Chiqueiro Universitário

Já que estamos a falar de establecimentos de ensino universitário, recebemos o seguinte mail de uma cidadã de Lisboa:

"A única Universidade no centro de Lisboa" é o que se pode ler num gigantesco catrapázio que a Universidade Autónoma pespegou na empena do prédio vizinho.

Deveria acrescentar que "promove a utilização de transportes públicos (que no centro são mais que muitos)" ou "lecciona uma cadeira de desrespeito pelos outros".

Entre Setembro e Julho o cenário é dantesco: carros nos passeios, passadeiras, passeios/passadeiras, segunda fila, cargas e descargas, lugares reservados ao Hospital de Santa Marta, motas e motinhas nascem nos passeios como cogumelos. Há pelo menos um ano que venho observando e fotografando um carro que, todos os dias, estaciona em cima do passeio e em frente à passadeira na esquina da Alexandre Herculano com a Rua de Santa Marta. Todos os dias o vejo mas parece-me que a Polícia não.

Há uns dias, estando o seu lugar cativo ocupado por outro carro, estacionou em cima do passeio da Conde de Redondo e em frente à porta de uma garagem. Foi rebocado (aleluia!) mas entristeceu-me perceber que tal só aconteceu porque bloqueava a entrada da garagem e não por estar no passeio. (junto foto).

Bonita a intenção de quem colocou uns pilaretes de reserva de lugares de motas. É bonito e parece civilizado mas, tendo em conta o número das ditas, o cenário é o que se vê. E o passeio é largo, fará se não fosse. A ACAPO fica 200 metros mais acima e não gabo a sorte dos seus associados.

Tenho telefonado às polícias e dizem-me que sim, que mandam um carro (se houver) e reboques não dá porque a PM dispõe de um e a PSP de outro. Dois reboques dois para toda a cidade???? Será verdade???

Percebo quem não queira viver no centro de Lisboa: os vizinhos são escritórios, as lojas são bancos ou snack bares e são sete cães a um osso em matéria de estacionamento. As casas são caras e por vezes sinto que faço parte de um postal ilustrado quando encerram a Avenida da Liberdade para provas de automobilismo ou festas de televisões privadas. Claro que os moradores não são avisados destes encerramentos e a travessia da avenida torna-se uma tarefa equiparada ao dobrar do cabo das Tormentas.

Acho que em breve poderei ostentar, na minha varanda, "a única família no centro de Lisboa".

I






5 comentários:

  1. O cenário é dantesco. Por favor, faça como eu, massacre a Câmara e PM com emails e telefone. Se for preciso todos os dias.

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  2. Falando em massacres à câmara de Lisboa, recebi hoje uma resposta a um email que enviei no Verão a queixar-me que o autocarro da autarquia estava a fazer paragem abusiva para a colonia de férias (parto do principio que a razão fosse essa pois durou uns 15 dias e viam-se muitos jovens) em cima da passadeira e ciclovia junto à rotunda de entrecampos. O documento de resposta datado de Dezembro diz que a situação não foi verificada... Ou seja em Dezembro alguem foi à janela do gabinete, olhou para a rotunda de entrecampos e não viu a paragem para a "colónia de Verão".
    No próximo Verão não envio um email para a CML, mas sim para a TVI ou 24Horas.

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  3. http://www.universidade-autonoma.pt/
    800 291 291 (número verde)

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  4. Caro anónimo das 21:32, tv's e jornais não ligam a notícias que potencialmente "prejudiquem" os popós. Não vale a pena o seu esforço. Se enviar uma notícia para eles dizendo que foram fechadas duas faixas para proveito dos peões, aí eles vão todos artilhados fazer a reportagem, para perguntar aos automobilista o que acham do que foi feito.
    Tá tudo podre caro amigo

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  5. E porque não perguntar ao automobilista? Só os peões é que têm direitos? Os automobilistas também pagam impostos...

    Apoiantes do vosso movimento dizem que já conduzem há 35 anos e nunca estacionaram em cima do passeio. Quem é que acredita??


    O massacre (estúpido) a que estamos sujeitos devido ao vosso fanatismo pelos autocolantes, deveria ser canalizado para:

    1º- a policia, por não fazer cumprir a lei aos que estacionam em cima dos passeios;

    2º- à CML por não haver transportes públicos em condições que permitam que as pessoas se libertem mais dos automóveis;

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