Nós, Europeus

As fotos foram tiradas junto ao centro de congressos de Lisboa (antiga FIL); nas imagens é possível ver a menos de 20 metros um parque de estacionamento enorme e com bastantes lugares vagos.

Mas é muito mais práatico parar em cima do passeio quase dentro da clínica da CUF. Sendo um estabelecimento de saúde, presumivelmente deslocam-se para lá pessoas com mobilidade reduzida. Mas elas que se lixem e usem a estrada que o umbigo deste condutor está primeiro.
Vejamos: em cima do passeio é só vantagens; fica a 5 mts do local para onde queremos ir, é grátis, basta dar 1€ ao arrumador que por lá andava, e a policia de certeza que não multa. Os peões que se lixem e usem a estrada.

A menos de 200 metros deste local existe um outro parque de estacionamento subterrâneo que tinha bastantes lugares vagos quando lá passei .

PS: na imagem 9 o carro à vista é que é de outro local, para demonstrar o portão com o sinal de proibido estacionar e a placa a dizer entrada e saída de ambulâncias; na imagem 12 dá para ver que até tem uma rampa para os carros poderem subir mais facilmente sem estragar as suspensões; na imagem 10 o condutor quase que metia o carro no local certo dentro do ecoponto para ir directo para a reciclagem.

Contributo de um leitor
Nós, Europeus...

29 comentários:

  1. Mas qual quê?? Então os condutores não tomaram a devida atenção de deixar um espacinho para o peão passar?? Isto de pintar o condutor de negro tem muito que se lhe diga. (sarcasmo)

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  2. Nápoles consegue ser pior... Serão mais ou menos europeus?

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  3. Menos europeus, no sentido que estão mais afastados daquilo que é mais normal na Europa ocidental que é um maior respeito pelo espaço público e regulação do estacionamento.
    Um (outro?) Miguel falou-me de um bairro de Nápoles onde as pessoas são mais respeitadoras. Sabes como apelidaram esse bairro? "Europa".

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  4. Somos geralmente (quase) todos muito solidários com pessoas e países que se localizam longe de nós; agora simples gestos de boa convivência entre pessoas que se cruzam diariamente não os praticamos; as mentalidades precisam de mudar e não é só nisto... espero sucesso para a vossa campanha...

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  5. "Nápoles consegue ser pior... Serão mais ou menos europeus?". São latinos como nós. Tá tudo dito. Todas as grandes cidades italianas são assim. Tá no sangue latino ser abandalhado e desrespeitador. O exemplo vem literalmente de cima, do Norte da Europa.

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  6. João, foi o mesmo Miguel ;)
    E fui eu que apelidei de "bairro europeu"... acho que os locais não gostariam do nome

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  7. Nos Europeus...
    Os passeios em certas ruas são uma autentica estupidez porque não se justificam.
    É logico que tanto espaço vazio, tem que ser aproveitado e bem para arrumar um carro ou moto.

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  8. Realmente, nem deveriam existir passeios, caro Anonimo (9 de Maio 18:54)! Para quê dar espaço a uns tantos estúpidos que se lembram de andar a pé pelas ruas onde existem passeios que são uma estupidez existirem! É por isso que se justifica o estacionamento de muitas latas em cima dos passeios e à frente das portas dos prédios... é só sair da lata e entrar em casa onde realmente o paseio não tem justificação para existir... Como eu o compreendo... Só espero que um dia não tenha de andar numa cadeira de rodas, de canadianas ou de andar com um carrinho de bébé por esses passeios estúpidos e que não se justificam! Talvez nessa altura, mude de ideias, quem sabe! Ou não?

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  9. Peço desculpa mas depois é que reparei que a resposta era para o Anonimo de 8 de Maio e não 9 de Maio... :)

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  10. Caro Anónimo de 10 de Maio 23h37
    A estas horas eu já arruimei a mimha lata em cima do passeio, e estou a dormir.
    Se um dia tiver que andar numa cadeira de rodas, faço como o Senhor.
    Não posso passear á vontade pelo parque das Nações nem pela Marina de Vilamoura, lembra-se?
    Lamentávelmente també não poderei escalar o Everest ou subir o Machu Pichu, mas como o Senhor,tambem terei direito a um lugar reservado para por o meu monte de lata. Não é?

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  11. "A estas horas eu já arruimei a mimha lata em cima do passeio, e estou a dormir."

    Consegue escrever no computador enquanto dorme? Fantástico!

