O carrinho e o carrão

2 Set 09
.
16 Set 09
.
OS PEQUENOS partidos (e movimentos) têm-se queixado, porventura com alguma razão, que não lhes dão a devida atenção na Comunicação Social. Estes dois (mms e MEP) talvez procurem, em compensação, espaço nos blogues que lutam por passeios livres. Se é isso, não há dúvida que estão no bom caminho!

57 comentários:

  1. Sim senhor, que belos exemplos!

    ResponderEliminar
  2. Os políticos, de uma forma geral, não têm a mínima noção de quanto estas coisas os descredibilizam.

    ResponderEliminar
  3. Acho que não lhes passa pela cabeça...

    ResponderEliminar
  4. Se calhar, MEP quer dizer:

    Movimento Estaciona no Passeio

    ResponderEliminar
  5. "Movimento Estaciona no Passeio" também está muito bom...

    ResponderEliminar
  6. Já fui ao site do MEP - Movimento Estaciona no Passeio e aproveitei o formulário de perguntas para reclamar desta vergonha. Façam o mesmo.

    ResponderEliminar
  7. Esquecia-me do mms. Também já lhes enviei uma mensagem a reclamar.

    "Mudar Portugal"? Se é assim que pretendem "mudar Portugal", começam muito mal...

    ResponderEliminar
  8. Eis a resposta recebida do MEP:

    "Boa tarde,

    Antes de mais, muito obrigado pelo seu contacto e pela oportunidade que nos dá para a esclarecer.

    Com o devido respeito pela sua opinião, gostaria de lhe dizer que o Movimento Esperança Portugal não "estaciona” o autocarro em cima do passeio. O Movimento Esperança Portugal está em campanha eleitoral, período em que, a bem da democracia, os partidos se manifestam para divulgar a mensagem política que levarão a votos. É isso que andamos a fazer convencidos de que a forma como o estamos a fazer é a melhor para dar a conhecer o nosso partido e as nossas ideias e, desta forma, prestar o melhor serviço ao país que nos é pedido pela democracia neste momento.

    Pergunto se um comício realizado num passeio público do centro de Lisboa também será considerado um péssimo exemplo? Ou será antes um serviço à democracia? Pois bem, considere o nosso autocarro um palco com rodas. É isso mesmo que andamos a fazer e não tem nada a ver com estacionamento.

    O direito de reunião em espaço público é uma das mais elementares regras do funcionamento da democracia, consagrado pelo Constituição da República e com aqual concordamos por inteiro.

    Concordando inteiramente que poderá ferir a sensibilidade de algumas pessoas, entendo que isso se deve a uma questão de intrepretação da acção. Estamos inteiramente convencidos que o bom exemplo que podemos dar neste momento ao país é termos saído de casa e estarmos disponíveis para contruír a política portuguesa.

    Cordialmente,

    Rui Nunes da Silva
    MEP"

    ResponderEliminar
  9. Hoje à tarde, esse autocarro do MEP estava estacionado novamente em cima do passeio, desta vez no Marquês de Pombal.
    E no Saldanha, nas mesma condições, um autocarro do MMS.

    ResponderEliminar
  10. Alguém que coloque dois ou três 'auto-colantes' nessas viaturas? Era de valor ;)

    ResponderEliminar
  11. Essa carta do MEP (a Esperança é Eterna) é absolutamente demagógica! E depois ainda querem ser lidos, ouvidos e vistos e reclamam que, por pertencerem ao grupo dos "pequeninos", não lhes dão a atenção devida em desabono dos chamados partidos "grandes" (mas não grande coisa...). Será que esta forma de estacionar o "palco" (chamar palco a um autocarro daquele tamanho, ainda por cima coberto, é a primeira vez que leio em toda a minha já longa vida), mas enfim... apenas lamento quem ainda acredite nas aldrabices destes políticos... destes e de todos os outros, claro!

    ResponderEliminar
  12. Meus caros,

    Pelo menos há 15 minutos (quando por lá passei), o Largo Martim Moniz estava ocupado por um movimento religioso, com palco, música e cantorias.

    Escusado será dizer, que estão lá carros em cima do passeio, e com fartura.

    É caso para dizer: «Haja Deus!»

    ResponderEliminar
  13. um carro no passeio é um carro no passeio.
    e uma camioneta no passeio é uma camioneta no passeio.
    que eu saiba, não é a mesma coisa que um palco.
    e não tem nada a ver com a democracia - tem a ver com o Código da Estrada.
    ficava-lhes bem admitir o erro, pedir desculpa e não repetir.
    aquela "chazada" da constituição e da democracia é dispensável, os peões não precisam dela.
    e quero lá saber se os adeptos do MEP "saíram de casa". queria é que saíssem do passeio.

