Mi(ni)stérios de Lisboa

Lisboa, Rua Henriques Nogueira
Estas fotos, tiradas em 4 dias diferentes, mostram como se processa o estacionamento em parques de duas entidades oficiais existentes ali ao lado. E que entidades! Trata-se da PSP e do Ministério da Justiça!
São realidades como esta que nos explicam (melhor do que uma centena de blogues) porque é que o estacionamento selvagem no país não é (nem será tão cedo) devidamente combatido.
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(*) O post foi actualizado, e acrescentaram-se as 2 fotos de baixo, tiradas já este mês.

5 comentários:

  1. António Magalhães8 de julho de 2012 às 15:13

    Completamente de acordo. Tal e qual o comportamento do aldrabão-mor deste governo que mentiu qualificada, compulsiva e deliberadamente na campanha eleitoral para ganhar o pote e assim fazer precisamente o contrário do que prometeu. Diziam os meus Avós, há mais de 60 anos, que o respeito, a educação, o cumprimento, a honra, a dignidade e a verticalidade, têm de vir de cima para ser seguido pelos de baixo, tal e qual as granadas de guerra que rebentam por simpatia quando uma explode ao pé de uma outra inactiva. O vosso APELO que transcrevo de seguida: «Mora numa zona onde o estacionamento abusivo é comum? Conhece mais pessoas incomodadas com o estacionamento em cima do passeio? Tente também mudar a situação: imprima autocolantes, peça-nos exemplares, distribua aos seus vizinhos e divulgue esta iniciativa.» Aqui no meu sítio existe estacionamento super-selvagem (mais do que existente numa selva amazónica, subsariana ou equatorial), dado que a macacada ultrapassa a média natural destas zonas. Não sei se os vizinhos se sentem ou não incomodados com a situação pois circulam pela estrada (os passeios estão atulhados de latas com 4 e duas rodas), uns com canadianas, outros com crianças ao colo, outros nas cadeirinhas, colocando-os em risco de vida dado que a estrada é estreita. Mas parece-me que a falta de indignação desta gente se deve aos seus familiares terem precisamente as latas estacionadas em cima dos passeios, a bloquearem portas de prédios, nas passadeiras e nas paragens dos transportes públicos, por isso esse apelo de nada serviria por esta zona da selva... Mas também existe um ditado que reza: quem não está bem... muda-se! Ando a tratar disso.

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  2. @António Magalhães

    Concordo plenamente com o que diz. Um dos maiores problemas (como já aqui tem sido referido) é o facto de o "universo dos prejudicados" coincidir, frequentemente, com o "universo dos prejudicadores":
    O indivíduo que, num lado, é forçado a circular na faixa de rodagem é muitas vezes o mesmo que, pouco antes, estacionou em cima do passeio.
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    Uma vizinha minha, senhora idosa que se vê atrapalhada com o saco das compras (no meio do caos que entope tudo), defende a nora (que estaciona o jipe em cima do passeio): «Coitada, não tem lugar noutro lado...». Quando, um dia, lhe mostrei que havia lugares com fartura, respondeu-me: «Pois há, mas tem de se pagar!»

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  3. @ Carlos Medina Ribeiro

    «Se não existe estacionamento, tenho de por o carro em cima do passeio!» Esta afirmação coincide com o dessa senhora idosa e do jeep da filha e já a ouvi por aqui. O problema é que não são os peões que têm de resolver a falta de estacionamento, seja em que local for, de quem tem uma ou duas latas (marido e mulher) e as quer estacionadas o mais perto da porta do seu prédio para não ter de andar muito pois deve fazer mal às varizes...

    Andei em cima de duas rodas mais de 40 anos. Quando vim fazer o reconhecimento ao local e à casa em que actualmente habito, verifiquei que não tinha local para estacionar a moto (ocupa 1/3 do volume de uma carripana), sem prejudicar terceiros. Se estacionasse em cima do passeio, prejudicava peões e infringia o Código da Estrada; se estacionasse na estrada, mesmo que junto à berma do passeio, estava sujeito a que a abalroassem e sendo uma trail, o resultado do trambolhão seria bem desastroso pois não acredito que quem o fizesse parasse e se acusasse como culpado. Resultado, vendi a moto e passei a andar de transportes públicos, perdendo a faculdade de me deslocar a qualquer hora do dia sem ter de aturar atrasos e horários canalhas de transportes públicos, sobre-lotações e sempre tinha ar condicionado natural sem gastar um avo!

    Cumts.

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  4. E covardemente protegem-se uns aos outros. Fiz queixa de um que me tratou mal quando reclamei de uns carros estacionados numa passadeira e disseram-me que eu não tinha provas e que o tal agente nem tinha falado comigo. É esta a m***a de justiça que temos.

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  5. Esta manhã, como sucede todas as 4ªs-feiras (!), lá estava a carrinha da CML em cima do passeio, na Rua Infante D. Pedro.
    Está escrito na carripana que é do departamento da Cultura...
    Imagine-se se fosse da incultura!

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