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  12. Eu sou assim...
    Faço duas coisas ao mesmo tempo.
    O Sr Bernardino também escreve no blog enquanto trabalha na Camara de Lisboa, não é?
    E o sr Negreiros tambem escreve enquanto entrega vinhos, não é?
    Somos todos umas máquinas...

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  13. Caros,

    Acabei de criar um blog ( http://www.cartasabertas-portugal.blogspot.com ), através do qual pretendo dar publicidade às cartas com queixas, denúncias, pedidos ou sugestões de cidadãos aos poderes públicos – e às respostas, quando houver. Peço-lhes para darem uma olhada no blog, onde a proposta está mais explicada, e, se acharem que merece, que a divulguem (é o tipo de coisa que depende de visibilidade para ter eficácia).

    Obrigado,

    Mário Negreiros

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  14. Caro 17:58h, antes de mais nada, obrigado pela publicidade (ao vinho e ao cartasabertas) mas devo esclarecer que não, que não faço as duas coisas ao mesmo tempo. O tempo que uso numa é tempo que roubo de outra. Bons sonhos.

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  15. Aos fundadores deste movimento.
    Penso sinceramente que a vossa intenção seja boa.
    No entanto, acho que deveriam de evitar o que está a contecer, ou seja, a vossa boa intenção e o espirito deste blog estão a ser desvirtuados.
    1º porque os senhores deveriam abster-se de responder a perguntas ou afirmações caluniosas e de baixo nivel.
    2º porque ao entrarem neste tipo de discussões, os senhores estão a alimentar aquilo que se deveria evitar, ou seja, pôr pessoas contra pessoas, porque uns andam a pé e outros andam de carro.
    Os senhores sabem perfeitamente que não será com papelinhos nos vidros que se vai mudar o estado das coisas.
    Não se pode encarar este problema da sobrecarga de automoveis nas cidades, como aqueles movimentos de escuteiros que limpam a praia no verão, e depois eles próprios vão voltar a sujar...
    Este problema é algo de mais grave e profundo, e não me parece que o Vosso movimento mostre um real vontade de se atacar a ele.
    Denunciam o resultado, mas esquecem-se as causas.
    Penso francamente que os portugueses não são todos irracionais, igoistas e malcriados.
    Antes pelo contrário, somos um dos povos mais pacatos e afáveis da Europa.
    É relativamente fácil andar por aí a tirar fotografias a tudo o que é sítio, quando os Senhores sabem que este mal não é somente português, e que em inumeras cidades dessa Europa a situação é bem pior.
    Nem toda a gente tem pistas para ciclistas, nem toda a gente tem uma marginal que se fecha para se andar em família a praticar desporto, caminhar ou simplesmente andar de patins ou bicicleta.
    Não podemos catalogar tudo o que temos de infame, e virado contra o cidadão que anda a pé.
    As cidades foram crescendo desordenadamente, não se respeitaram regras elementares de espaço para os peões e para os automoveis, resultado, agora há que fazer coabitar tudo e todos, e obviamente que sem espaço suficiente, muitas vezes os carros ocupam o único que está disponivel.
    Podem os Senhores virem dizer que não cabe aos peões de resolver os problemas dos carros, etc.. como o costumam fazer,
    Pois eu discordo, se o problema existe, ele é de todos e diz respeito a todos.
    Se alguma solução for procurada, ela tem que ser buscada por todos.
    Penso que o vosso movimento tomaria dimensão se fosse animado por um espirito construtivo e não por uma especie de sentimento que destila ódio e vingança.
    Aliás o vosso endereço electrónico é bem revelador. peão EXALTADO....
    Manuel Freitas
    Paços de Ferreira

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  16. Mais um que levou com um autocolante...

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  17. Caro 9:56h, Quanto aó nível dos comentários, é mais da responsabilidade de quem os faz do que de quem anima este blog. Quanto a não ser com um papelinho que o problema se resolve, francamente, também acho. É preciso o papelinho e muito mais. Quanto a procurarmos soluções, convenhamos que não se nos pode pedir tudo. Apontamos o problema, mostramos que a única solução que consideramos inaceitável é a que penaliza o peão, promovemos a discussão, congregamos indignações que antes estavam dispersas e ainda teríamos que apontar soluções?! Todos nós, individualmente, pensamos em soluções - uns numas, outros noutras, n´algumas concordamos, noutras discordamos, mas não é para isso que este blog veio. Veio para congregar as pessoas que não aceitam que os peões paguem pelas dificuldades de quem estaciona. E já é bastante. Quanto a sermos um povo pacato, parece-me que a tolerância ao abuso sobre o espaço pedonal é um emblema do quanto podem ser perigosos, selvagens, violentos e desrespeitadores os tão propalados "brandos costumes" dos portugueses. São esses "brandos costumes" que estigmatizam e tentam desmoralizar quem quer que se levante contra os abusos de que é vítima. Sofrer calado, é o que os "brandos costumes" esperam de nós, enquanto os abusos se cometem impunemente.