    ResponderEliminar
  14. O interesse dos passeios livres é que as pessoas possam passar. Contudo, por vezes, por circunstâncias devidamente justificadas, os passeios podem ser usados para outros fins (obras, feiras, espectáculos, campanhas eleitorais, etc.).

    Umas vezes esse uso reduz o passeio disponível, outras vezes elimina mesmo a possibilidade de usar o passeio.

    No caso do autocarro do MEP, trata-se de uma forma de divulgar publicamente uma mensagem política que justifica uma utilização temporária (sim, de uma hora ou duas em geral, e mudando diariamente de local, apenas durante a campanha oficial). Como se pode ver pela foto o autocarro não ocupa todo o passeio e, para quem estiver habituado a andar a pé na zona do Saldanha, saberá que se trata de uma placa central pouco usada no sentido N-S.

    Vendo a foto com atenção poderão também reparar que o autocarro não está abandonado mas que está acompanhado de alto-falantes usados para difundir a mensagem política.

    Globalmente parece-me que reduzir a discussão a saber se está ou não um autocarro em cima do passeio é tão adequado como dizer que não se deviam fazer obras do Metro em Lisboa porque ocupam o passeio durante mais de uma hora.

    Curiosamente logo à esquerda do autocarro do MEP podem ver-se os tapumes das obras de extensão do Metro que obstruiram gravemente os passeios da Av. da República durante muitos meses.

    ResponderEliminar
  15. ~Só não percebo porque é que alguém julga ter o direito de destruir propriendade que é de todos. As calçadas ou passeios até podem levar palcos, cartazes, mesas de petiscos, o que quiseres. Agora um autocarro de varias toneladas a danificar o que eu pago, alegando motivos de publicidade merecia mas era uma boa estalada!

    ResponderEliminar
  16. Caro anónimo

    Distribuir estaladas não é maneira de se provar que se tem razão.

    A propriedade não é destruída; ou encontrou no passeio as marcas das rodas do autocarro?

    A propaganda política em democracia costuma ser considerada de importância fundamental e muito mais importante do que a publicidade comercial.

    Em contrapartida há muitos regimes que se poupam a estes aborrecimentos das campanhas eleitorais, tal como acontecia em Portugal antes de 1974.

    Acredite contudo que nesses casos se destrói muito mais propriedade que é de todos, ao mesmo tempo que distribuem abundantes estaladas.

    ResponderEliminar
  17. Não são as marcas dos pneus, caro Carlos. São as toneladas de peso do autocarro que abaulam a calçada.
    Não é o facto de o passeio ser ou não "pouco usado". É o mau exemplo que se dá, numa cidade que tem um grave problema de ocupação dos passeios dos veículos. Um mau exemplo... por quem devia dar o exemplo...

    ResponderEliminar
  18. Caro anónimo

    Não me consta que qualquer passeio tenha ficado danificado com o autocarro do MEP.

    Quanto ao "exemplo" parece-me que está a confundir o que não é confundível: uma acção de propaganda política não é um estacionamento negligente.

    ResponderEliminar
  19. Infelizmente, o direitos de comunicação política continuam a justuficar muita coisa, tal como veículos em cima do passeio, poluiçáo sonora e poluição visual.

    Tive oportunidade de estar na Holanda e Reino Unido em altura de eleições para o parlamento. Não recordo de ver o circo que por cá se faz nestes períodos. E não me parece que fosse por isso que seja por isso que a população seja menos activa no exercício da sua cidadania. Pelo contrário.

    Mas enfim, talvez tenha andado distraído...

    ResponderEliminar
  20. Caro Carlos Albuquerque,

    Desculpe a franqueza, mas, para além de não concordar com nenhum dos argumentos que apresentou, fica-lhe mal não ter começado a sua intervenção apresentando uma declaração de interesses. Como aliás desconfiava, V.ª Ex.ª faz parte do Conselho Nacional do MEP e é cabeça de lista pelo círculo eleitoral da Madeira às próximas eleições legislativas pelo mesmo partido. Assim sendo, julgo que lhe falta o distanciamento necessário para avaliar este caso concreto e a sua opinião está agora devidamente justificada.

    ResponderEliminar
  21. Caro anónimo

    É realmente interessante que em vez de rebater os meus argumentos se limite a dizer que não concorda e passe a tentar desqualificar-me.

    Ora nem eu me apresentei como imparcial (basta clicar no meu nome para ver que sou autor de um blog chamado "MEP-Esperança na Madeira") nem os meus argumentos precisam da minha imparcialidade para serem válidos. Fico a aguardar a sua contra-argmentação.

