Melgaço

«Melgaço, vila com pouco mais de mil habitantes e onde não faltam lugares para estacionar...»
Contribuição de um leitor, 15Jun09


7 comentários:

  1. Já são tantas as "amostras" da falta de civismo de grande percentagem de condutores que atrevo-me a pensar que se existisse uma aldeia com apenas uma rua que tivesse apenas um passeio e que em redor existissem terrenos livres, existiriam sempre aqueles felizes pensadores que iriam estacionar os carritos em cima desse único passeio, nessa única rua, dessa aldeia imaginária... Será que é utópico pensar assim? ;)

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  2. Nós, nos dias de hoje e pelo tempo que as autoridades quiserem, vamos continuar a estacionar os carros indevidamente. Para a grande maioria dos automobilistas, meter os carros em cima dos passeios é uma atitude tão natural como respirar.

    Um caso real, como tantos milhares. Aqui pelos meus lados, em Almada, um senhor limpava o seu belo carrinho estacionado há vários dias em cima de um passeio, isto com lugares vagos à volta.
    Talvez não houvesse quando estacionou, mas naquele momento havia e bastantes.
    Muito naturalmente deixou-o lá ficar!

    Se o Movimento Passeio Livre dos cidadãos deste país preocupados com a mobilidade, não desistir desta luta, calculo que daqui por uns anos, as autoridades competentes (agora in...)obriguem os automobilistas a mudar de postura.
    LC

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  3. Estas imagens de povoações mais pequenas - Pombal, Melgaço, etc. - só vêm demonstrar que a balda está generalizada por todo o país e que este problema está muito para além da falta de oferta de estacionamento. A verdade nua e crua é esta: HAJA OU NÃO OFERTA SUFICIENTE DE ESTACIONAMENTO, OS PASSEIOS SÃO ABUSIVAMENTE OCUPADOS PELOS CARROS.
    Portanto, não, não me admirava nada que, se houvesse uma aldeia com uma só rua, com um só passeio, e com lugares de estacionamento de sobra, aparececessem carros estacionados em cima do passeio, junto à loja onde se quer ir, ou junto ao café onde se foi ler o jornal, ou mesmo junto à porta de casa, etc.
    O exemplo é extremo, mas infelizmente a nossa realidade não anda nada longe disso...
    Toca a colar autocolantes, seja em Melgaço, em Pombal, em Lisboa ou em Alguidares de Baixo! Temos de ajudar a libertar os passeios! Não quero a minha filha bebé atropelada por um autocarro ou carro por não o poder levar no passeio.
    Teresa C.

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  4. Teresa C., criei duas netas até aos 6 anos de idade uma e 3 anos de idade outra. Naturalmente que utilizei carrinhos de bébés nas duas situações. Naturalmente que tive de circular pela estrada, sujeito a ser levado por um autocarro da Carris ou um ligeiro ou qualquer outra viatura em circulação, porque simplesmente os passeios dos dois lados da rua estão sempre ocupados integralmente num lado e deixando uma passagem para quem pese 40 quilos, noutra. Mas grande parte dos donos dessas viaturas têm bébés ou crianças pequenas! E também têm carrinhos que guardam na bagageira! Mas como estacionam a lata mesmo à porta de casa ou a 2/3 metros dela, quase que nem dão que também têm de circular pela estrada, colocando em perigo a sua vida e a do(a) filho(a)! Agora pergunto: ainda existe gente com moralidade para falar contra quem defende que os passeios são para os peões e a estrada para os carros? Existe, infelizmente, porque não existe cultura cívica neste país atrasado dezenas de anos em relação aos seus congéneres mais evoluídos da Europa! E gaita, somos uma Nação com séculos de história! De que valeram esses séculos? Não se aprendeu nada e os outros evoluiram? Pois, a culpa foi do fascismo salazarista e da noite negra que durou quase 50 anos, dizem alguns. O problema é que apesar de no tempo do Botas existirem muitos menos carros e o trânsito ser mais ligeiro que o de hoje, existia respeito pelos locais de estacionamento e raramente via um carro estacionado em cima de um passeio. Porque a bófia vinha logo de seguida com o reboque! Coisa que hoje não se vê...

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  5. Caro FG,
    Ditadura e ordem sempre andaram associadas, pelo que aquilo que diz sobre a eficácia policial no período do Estado Novo é normal. Mas isso não quer dizer que em democracia a polícia seja necessariamente menos competente. Outros países da Europa, democráticos, estão aí à vista para nos mostrar como este problema (estacionamento selvagem) nada tem a ver com o regime político.
    A verdade é que, por um lado, temos um grave problema de incompetência ao nível da gestão - desde a pequena empresa ao Estado, nós, portugueses, não sabemos administrar. Temos jeito para outras coisas (dar chutos na bola, por ex.), mas para gerir não. Pôr a polícia a multar os selvagens que estacionam nos passeios não pode ser assim tão complicado! Não podemos deixar de ter a sensação de que se um de nós mandasse nas polícias durante 1 ano, conseguiríamos pôr os agentes a cumprir as suas funções de fiscalização do estacionamento.
    À falta congénita de capacidade de gerir, junta-se um outro problema: como diz, somos um povo muito pouco civilizado, o que se reflecte não só no estacionamento dos automóveis, como em muitas outras coisas: a condução selvagem que vemos todos os dias nas estradas, o lixo que se atira para o chão, o ruído que os vizinhos fazem durante a noite, as artimanhas que se arranjam para ganhar vantagem relativamente aos outros, o não pagamento de impostos, o não respeito por uma fila, etc., etc., etc.
    Juntam-se as duas coisas - falta de civismo e falta de organização - e temos o caldo entornado...

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  6. O mais engraçado, ou pior ainda do que os carros em cima dos passeios e como se vê numa das fotos, é um muro de uma casa que foi construido já na via pública. Este ainda é o pior dos abusos porque o carro até sai mas o muro não. Neste caso onde colaria eu o autocolante? Tudo isto culpa de quem nos governa.

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