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  18. Caros Senhores,
    Continuo a afirmar que penso que a vossa intenção seja boa.
    Parece-me no entanto que se querem tomar o problema de frente, não devem ficar só por aqui.
    Papelinhos não chega, porque as pessoas tiram-nos e deitam fora.
    Ficam zangados no momento, mas depois esquecem.
    Porque não abordar directamente os prevericadores, e com civismo mostrar-lhes os transtornos que causam aos peões, cadeiras de rodas, etc ?
    É obvio que se for um individuo sózinho que aborda um automobilista para lhe fazer ver o que está errado, a coisa pode não ser fácil.
    Mas se for um grupo de pessoas civilizadas, que o fizerem, incluindo até levarem carrinhos de bébé, seguramente que o tal lado dos "brandos costumes" vai funcionar.
    Boa tarde para todos.
    Manuel Freitas
    Paços de Ferreira

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  19. Caro Manuel Freitas, há muitos anos que tento (e por alguma deformação pessoal, continuo a tentar) argumentar pessoalmente, e de maneira civilizada, isto é, com argumentos, sempre com argumentos e nada além de argumentos, com quem surpreendo a estacionar de maneira selvagem. Já ouvi de tudo - até alguns poucos "tem razão", seguidos da retirada do carro (e muitos "tem razão", e mantendo o carro no mesmíssimo lugar). Mas, como há de compreender, é dificil argumentar com um carro vazio. O autocolante serve para isso - para falar com o condutor quando o condutor não está no carro.

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  20. Caro Manuel Freitas,

    "e que em inumeras cidades dessa Europa a situação é bem pior."
    Como disse Nápoles é pior... mas não conheço mais nenhum caso. Não quer matar a curiosidade a quem achava até há segundos que conhecia bem a Europa?
    Quanto ao resolver o problema em conjunto, eu cá tenho as minhas ideias, mas isso é irrelevante. O problema aqui é que o problema está a ser empurrado de quem o provoca (quem quer estacionar na via pública) para terceiros. Se a primeira parte mostrasse algum respeito para com a segunda, então talvez poderíamos falar em resolver a coisa em conjunto.

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  21. Bom dia MIGUEL
    Tenho todo o gosto em responder aos seus comentários, pois faço parte daquelas pessoas que não tem club de futebol, nem partido politico, nem tomo nunca posições radicais e irreversiveis, seja qual for o assunto.
    Não tenho problema nenhum em explicar-lhe porque conheço bem a Europa e o Mundo, é porque sou Agente de Viagens há mais de 40 anos, e vivo entre o Norte de Portugal e Paris, desde 1966.
    Tive o previlégio de dar a volta ao mundo, e continuo graças a Deus e á minha profissão a poder manter a paixão por conhecer lugares, povos e culturas.
    Amanhã mesmo vou estar na cidade de RIMINI e na Sexta em NICE, em contratação para 2010.
    Poderia portanto falar-lhe horas a fio de cidades como Atenas onde o problema dos carros é ainda mais premente do que Napoles, mas prefiro aproveitar este momento para partilhar convosco algumas considerações sobre o asunto que nos preocupa.
    A invasão das cidades pelos carros.
    Em 2012, Portugal deverá ter mais automóveis por habitante do que o Japão.
    Portugal terá 583 carros por cada mil habitantes, enquanto o Japão registará 525.
    Uma proporção que estava invertida em 2006, quando Portugal contava 516 e o Japão 521 Portugal terá também, em 2012, mais do que a Inglaterra e Irlanda do Norte, que, segundo as previsões, passarão de 556 para 555 unidades. Dentro de quatro anos, o nosso país terá ainda mais carros do que a Bélgica (547), mas os seus 583 exemplares por mil habitantes estão abaixo do calculado para outras nações que entraram neste estudo, como a Alemanha (590), Luxemburgo (690), Espanha (622), França (598) ou Itália (658).

