animais que para além de incivilizados ainda acham que nós é que temos que arranjar soluções para os problemas deles!
    Ouve-se com cada uma!

    ResponderEliminar
  12. R Vaz

    Passo nesses locais todos os dias, e por várias vezes. O local junto ao Vá-vá (na esquina da Av EUA com a Av. Roma) raramente tem mais do que um motociclo. (O que tem, muitas vezes, é carros...).
    O outro (muito maior), junto ao Luanda, onde há espaço para 1 dúzia de motociclos, raramente tem mais do que dois.
    Havia um terceiro, junto à Suprema, que foi abolido há um par de anos (já agora: porquê?).

    Neste largo, muita gente estaciona os motociclos encostados aos pilares ou às paredes (o que, com boa vontade, até se pode aceitar). Mas uns tantos fazem-no como as fotos mostram, e da forma que mais estorva. O gajo da corrente gigantesca, tem ainda o "cuidado" de a esticar, por forma a ocupar o que resta da passagem de peões. É impossível passar ali com um carrinho de compras, um carrinho de bébé, uma cadeira de rodas, etc., para já não falar dos cegos ou pessoas com dificuldades de visão ou de locomoção.

    NOTA: nos últimos dias, a situação aqui descrita melhorou. Não sei se foi por causa deste "post", ou por causa das férias...

    ResponderEliminar
  13. O que há mais é fezes de cão na rua. É apanhar algumas com uma pá e espalhar carinhosamente pela moto

    ResponderEliminar
  14. Nos locais junto ao Vá-vá e Luanda, a razão para não existirem mais motociclos estacionados prende-se com o facto de não haver nessas zonas reservadas "âncoras" artificiais para prender as motas... Quando reclamarem com a emel sugiram a instalação das ditas âncoras no pavimento e verá que os motociclistas passarão a fazer uso destes espaços!

    Não houvessem tantos gatunos que muita gente já não parava em cima do passeio a estorvar os peões apenas e só para ter o seu motociclo mais seguro...

    De facto o tipo da foto abusa. Nao estaciona junta ao poste para nao ficar com a mota cagada dos pombos e como quer a sombra do prédio não vai de modas... corrente de 2m!!!

    Estou em crer que será devido às férias...

    ResponderEliminar
  15. 1. Mas porque razão o "senhor" da mota não a amarra em torno de uma coluna de suporte do prédio, visto ter amarra mais do que suficiente?
    Ali, acho que a gatunagem, com alguma perícia pode serrar o poste. Tudo é possível! Também era um alívio para quem precisa de passar nesse passeio.

    A porra da mota ficava sempre à sombra, não era cagada pelos pombos, não lhe chovia em cima e incomodava muito menos. Digamos até que seria aceitável, num país de desleixo e do faz de conta.

    2. Concordo com o comentador R.Vaz quando alvitra as sugestões a quem de direito, complementando as reclamações. Apesar de não ser eng. civil ou urbanistíco, quando passo vezes sem fim por um lugar, saltam-me à vista situações do que penso estar errado, reclamo e até dou sugestões. Nada respondem, como sabemos!

    Acho que devemos ser construtivos, e apresentarmos medidas positivas a essa gente, porque:
    - não SABEM como fazer;
    - ou não têm CORAGEM para o fazer;
    - ou como o ordenado cai sempre ao fim do mês, estão-se BORRIFANDO para o "povo".

    Cumprimentos
    LC

    ResponderEliminar