    Curiosamente quem me pretende desqualificar pela minha filiação política é alguém que de si próprio diz rigorosamente nada, assinando como anónimo.

    ResponderEliminar
  22. Caro Rui Dias

    Em Portugal faz-se circo e poluição por tudo e mais alguma coisa. A comunicação política, apesar de tudo, é um infinitésimo de toda a comunicação comercial. Não me parece que faça sentido limitar a comunicação política enquanto tudo o resto se mantém.

    ResponderEliminar
  23. Caro Carlos Albuquerque:

    O Código da Estrada não prevê, que eu saiba, qualquer excepção que contemple o estacionamento de autocarros nos passeios por parte de forças políticas em campanha eleitoral. Portanto, a menos que tenha obtido alguma autorização especial para estacionar o autocarro neste local, o MEP terá violado a Lei.

    Dos argumentos já expostos por outros participantes, o mais importante é o mau exemplo. Numa cidade e num país onde tanto se abusa do espaço público e em particular, se estaciona quotidianamente nos passeios, com todos os inconvenientes e perigo para os peões que isso causa, seria de esperar, de um movimento que se reclama de "esperança", outro tipo de atitude.

    ResponderEliminar
  24. Caro PG

    Tanto quanto sei as presenças do autocarro MEP são previamente comunicadas aos governos civis. Não me parece que tenha havido qualquer violação da lei; suspeito que o Código da Estrada não é a única nem a mais importante das normas aplicáveis nestes casos.

    Da foto fica óbvio que não há inconvenientes significativos nem qualquer perigo para os peões. A própria Constituição prevê o uso do espaço público para reuniões e manifestações (art.º 45).

    ResponderEliminar
  25. Caro PG,

    Por mais argumentos que apresente, o Sr. Carlos Albuquerque nunca admitirá que o seu partido agiu mal. A "partidarite" que o afecta fá-lo arranjar os mais estapafúrdios argumentos para desculpar os seus colegas de partido.
    Uma coisa é certa: com estas atitudes, o meu voto não terão.

    ResponderEliminar
  26. Caro candidato do M.E.P.,

    Não duvido que o M.E.P. tenha pedido autorização para pôr este enorme autocarro em cima de calçada portuguesa em vários locais de Lisboa. Se o autorizaram, discordo. E tenho o direito de discordar e de manifestar a minha discordância - a Constituição, que tanto invoca, também nos dá esse direito.

    A questão, para mim, não é de autorização, mas de exemplo. De mau exemplo. Não estou a falar de regras, mas de princípios.
    Outro exemplo: as viaturas oficiais do Estado até podem estar autorizadas a circular a 200 km/hora pelo país fora - mas acho que se dá um péssimo exemplo, num país com uma elevada taxa de sinistralidade rodoviária.

    É isto que lhe temos vindo a tentar explicar. Não pômos em causa a vossa liberdade de expressão, de reunião e de manifestação. O que lamentamos é que dêem um péssimo exemplo, numa cidade em que já são poucos os espaços nas ruas que os peões podem usufruir, precisamente por causa da ocupação da calçada por veículos, todos os dias, a todas as horas.
    O outro exemplo que é mostrado nesta mensagem (um veículo do M.M.S.) é outro mau exemplo. Um exemplo dado por quem já deve achar normalíssimo pôr o carro em cima do passeio: é o resultado da total banalização, em Portugal, do estacionamento em cima dos passeios.

    Quem se candidata a um acto eleitoral devia ter especial cuidado com estas situações: não é só das vossas palavras que apreendemos as vossas ideias - é também (e sobretudo) dos vossos actos...

    Já percebemos que não concorda com o nosso ponto de vista. Temos pena, mas acho que não vamos conseguir fazê-lo perceber. Talvez se der uma olhadela ao que já foi dito e publicado neste blogue consiga perceber melhor. Por isso, vou-me abster de explicar aqui as dificuldades que os inválidos, os invisuais, os idosos, as pessoas com compras ou carrinhos de bebés, etc., sentem todos os dias quando tentam circular nos passeios da cidade.

    Só para terminar: quanto aos danos que um autocarro causa no passeio, não é uma questão de opinião. O passeio de calçada portuguesa não é feito para suportar o peso de veículos em cima. Hoje está mais do que demonstrado que o estacionamento de um simples automóvel é suficiente para causar danos no passeio (esteja mais atento: esses danos são visíveis por toda a cidade!). Agora imagine-se um autocarro...

    ResponderEliminar
  27. Cara Joana

    Tenho lido todos os comentários. Não faz sequer sentido que diga "o nosso ponto de vista" porque cada comentador vai rodando os argumentos (ou a falta deles) apenas a ver qual deles encaixa. Infelizmente os argumentos usados para criticar a situação da foto são, na melhor das hipóteses, frágeis. Vejamos

    Legalidade: sugere-se que a situação seria ilegal o que não é verdade.