    Mas estes dados não parecem reverter qualquer importancia para os poderes publicos, que não podem não cobhecer estes estudos, que são do conhecimento público.
    O "Dia Mundial Sem Carro",  que acontece no dia 22 de setembro, foi criado na França para incentivar os cidadãos a tornarem-se independentes dos automóveis.
    A iniciativa começou na cidade de La Rochelle, em 1998, e ganhou a adesão rápida de outras cidades da Europa promove os meios sustentáveis de transporte: a caminhada, a velocipedia, os transportes públicos, a partilha de carros e o uso escalado de carros.
    Mas em Portugal, dos 308 municipios, apenas 59
    aderiram no ano passado, ou seja, 249 ignoraram esta iniciativa.

    Mas já agora o amigo Miguel conhece a história da cidade Italiana de "Ferrare"?
    Nem tudo é mau neste Pais, e é para mim um dos melhores exemplos de que os poderes locais podem, se quiserem, facilitar e tornar bem melhor a vida dos seus habitantes.

    Aliás como sabe, um grande numero de cidades Europeias, estão a fazer grandes esforços para fomentar a mudança de mentalidades e os habitos de locomoção dos seus habitantes nos seus centros.
    Copenhaga, Amesterdão e Ghent, na Bélgica, são cidades velocipédicas bem conhecidas.
    Mas a cidade de Groningen, na Holanda, tem taxas de utilização de bicicletas ainda mais elevadas, graças a uma política especificamente criada para impulsionar a velocipedia desde os anos 80.
    As últimas grandes cidades convertidas a esta revolução das duas rodas são Paris, Lyon e Bruxelas, que introduziram recentemente programas de partilha de bicicletas.

    Partilho portanto algumas das vossas preocupações, e penso que a vossa iniciativa tem o seu mérito.
    Felizmente penso escapar ao caos que vai ser a vida nas cidades portuguesas nas próximos décadas, pois tenciono passar uma grande parte da minha vida de reformado, numa pacata aldeia perto de Paços de Ferreira.
    Bom dia para todos.

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  22. Caro Manuel Freitas, bem-vindo a esta discussão.

    Vejo que veio para ajudar a nivelar o debate por cima com educação e respeito.

    Quanto à referência ao peão exaltado, temos até algumas definições de exaltado e nenhuma me parece destilar ódio e vingança:

    * Tornado alto
    * Engrandecido
    * Glorificado
    * Celebrado
    * Elevado em grau
    * Entusiasmado

    A ideia é valorizar socialmente todos os que fzem por estacionar legalmente SEMPRE e são rejudicados pelos que não o fazem e também valorizar aqueles que em Portugal decidiram viver sem ter viatura própria.

    Ter carro, não é uma obrigatoriedade, embora muita gente em Portugal pense que sim...

    Quanto a não ser com papelinhos nos vidros que se vai mudar as coisas é bem verdade. Se reparar, a ideia dos papelinhos foi um chamariz para que este problema ganhasse visisbilidade,e se tornasse um polo de discussão do problema. Tem sido falado e tem tido reacçoes um pouco por vários meios de comunicação. É um começo, no entanto foi também gratificante para nós receber e-mails de pessoas a dizer que tiveram que nos dar razão quando viram o autocolante nos seus carros e também um e-mail de alguem a dizer que pela pimeira vez no seu bairro conseguiu usar o passeio para o fim que este foi feito. Ou seja, ao fim de alguns dias de persistencia, o passeio ficou finalmente livre...

    A mudança começa lentamente, mas esta iniciativa poderá ter sido um verdadeiro gatilho.


    António Cruz

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  23. Sr. António Cruz,

    É bem verdade o que diz. Podem não acreditar, mas na minha zona, em menos de uma semana consegui, só através dos tais autocolantes que certas pessoas criticam, retirar todos os carros do passeio.

    Bem-haja por este movimento!

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  24. Vejo que está bem informado, mas continuo à espera de piores exemplos. Atenas garanto-lhe que não é tão mau. Um dos meus melhores amigos é de Atenas... se quiser fotos, arranjo já.

    (Ferrare não conheço, mas Ferrara sim e até já lá vivi ao lado. Groningen, já não vou lá há quase 4 meses mas não deve estar mudado.)

