Idem, versão... (Que nome dar a isto?)

O mesmo carro, em dias diferentes - numa zona onde o estacionamento é gratuito.

12 comentários:

  1. eu chamo a isso "vizinhanca indiferente". ;-)

    quem estaciona assim fa'-lo certamente sem ser confrontado por outros.

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  2. Catarina, sabe porque é que a vizinhança é indiferente a este tipo de vandalismo? Porque a maioria deles faz, já fez ou pretende vir fazer, exactamente o mesmo. Por isso, ficam calados, porque todos eles têm culpas no cartório!
    Na rua onde mora a minha mãe, há uns 60 ou 70 carros TODOS estacionados sobre os 2 passeios, e toda a gente circula no meio da rua, porque o número de pessoas sem carro é reduzido (umas 3 ou 4) e se alguém criticar este estacionamento selvagem, é insultado por todos porque todos querem ter o direito de estacionar em cima do passeio e à porta de casa.

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  3. reparem no estado do carro, existe de certeza muita azelhice tambem.

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  4. Faísca,

    Sim, é verdade.
    Neste local (e, aliás, em toda a cidade) onde as fotos foram tiradas há uma sintonia quase perfeita entre prejudicados e prejudicadores, ajudada pela total indiferença das autoridades (policiais e autárquicas).

    Se alguém interpelar o dono deste carro, a sua primeira reacção deve ser de espanto (do género «Faço assim há 20 anos e nunca ninguém se queixou!».
    E se houver alguma discussão mais acesa, o mais certo é a maioria dos moradores tomar a defesa da cavalgadura!

    --

    Vendo outro aspecto do problema:
    Esta é uma das situações que deviam ter chamado a atenção da "troika" que andou a analisar as finanças públicas, não só pela receita (que o Estado despreza e podia encaixar), como pela despesa com a PSP lá da terrinha (que, neste aspecto, é como se não existisse).

    Autor das fotos

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  5. Faisca: ate' acolhia bem o seu argumento se houvesse outras dezenas de carros por ali a fazer a mesma coisa. mas sendo o unico por ali estacionado, e ainda por cima naquelas condicoes, mantenho que a vizinhanca deve ser bastante indiferente.

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  6. Meu amigo, se a "troika" quisesse realmente ajudar o país, tinha muito por onde escolher e nem era necessário recorrer às multas de estacionamento, se bem que isso pudesse ajudar no problema do estacionamento selvagem.
    Bastava reduzir para metade o número de chulos que estão no Governo ou na administração pública; reduzir para metade os salários de todos os políticos (e já viviam muito bem!); obrigá-los a deslocarem-se em viaturas de gama média; cortar-lhes as regalias, prémios, reformas acumuladas e outras alcavalas de que usufruem; obrigar a banca a pagar os mesmos impostos que paga qualquer outro negócio, e ia ver que a receita conseguida daria para aliviar de forma muito significativa a tremenda carga de sacrifícios que vai ser exigida a este desgraçado povo. No entanto, também é necessário termos em conta que a culpa não é só deles! A culpa é principalmente nossa, porque nos temos acobardado a tudo. Nós só temos, o Governo que merecemos!

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  7. @ Faísca | 7 de Maio de 2011 15:46: meu amigo... você deve ter sonhado com isso tudo! Não, não estou a gozar porque levo muito a sério estes assuntos e respeito quem dá a sua opinião em local público como este, mesmo que não concordasse com ela o que não é o caso. Acha que a "troika" iria fazer isso tudo aos "meninos" da política? Já deixei de sonhar há mais de 30 anos... Bastaram-me os primeiros 4 anos pós-golpe militar de 74 para deduzir o que isto (isto é Portugal) seria no futuro... Só tenho pena de não adivinhar os números do €uromilhõe$ para cavar daqui para fora! Mas voltando ao estacionamento selvagem, não há dúvidas que o estado iria arrecadar uma boa maquia nas multas. Porque não o faz? Desleixo? Incompetência? Facilitismo? Deixa andar? Votos? Porque é que o Costa disse no princípio da sua actual posse que iria ser implementada a TOLERÂNCIA ZERO e onde está ela? A vida costa... ai se costa...!!! Quanto à filosofia da vizinhança estou completamente de acordo consigo e não sabendo onde reside, tenho o mesmíssimo problema na minha zona de residência. Meia dúzia não possui lata e o resto é tudo enlatado! Resultado: ninguém se chateia com o estacionamento selvagem em cima dos dois passeios, porque eles também fazem o mesmo! Desde o estacionar em cima dos passeios, ocupando-os na totalidade da área útil, nas paragens dos transportes públicos, na passadeira existente, em frente às portas dos prédios, tudo é permitido pela polícia que passa aqui várias vezes ao dia e assobia para o ar! E as pessoas têm de circular pela estrada, já de si estreita, com risco da própria vida. Mas eles querem lá saber dessa "anomalia"...!!! E aqueles Smarts da Carris da "fiscalização BUS" é uma autêntica treta porque quando passa pelas paragens e estas estão encharcadas de latas, não tomam qualquer tipo de atitude! Para que servem? Para andarem a gastar gasolina e pagar um gratificado ao agente da PSP que lá vai dentro? Só se for isso... porque de resto não vejo qualquer utilidade nessas passeatas.