    Obstrução e incómodo: o passeio não está obstruído e é tão pouco usado que o incómodo é praticamente inexistente.

    Exemplo: só confundindo uma acção de propaganda com estacionamento negligente é que este argumento serviria. Dizer que fazer esta acção no passeio é um mau exemplo de estacionamento é como dizer que interromper o trânsito para uma prova de ciclismo é um mau exemplo de obstrução da via pública.

    Danos no passeio: como a Joana diz: "imagine-se". Ora a praça do Saldanha está lá e basta ir ao local para ver se ficou ou não danificado. É que a base por baixo dos passioe não é a mesma em todos os passeios e nestas grandes praças muitas vezes a base é bastante resistente. Se se provar que houve danos reconhecerei que se tratou de uma má ideia.

    Finalmente faz-me impressão o ar de superioridade moral que os comentadores por vezes querem assumir. Vivo em Lisboa há décadas e há décadas que me desloco muitas vezes a pé. Conheço muito bem as dificuldades, não preciso de imaginá-las. Sei bem o que é fazer trajectos com um carrinho de bébé na zona do saldanha.

    E até lhe direi que uma das maiores dificuldades são as obras que ou não reservam espaço para a passagem de peões ou quando o fazem garantem apenas estreitos corredores com degraus. Outro problema grave é o mobiliário urbano, sobretudo paragens de autocarros, porque não deixa um mínimo de espaço à frente ou atrás. O problema dos automóveis também é muito significativo, sobetudo quando não há forma de passar de forma natural.

    Para quem sabe bem o que são as dificuldades naquela zona da cidade ver tanta agressividade por causa de uma situação perfeitamente inócua, que durou uma ou duas horas, parece-me bastante desajustado dos problemas reais.

    ResponderEliminar
  28. Veja se percebe: não estamos a confundir "acção de propaganda" com "estacionamento negligente". Se um passeio está ocupado por um carro, por um autocarro ou por um avião, tanto me faz que o dono esteja a fazer publicidade (como se vê em muitos sítios), ou propaganda eleitoral (como são estes dois casos, mas tem havido mais), ou a beber uma bica no café ao lado!!!
    A Joana deu-lhe um exemplo, eu dou-lhe outro: os veículos de campanha eleitoral que andam por aí a fazer todo o tipo de condução selvagem, incluindo a condução a alta velocidade. Na sua óptica, eu estaria a confundir "condução negligente" com "acção de propaganda"...
    E dizer que o autocarro esteve estacionado uma ou duas horas, como se tivesse sido uma coisa excepcional, ocorrida uma só vez, acho que nem merecia resposta. Ou não é verdade que o autocarro tem continuado a ser utilizado e sempre em cima dos passeios?? Que é outra coisa que não percebo: por que raio têm de pôr aquele monstro em cima dos passeios? Não o podem estacionar "normalmente"?!

    ResponderEliminar
  29. Meu caro Carlos Albuquerque,

    Se o meu banco me cobrar todos os meses mais 10 cêntimos do que devia cobrar, na prestação da casa, o incómodo que me causa é mínimo. Mas não deixo de reclamar, porque para mim é uma questão de princípio (não gosto de ser roubado) e para o banco um negócio da China: se cobrarem 10 cêntimos a mais, todos os meses, a todos os clientes e ninguém reclamar, imagine o dinheiro que metem ao bolso...
    Quando vem falar do pouco incómodo causado pelo autocarro, continua a não perceber que isto é uma questão de princípio...

    ResponderEliminar
  30. Madalena

    Se em vez do autocarro estivesse lá um palco faria diferença? Porquê?

    ResponderEliminar
  31. Anónimo

    Admito que seja para si uma questão de princípio. Importa-se de explicitar o princípio a que se refere.

    ResponderEliminar
  32. Não respondeu a nada do que eu disse e quer que eu responda à sua pergunta?

    ResponderEliminar
  33. Madalena

    "Não respondeu a nada do que eu disse e quer que eu responda à sua pergunta?"

    Como parece que não tenho estado a entender os seus argumentos, coloqueilhe uma questão para perceber melhor. Mas se precisa das minhas respostas às suas questões, aqui vão elas.

    "Ou não é verdade que o autocarro tem continuado a ser utilizado e sempre em cima dos passeios??"

    É verdade que continua a ser utilizado. Não é verdade que é sempre em cima dos passeios.

    "Que é outra coisa que não percebo: por que raio têm de pôr aquele monstro em cima dos passeios? Não o podem estacionar "normalmente"?!"