    Eu não acho que tudo seja mal neste país, longe disso, mas no caso específico da invasão das cidades por trilhentos automóveis, acho que somos os piores na Europa

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  25. caro Miguel,
    Avantagem da internet, é que podemos manter o contacto práticamente em qualquer parte do Mundo.
    Folgo em saber que leu a minha intervenção neste "debate", de ideias.
    Não vou entrar na competição de lhe estar a dar exemplos piores ou melhores do que representa a cidade italiana de NAPOLES.
    Conheço e gosto, desta cidade, onde passo com prazer quando vou até "Capri" e gosto de almoçar na zona de "Beverello" antes de tomar o "Hidrofoil" para "Capri" apesar da barafunda, nesta zona da "Stazionne Marítima".
    Quanto a "Atenas", agradeço a sua proposta de me arranjar fotografias, mas é uma cidade que conheço perfeitamente, e onde tambem tenho alguns amigos ligados á minha profissão.
    Um dos meus grandes prazeres quando por lá me encontro, é de jantar em "Passalimani" ou "Microlimano" (já passei a idade de andar pelo bairro de "Plaka").
    Mas para falar verdade, prefiro apanhar um barco e fugir de Atenas e partir para qualquer uma das ilhas, sobretudo as mais pequenas.
    Quanto á cidade Italina cuja autarquia teve a coragem de revolocionar os hábitos dos seus habitantes, penso que falamos da mesma, "Ferrare" ou "Ferrare".
    Quanto à invasão das cidades pelos carros, penso que se trata de um real problema, e se nada se fizer (poderes publicos) a factura será salgada.
    Concordo consigo, somos os piores da Europa.
    Bom dia para si.
    Manuel Freitas

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  26. Caro António Cruz
    Obrigado pela sua saudação, efectivamente penso que a nossa maior riqueza não é de ter ou não ter coisas, mas sim o facto de poder trocar impressões, livremente e respeitando os outros, mesmo quando não comungamos das mesmas idéias.
    Sem entrar em grandes considerações filosofais, penso que na base, estamos de acordo com uma série de coisas e de princípios.
    Pessoalmente considero o carro como um simples objecto de utilidade, tal como uma vassoura ou uma escova de dentes.
    Nunca como sinónimo de poderio ou de estatuto social.
    Tenho carro, uso quando preciso.
    Infelizmente estamos a falar de Portugal, e aqui ainda se vive muito da aparência e do fazer de conta.
    Na mentalidade das nossas classes sociais (intermediárias), ainda estão muito enraizados valores ultrapassados.
    Qualquer família que se preze, não pode ter abaixo do Audi ou do BMW, ou pior ainda, o seu 4x4 para andar na cidade.
    Para esta gente, seria impensável ir para o seu emprego de bicicleta ou de transporte público.
    Passo muito do meu tempo em Paris, e não me canso de apreciar a elegancia das senhoras, bem vestidas, bem maquilhadas, com enorme classe, a pedalar rua fora, sem qualquer problema de perderem o seu "status".
    Aqui conta o que é prático e funcional.
    As pessoas valem por aquilo que fazem e não por aquilo que ostentam.
    Voltando a Lisboa e cidades limitrofes, e ao caos dos estacionamentos e abusos permanentes e mais que ilustrados, sinto que vivemos num outro mundo.
    Não partilho totalmente as vossas concepções, mas quero pelo menos felicitar quem tem a "carolice" de passar uma parte o seu tempo livre, numa luta desigual e inglória, (nem sempre perceptivél)contra o igoismo e a cupidez de muita gente que muitas vezes abdica de coisas essenciais e simples prazeres da vida, apenas para alcançar o almejado automóvel,(sempre que possível melhor que o do vizinho).
    Manuel Freitas

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  27. Caro Manuel Freitas
    Obrigado pela resposta. Só queria recordar que o debate começou quando você disse que haveria "inúmeras cidades europeias" onde a situação é bem pior. Além de Nápoles, que fui eu que referi, fico então sem perceber quais seriam as "inúmeras cidades" a que se referia.
    Cumps

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  28. Caro Manuel Freitas,

    Não duvide que o mundo se altera pelo esforço de um punhado de pessoas, de facto sempre foi assim que se conseguiu alterar todas as coisas.

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  29. Estas fotos não são nada comparando ao que se passa uns metros mais à frente, nesta mesma R. da Junqueira. A partir das 19 horas, em frente à Universidade Lusíada são dezenas os carros dos alunos em cima dos passeios e das passadeiras, bloqueando completamente a passagem dos peões e com a conivência da polícia. Aliás, a R. da Junqueira é um caso crónico desde Belém até Santo Amaro.

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