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  8. FG, tem toda a razão: infelizmente aquelas ideias não passam de sonhos que se foram esboroando ao longo dos anos, e hoje chegamos à conclusão de que isto só se endireitava com outro 25 de Abril, mas desta vez não poderia ser feito com cravos! O mal daquela revolução foi esse: fomos demasiado brandos!

    O que contei sobre a rua da minha mãe, passa-se em Portimão: a rua é de sentido único e tem 2 passeios que estão permanentemente ocupados de uma ponta à outra, com os carros dos próprios moradores. Um deles, negociante de roupas, tem uma carrinha enorme que por sistema estaciona à porta da minha mãe, tapando-lhe completamente a luz e a visibilidade da janela. A minha mãe já me tem dito que às vezes tem de sair de casa e ir de lado até ao fim de carrinha porque o espaço que o "senhor" deixa livre entre a carrinha e a parede, não dá para uma pessoa circular normalmente.
    Chamar a polícia está fora de questão porque o bairro fica na periferia da cidade e os senhores da polícia acham que a deslocação é uma perda de tempo. Aliás, ali ninguém se atreveria a fazê-lo pois teria que enfrentar a raiva e os insultos da vizinhança.
    Há tempos, fui lá e estacionei correctamente à beira do passeio (na faixa de rodagem). Como há carros estacionados num lado e no outro, é evidente que a faixa de rodagem ficou reduzida ao lado do meu carro. Passados poucos minutos, alguém veio bater à porta da minha mãe dizendo que eu tinha que tirar o carro dali porque havia uma camioneta que queria passar e não podia.
    Por aqui pode ver ao ponto a que isto chegou: ninguém foi incomodar os carros que estavam mal estacionados sobre o passeio, mas queriam que eu tirasse dali, o único carro que estava bem estacionado. Foi uma discussão do caraças e só tiraram dois dos carros que estavam sobre o passeio oposto, depois de eu ameaçar chamar a polícia (que certamente não viria).

    Quanto à falta de fiscalização ou de eficácia dos agentes (sejam eles da EMEL, PSP, GNR ou seja lá quem for) é fácil percebermos porque razão não actuam: é que isto chegou a um estado tal, que toda a gente já ceita como "normal" o estacionamento sobre os passeios, e como esse estacionamento é feito por todos, incluindo gente "graúda" (doutores, engenheiros, políticos, chefias (de autarquias, gabinetes ministeriais, empresas públicas, etc.) administradores de tudo e mais alguma coisa, tios, primos e amigalhaços dos ficais, é fácil percebermos que estes não querem arranjar chatices com quem os mantém no cargo ou com quem possa fazer-lhes a vida negra se eles tiverem a coragem e a "ousadia" de cumprirem a sua função e multarem os "senhores doutores". É isso!!!

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  9. regressei ha pouco de uma estadia de 15 dias em Portugal, no Algarve? Ha quatro anos que la nao ia ; sou filho de emigrante, nascido e criado em França.

    Fiquei com a impressao seguinte : qualquer que seja a localidade, da maior à mais pequena, a naturalidade com que as pessoas sobem os passeios para deixarem um carro em cima do passeio lembra-me a naturalidade com que de manha ponho a manteiga na minha torrada. Està vincado nas pessoas. Estou muito pessimista acerca dos portugueses e, perdoem-me, mas sou feliz por nao viver neste pais

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  10. Se queres continuar feliz, não venhas passar cá férias ;) Isto aqui não interessa a ninguém e os turistas só são enganados uma vez.

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  11. Então e que tal um autocolantezinho no carro?

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