    O autocarro funciona como um palco ou outdoor móvel e por isso é colocado em lugares de grande visibilidade. Se for possível fazê-lo numa zona de estacionamento, óptimo. Caso contrário procura-se um local com visibilidade minimizando o incómodo, mas não minimizando o impacto visual, obviamente.

    Espero ter esclarecido o que pretendia e que possa agora responder à minha questão.

    ResponderEliminar
  34. Estranho a resposta do MEP. Escudam-se na campanha eleitoral para desrespeitar a lei... Chegaram para tentar transformar o País na República dos Idiotas... Só pode! Acaso esse "senhor" sabe os danos que um veículo com aquele peso provoca no passeio que não foi projectado para pesos daquelas "bisarmas"? Será uma tentativa de dar emprego aos calceteiros da CML? Acaso ele saberá que para reparar os danos provocados, é utilizado dinheiro de nós todos contribuintes? Ou seja, já pagamos a campanha deles, pagamos com os erros deles, e ainda pagamos os danos provocados por eles... E viva os desgraçados dos contribuintes...

    ResponderEliminar
  35. Sr.Carlos Albuquerque... lamento informá-lo, mas dizer: "...Legalidade: sugere-se que a situação seria ilegal o que não é verdade."... como acima escreveu, está muito longe da verdade. O artigo 49 do Código da Estrada é clarinho como a água, e não abre excepções para carros em campanha eleitoral. Deixemo-nos de falácias por favor... Defender o indefensável é no mínimo triste.

    ResponderEliminar
  36. Caro Parakportugal

    Já confirmou que houve danos na calçada do Saldanha? Como já disse acima, se houve reconheço que o estacionamento do autocarro não terá sido boa ideia. Se não houve está pura e simplesmente a falar do que não aconteceu.

    Quanto à legalidade, será que o Código da Estrada é a única lei deste país e a única aplicável na situação em apreço? É curioso que sendo estas acções participadas previamente ao governo civil não haja um imediato esclarecimento de que se trataria de algo ilegal.

    Triste é a dificuldade em responder calmamente aos argumentos de que discordamos.

    ResponderEliminar
  37. Caro Carlos Albuquerque:

    Não faz sentido decidir se é boa ideia ou não estacionar um autocarro no passeio avaliando os estragos no passeio depois de o ter feito. A simples possibilidade de isso acontecer deveria ser suficiente (entre muitos outros motivos) para desistir da ideia.

    Quanto à legalidade, gostaria que indicasse qual é a legislação aplicável a esta situação que contradiz e se sobrepõe ao Código da Estrada. Note que, sendo o Código uma lei da República, seria necessário que diploma hierarquicamente superior (ou eventualmente igual) contivesse uma disposição que estabelecesse claramente uma excepção. A Constituição e a Lei Eleitoral da Assembleia da República não contêm tais disposições.

    Quanto ao Governo Civil, sugiro que cite algum documento emitido pelo mesmo que autorize o MEP a estacionar um autocarro no passeio. Na falta de uma autorização explícita, vale o Código da Estrada.
    O argumento do "palco" é irrelevante. Existe certamente legislação que regula a instalação de palcos. Aqui, estamos a falar de um autocarro.

    "Exemplo: só confundindo uma acção de propaganda com estacionamento negligente é que este argumento serviria. Dizer que fazer esta acção no passeio é um mau exemplo de estacionamento é como dizer que interromper o trânsito para uma prova de ciclismo é um mau exemplo de obstrução da via pública."
    Há vários pressupostos, quanto a mim falaciosos, na sua argumentação. Qual é a distinção entre uma "acção de propaganda" que envolve o estacionamento de um autocarro no passeio e "estacionamento negligente"? O que significa para si "negligente"? Está a sugerir que as vossas razões para estacionar nos passeios são "melhores" que as dos "cidadãos comuns"? A comparação com provas de ciclismo parece-me absurda. Por favor explique.

    De facto, não respondeu ao 2º parágrafo do meu comentário anterior.

    ResponderEliminar
  38. Caro PG

    "Não faz sentido decidir se é boa ideia ou não estacionar um autocarro no passeio avaliando os estragos no passeio depois de o ter feito. A simples possibilidade de isso acontecer deveria ser suficiente (entre muitos outros motivos) para desistir da ideia."

    Não estive no local. Em muitos destes locais o passeio é suficientemente resistente para suportar um autocarro. Admito que antes de o autocarro lá ser colocado isso tenha sido verificado. Se o autocarro lá esteve e não houve danos parece que os seus receios são infundados.


