Passividade da Câmara e Polícia

Um carta já recebida há uns meses:

Bom dia,

No Domingo (30 de Maio) levei o meu filho ao Museu da Electricidade, mais especificamente ao evento do Dia Mundial da Criança. Fomos de comboio, pois para além de ele gostar muito mais do que carro, é muito mais cómodo e rápido. Mas mal chegámos à estação de Belém os problemas começaram. Não existem acessibilidades para carrinhos de bebé ou para pessoas com deficiência motora. O meu filho felizmente já não necessita, mas assisti a muitos pais desesperados para descerem ou subirem os carrinhos nas escadarias de acesso.

Quando chegamos ao fim das escadas, não conseguimos literalmente andar. Tudo à volta estava inundado de carros indevidamente estacionados, inclusive na ciclovia. Tivemos que nos deslocar entre os que lá estavam e muitos deles em andamento. Quando o meu filho me perguntou porque estava tanto carro alí eu respondi a verdade: nem todos são civilizados como nós e os polícias não querem trabalhar.


A minha observação não era desprovida de razão, pois não se via um único em toda a zona e mesmo se lá estivessem, duvido que tivessem feito algo, como é hábito no que toca ao estacionamento.


Os turistas por quem nós passámos estavam perplexos com o que presenciavam, concerteza habituados a meios mais civilizados.

É inadmissível que numa zona tão turística da cidade se presencie este tipo de atitude bárbara, ainda para mais sob o olhar cúmplice da autoridade. É impossível fotografar o que quer que seja sem que apareçam vários carros na foto, em contraste com as belas imagens da cidade sem praticamente carros que se vêem nos videos da TAP.


Das duas uma, ou a polícia faz realmente aquilo para que é paga ou encham os passeios de pilateres (devidamente colocados) e acabem com esta vergonha perante o turismo e desrespeito pelo peão. Existiam alternativas sim, eu fui numa, e muito sinceramente estou desgastado com esta cumplicidade e passividade da Câmara e Polícia com este tipo de atitude.

Cumprimentos,
CAV






5 comentários:

  1. Carta recebida há uns meses e igualmente publicada há uns meses.

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  2. É, de facto, uma vergonha este sentimento de impunidade que os condutores sentem face às mais elementares regras de convivência da sociedade. Dá vontade de andar de chave na mão a fazer arte rupestre nos carros, pois só assim os infractores se vêem atingidos. Se eles podem prejudicar-nos a nós, peões ao impedir-nos a livre passagem em segurança no passeio e à sociedade em geral ao destruirem esse mesmo passeio, porque não podemos nós pagar-lhes na mesma moeda, danificando aquilo que lhes é mais precioso? Se não entendem a bem, talvez entenderão a mal.

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  3. Escusado será dizer que a situação não melhorou, bem pelo contrário. Pilaretes que protegiam a entrada de alguns trechos da ciclovia na última imagem foram arrancados para os senhores automobilistas poderem lá circular/estacionar e a resposta da Câmara foi alcatroar o buraco deixado.

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  4. Aquilo foi tudo uma manobra do Costinha para mandar areia para Bruxelas e o povo que se lixe!

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  5. Estou completamente de acordo com o anónimo (qual deles?). Não é preciso nenhum instrumento especial nem caro: basta uma simples chave (do carro ou de casa) e é só deixar um risco bem fundo de uma ponta à outra do carrito. Não dá trabalho, é discreto e resulta!

    Será vandalismo? É, sim senhor! E depois?
    Não é vandalismo, o total desprezo que os condutores nutrem pelos peões ao meterem as suas latas sobre o espaço destinado a quem necessita de se deslocar a pé nos passeios? Claro que é! Então paguemos-lhes na mesma moeda!
    Pode ser que assim entendam que, a estrada é para os carros e os passeios para os peões!

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