    Quanto à legalidade a mera referência ao CE não me parece esgotar o assunto. É proibido parar numa ponte mas se houver uma fila e eu ficar parado estou a infringir o CE? Se o Governo Civil me autorizar a estacionar em cima do passeio posso fazê-lo mas se não autorizar não posso? Pode o governo civil escolher discricionariamente a quem dá a autorização? Se sim, então pode o governo civil suspender o CE? O que é que eu posso colocar em cima de um passeio? Uma barraca pode ser porque não viola o CE? E uma roulote com farturas?


    "Está a sugerir que as vossas razões para estacionar nos passeios são "melhores" que as dos "cidadãos comuns"? A comparação com provas de ciclismo parece-me absurda."

    Porque é que uma prova de ciclismo pode interromper o trânsito, em violação do CE? Porque se considera que naquelas circunstâncias a prova desportiva é mais importante do que a liberdade de circulação e todas as regras do CE. De igual modo, quando se trata de campanha eleitoral o que está em jogo é mais importante do que uma prova desportiva ou do que uma acção de publicidade comercial.

    O que me faz confusão é ninguém por aqui admitir a menor "violação" do CE por duas horas sem prejudicar ninguém mas parecer indiferente a tudo o resto. Em Carnide, por exemplo, o CE é violado durante todo o mês de Setembro, todos os anos na feira da Luz, com roulotes e carrinhas dos vendedores em cima do passeio, e até corte de uma via. Quem é que tem o poder de suspender o CE neste caso? É ilegal a feira da Luz? Se eu for a tribunal para a retirar de lá tenho alguma hipótese de o fazer invocando o CE?

    Parece que por vezes se usa o critério de um vereador da CML que se escandalizava com os cartazes de propaganda política à volta da praça do Marquês do Pombal mas já achava normal colocar publicidade paga no próprio monumento.

    "Dos argumentos já expostos por outros participantes, o mais importante é o mau exemplo. Numa cidade e num país onde tanto se abusa do espaço público e em particular, se estaciona quotidianamente nos passeios, com todos os inconvenientes e perigo para os peões que isso causa, seria de esperar, de um movimento que se reclama de "esperança", outro tipo de atitude."

    A questão do exemplo só se coloca para quem, ao olhar para uma acção de campanha, só vê um autocarro e não vê nenhuma outra circunstância. Nesse aspecto estou convencido que a maioria dos portugueses distingue perfeitamente as circunstâncias e não considera que as acções de campanha sejam precedentes para estacionarem os seus próprios veículos no meio do Saldanha.

    ResponderEliminar
  39. Caro Carlos Albuquerque:

    Está a justificar uma acção abusiva e ilegal com outras e a tentar desviar-nos a atenção, com a Feira da Luz. Percebo a sua estratégia, digna de um dirigente de um partido "convencional", mas não tenho disponibilidade nem tempo para continuar a rebater este tipo de "argumentos". Se não percebe, não quer perceber ou finge que não percebe, paciência. Este é o meu último comentário sobre este assunto.

    Talvez o MEP tenha ganho muitos votos com o autocarro estacionado no Saldanha e noutros passeios. Neste Passeio Livre, perdeu (ou deixou de ganhar) certamente alguns.

    ResponderEliminar
  40. PG

    Fiquei a saber que considera que a Feira da Luz é abusiva e ilegal. Como serão abusivos e ilegais muitos dos acontecimentos públicos neste
    país.

    Quanto ao MEP, nem eu aqui estou a falar em nome do partido, nem a pertença a um partido me obriga a aceitar qualquer argumento, como se eu fosse um vendedor para quem o cliente tem sempre razão.

    De qualquer modo agradeço o seu tempo e certamente vou questionar os nossos juristas sobre a legalidade do estacionamento no Saldanha.

    Boa noite.

    ResponderEliminar
  41. Caro Carlos,

    Não chegou a responder-me a tudo. Volto a insistir:

    «A Joana deu-lhe um exemplo, eu dou-lhe outro: os veículos de campanha eleitoral que andam por aí a fazer todo o tipo de condução selvagem, incluindo a condução a alta velocidade. Na sua óptica, eu estaria a confundir "condução negligente" com "acção de propaganda"...»

    Caro Carlos,

    Não chegou a responder-me a tudo. Volto a insistir:

    «A Joana deu-lhe um exemplo, eu dou-lhe outro: os veículos de campanha eleitoral que andam por aí a fazer todo o tipo de condução selvagem, incluindo a condução a alta velocidade. Na sua óptica, eu estaria a confundir "condução negligente" com "acção de propaganda"...»

    Já agora, a propósito da questão da legalidade/ilegalidade do estacionamento (para mim não é a questão essencial), eu acredito que o Governo Civil tenha autorizado. Mas, sabe, é suposto o Governo Civil não poder violar a lei, mas neste país nunca se sabe... Todos conhecemos casos de infracção à lei por parte das nossas autoridades...

    ResponderEliminar
  42. Madalena

    Condução selvagem ou a alta velocidade não só causa um incómodo grave como objectivamente coloca em risco sério a integridade física de toda a gente próxima. Isso seria sempre uma conduta inadequada, a menos que houvesse uma urgência, que nunca é o caso em campanha eleitoral mas que é praticada por ambulâncias, viaturas da polícia, etc., pois aí há razões para não respeitar as regras habituais da condução.

    A diferença no caso da foto é que se abstrairmos o facto de se tratar de um veículo, o que temos é uma estrutura imóvel que ocupa parcialmente o passeio. Ora o tipo de incómodo causado aos peões é análogo ao que seria causado por qualquer estrutura imóvel da mesma dimensão, fosse ela um palco, uma barraca de vendas ou outra coisa qualquer. E, como já disse, não só o passeio ainda tem uma passagem larga livre como se trata de uma zona muito pouco usada para a circulação de peões.

    ResponderEliminar
  43. «A Joana deu-lhe um exemplo, eu dou-lhe outro: os veículos de campanha eleitoral que andam por aí a fazer todo o tipo de condução selvagem, incluindo a condução a alta velocidade. Na sua óptica, eu estaria a confundir "condução negligente" com "acção de propaganda"...»

    Isto para não falar nas buzinadelas contínuas que estes senhores costumam fazer durante a campanha, dentro das cidades, contribuindo para um aumento da poluição sonora. O que, de resto, também é proíbido pelo Código da Estrada.
    E ainda tenho que ler aqui desculpas esfarrapadas de quem devia dar o exemplo. Haja pachorra!

    ResponderEliminar
  44. Caro Carlos,
    Acha que não há comparação entre os exemplos. Eu não sou dessa opinião. Utilizando a sua lógica de argumentação, em ambos os casos não se trata de desrespeitar o Código da Estrada, mas sim "acção de propaganda", ao abrigo da Constituição.
    Não estamos de acordo, paciência. Eu sou daquelas que acha que os que nos governam e os que nos querem governar devem ser os primeiros a dar o exemplo.
    O Carlos acha que não foi dado um mau exemplo, eu acho que foi. São pontos de vista.
    Pela minha parte, até à próxima e obrigada por ter discutido aqui este assunto.

    ResponderEliminar
  45. Boa tarde. É a primeira vez que visito este blogue. Dei uma olhadela e gostei. Parabéns, faziam falta.
    Depois de ver estas duas imagens e de ler estes comentários todos, fico pasmado como é que é possível defender o autocarro em cima do passeio!

    ResponderEliminar
  46. Por mim, "a coisa" ainda não acabou, pois tenho fotos novas que espero que sejam afixadas...

    ResponderEliminar
  47. Aproveito para esclarecer que a mensagem que no dia 18 enviei ao MMS (a propósito deste carro em cima do passeio) não teve resposta.

    ResponderEliminar
  48. Eu acho uma piada é este senhor dizer que não fez estragos...será que ele acha que isso funciona mesmo assim, mete-se o autocarro e se aquilo não rebentar logo tudo então não faz estragos?!
    Já ouviu falar de dimensionamento de uma estrutura?! É uma coisa que se faz, por exemplo, num passeio, definem-se as cargas que é expectável que a estrutura sofra, o que num caso de um passeio serão pessoas, e usam-se os materiais e métodos de construção adequados para isso. Por isso não nos venha dizer que o autocarro não fez estragos nenhuns, porque simplesmente não o pode afirmar a não ser que tenham sido feito testes in situ.
    E já agora só uma adenda: sabes um dos motivos porque é proibido estacionar em cima dos passeios?! Para além de serem de utilização dos peões existe um motivo técnico: as condutas de gás, electricidade, água, etc. (esgotos não que esses costumam ir pela via), que simplesmente não estão dimensionadas e construídas para aguentar esses tipos de esforços... se daqui a uns anos rebentar uma conduta no sítio onde esteve o autocarro pode ter a certeza que as suas toneladas contribuíram para isso, tal como todos os carros estacionados em cima dos passeios contribuem para a degradação quer do piso quer do que está por baixo (e lá porque a degradação não é imediatamente visível não quer dizer que não exista)

    ResponderEliminar
  49. Estamos na época do «DESDE QUE...»:

    Posso estacionar nos passeios DESDE QUE não os estrague.

    Posso fazer o que quiser DESDE QUE esteja em período de campanha eleitoral.

    Posso urinar na rua DESDE QUE ninguém veja.

    Posso 'grafitar' os monumentos nacionais DESDE QUE não cometa erros de ortografia...

    Ed

    ResponderEliminar
  50. Impressionante...se não incomoda nada pq não colocam o autocarro numa das faixas centrais da Av. da Liberdade ou da República?? Seria por apenas 2 horas...AH, mas aí, de certeza que o Gov Civil não iria permitir!!

    Na minha cave entrou água devido ao rebentamento de um tubo pelo abatimento do passeio de calçada portuguesa. Não foi após o estacionamento de um carro, mas sim do estacionamento de vários carros consecutivamente...

    ResponderEliminar
  51. A campanha eleitoral não serve para nada, a não ser gastar dinheiro aos portugueses (arrecadando para o vosso bolso), poluir com cartazes que não servem para nada, e que não são aproveitados, vão directamente para o lixo (daí a poluição), dar beijinhos às peixeiras, que numa outra ocasião não o fariam, andar a comer à borla nos almoços e jantares dos comícios, e tudo isto para quê???? PARA O PAÍS ANDAR NA MESMA M**** DE SEMPRE.
    Tenham juízo e tirem os autocarros dos passeios. Querem divulgar o vosso partido??? Façam-no com cabeça.

    ResponderEliminar
  52. Miguel, é bom saber que este blogue "chegou" ao Porto. Precisamos do país todo contra esta praga!

    O que diz no 2º parágrafo do seu comentário (condutas de gás, água, etc.) é, salvo erro, novidade neste blogue. Embora aqui esteja mais em causa a perspectiva dos peões, acho que todos os argumentos contra o estacionamento nos passeios são importantes, sobretudo se queremos procurar convencer as autoridades a mudar de atitude face a este problema.

    Por isso, sugiro que desenvolva aqui o argumento, para termos mais "armas" na mão.

    Obrigada

    Joana

    ResponderEliminar
  53. Joana, muitos mais argumentos não tenho, apenas o que estudei na faculdade (eu e os meus colegas do blogue somos engenheiros civis).
    Tal como nas pontes é proibido estacionar por razões técnicas (as pontes estão dimensionadas para ter veículos a circular, não para terem lá carros parados todo o tempo), também nos passeios um dos motivos porque é proibido estacionar é porque por baixo deles passam muito tipo de condutas que simplesmente não aguentam com aquele peso todo em cima permanentemente (obviamente que se ao longo da vida do passeio apenas estiver lá estacionado um carro algumas horas por ano não virá mal ao mundo, mas se em todos os dias úteis de setembro a julho estiver lá um carro parado pode ter a certeza que problemas surgirão - como aliás aconteceu ao anónimo das 22:41).
    Todo o tipo de estruturas em engenharia civil, desde condutas de água, até prédios de 100 andares, passando por vias de comunicação, passeios, etc., são dimensionadas de acordo com os tipos de carga que é expectável estarem sujeitas (acrescidas de inúmero factores de majoração de cargas e de segurança), pelo que se instalar a biblioteca nacional num vulgar edifício de escritórios terá problemas de estabilidade de estrutura, tal como se estacionar continuamente veículos em locais destinados a peões os terá.
    Peço desculpa por não ter documentos que comprovem a parte das condutas debaixo dos passeios, mas sinceramente não sei se existem, porventura existirão nas comissões que elaboraram o código da estrada.

    ResponderEliminar
  54. Bom!
    Afinal qual é o sexo dos Anjos?

    ResponderEliminar
  55. Estou a ver que os políticos do MEP, tanto falam em "mudar Portugal" mas na hora da verdade é vê-los ter o discurso do "chico-esperto" bem na tradição portuguesa! Estacionar em cima de um passeio é falta de civismo e ponto final! Não há volta a dar a isto, nem com contra-exemplos (duas coisas más não fazem uma boa), nem com argumentos de chacha para convencer as pessoas que não violaram a lei... será advogado? Violando a lei ou não violando a lei - estacionar num passeio é FALTA DE CIVISMO. O civismo nem sempre corresponde à lei, passa simplesmente por respeitar os outros e a propriedade alheia! O passeio não é do MEP mesmo estando eles em propaganda política. E uma camioneta não é um palco. E para se montar um palco é precisa prévia autorização. Enfim, é cada argumento para justificar o injustificável que até mete dó... sem comentários.

    P.S.: parabéns ao blogue. É deste tipo de iniciativas que o país precisa!

    ResponderEliminar
  56. Pelo raciocínio do Sr. Pedro, então colar o autocolante também é falta de civismo, uma vez que tem a ver com o respeito de propriedade alheia.... e esta hein????

    ResponderEliminar