«O que é que colou no carro?»

«Tenho os meus autocolantes há mais de um ano, ainda não os acabei, ando sempre com eles mas sou muito criteriosa a colocá-los. Se um carro estiver em cima do passeio, mas deixar espaço de sobra para qualquer um passar não colo o autocolante.
Hoje estava a ir do metro das laranjeiras para casa da minha mãe (ia ter com o meu pai e acompanhá-lo a uma consulta de pneumologia no Hospital de Santa Maria), pela estrada da luz e naquela zona há muita gente a estacionar no passeio, mas deixam sempre espaço suficiente e eu não costumo colar nenhum autocolante. Hoje estava um carro no passeio e apenas deixava 20cm de passagem, colei o autocolante e prossegui o meu caminho. O dono estava ao lado do carro, viu, e berrou-me autoritariamente "O que é que colou no carro? Tire imediatamente ou vou chamar a polícia." Parei e respondi calmamente "Não tiro, faça o favor de chamar, pode ser que o multem por ter o carro em cima do passeio." E comecei a explicar o porquê do autocolante. Ele furioso, interrompeu a chamada que se estava a preparar para fazer, agarrou-me por um braço e levou-me à força para frente da porta do carro, onde estava o autocolante, e continuou a insistir para eu tirar o autocolante enquanto mantinha o meu braço apertado.
Faço aqui uma pausa, para explicar que sou rapariga, tenho 1.59 e peso 48kg, sou pequenina e não tenho muita força.
Comecei a ficar aflita e a temer pela minha segurança e tentei desenvencilhar-me dele. Estava de tal forma assustada que ainda pensei em começar a berrar ou tentar bater-lhe, mas a ausência de gente e a proximidade com a estrada onde passavam carros bastante rápido, demoveu-me.
Por esta altura ele, com a outra mão, já tinha começado a tirar o autocolante do carro, que como tinha sido acabado de pôr, saía facilmente (para aqueles que se estão a regozijar com este relato, fiquem a saber que mesmo com mais tempo, com um pouco de álcool também sai facilmente) e colou-me o autocolante no cabelo, ao mesmo tempo que continuava a dominar-me pelo braço.
Contente com o autocolante ter saído, deve ter decidido que era suficiente e largou-me, insultando-me com palavrões, sempre a berrar e sem ouvir uma única palavra que eu tivesse a dizer (porque por incrível que pareça eu continuava a tentar explicar a razão pela qual eu tinha colado o autocolante).
Mas a verdade era que falava por nervosismo e ansiedade e tive medo. E assim que me largou, fui-me embora. E fui para casa, porque tinha de levar o meu pai à consulta que tinha marcada e acabei por não fazer queixa. Mas tenho a matrícula do carro.
Ainda estou a digerir isto tudo e não sei bem o que hei-de fazer. »
Ana Brütt, Lisboa 3 de Junho de 2011 22:03

54 comentários:

  1. Valente Ana,
    Bem hajas tu!
    Partilha aqui sff a matrícula, modelo e cor do carro dessa bosta.
    Obrigado

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  2. Acho que deve apresentar queixa na polícia. Antes, pode (se tiver tempo e disponibilidade para isso) tentar voltar ao local e ver se alguém nos prédios próximos viu o que se passou e está pronto a servir de testemunha. O que lhe aconteceu é, para todos os efeitos, uma agressão. Obviamente, terá mais vontade de juntar um grupo, esperar que este "senhor" apareça novamente no local e dar-lhe uma tareia. Mas a primeira hipótese é legal, correcta e simultaneamente a melhor para os objectivos deste movimento.

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  3. Sinceramente que nem sei que dizer porque não sou mulher. É que se um tipo desses tivesse o triste azar de iniciar qualquer tipo de agressão, deixava-o estendido em cima do carro. Mas no seu caso, penso que deveria formalizar uma queixa na esquadra da PSP, com a indicação da matrícula, marca e cor do cangalho. Não sei se são necessárias testemunhas neste caso, mas será que não ficou com marcas dessa agressão no braço? São uma prova. E para a próxima, se houver, grite, peça ajuda, alguém virá em seu socorro. Eu sei que quem não se encontra "preparado" para este tipo de situações poderá ficar desnorteado, mas de imediato ligava para o 112 e dava a sua localização. E não se esqueça de um pormenor: se se repetir esse tipo de situação, tente ficar calma, não ofereça resistência, relaxe o corpo e no momento oportuno afinfe um valente pontapé nos testículos do agressor. Não tenha dó...

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  4. Uma coisa é certa, situações destas só acontecem a quem cola.

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  5. Pessoal, reparem só nos passeios deste video:
    http://www.youtube.com/watch?v=E7dq3dQd8Sg

    RS

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  6. Eu, neste caso, iria à polícia apresentar queixa.
    AM

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  7. É completamente nojento e asqueroso o que este anónimo das 10:31 aqui vomitou. Cheira a azedo, cheira a podre, cheira a merda, e isto só pode ter saído da mente distorcida e doentia de um mentecapto igual ao que agrediu a Ana.

    Situações destas não são provocadas por quem cola um autocolante, seu abrunho, mas sim por quem não tem um mínimo de educação cívica nem respeito pelo próximo. Situações destas são provocadas pela mais vergonhosa e nojenta cobardia de um trambolho que agrediu uma jovem e nem lhe deu a oportunidade de o esclarecer sobre os incómodos e os perigos que o seu estacionamento selvagem estavam a provocar a quem tem o direito de poder usar livremente o o passeio para se deslocar sem correr o perigo de ser atropelado na faixa de rodagem.

    Vocês estão bem um para o outro (se é que não se trata do mesmo animal).

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  8. Agradeço à Ana que me informe a matrícula do carro, que decerto anotou. Se não a quiser afixar aqui, envie a informação para o meu mail (medina.ribeiro@gmail.com).
    O ideal era ter uma foto mas, mesmo assim, talvez se possa fazer alguma coisa.

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  9. Como eu te compreendo, Ana. Também estive perto de ser agredida uma vez por um destes selvagens. Vou colando autocolantes, mas faço-o sempre discretamente. Não deixem de colar, mas tenham cuidado.

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  10. «Uma coisa é certa, situações destas só acontecem a quem cola. »

    Sim... a poloroid é muito mais confortável.

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  11. @faísca
    Mais uma vez interpretas mal as palavras alheias, é mais uma vez partes logo para a ofensa, ainda para mais a colaboradores do PL – sim, porque o que aconteceu à Ana já me aconteceu a mim, e porque estas coisas «só acontecem a quem cola», e não a um cobarde «nojento e asqueroso» que é o que tu sempre aparentaste ser aqui, com a tua conversa do «faço e aconteço», «chaves na chapas e espelhos partidos».
    O que tu precisavas mesmo era de um bom par de chapadas, mas neste caso contento-me com o facto de tu nunca teres apresentado obra nenhuma aqui e de não passares de um «faz de conta».
    Saudações aos demais e boas colagens.

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  12. Mesmo numa sociedade civilizada, há infracções, o que divide as pessoas em dois grupos antagónicos:
    Os que as cometem e as suas vítimas.

    Espera-se, evidentemente, que as autoridades (policiais e fiscalizadoras) intervenham e reforcem o 2.º grupo, actuando contra o 1.º, pois são pagas para o fazerem.
    Ora, o que em Portugal se constata, é que essas entidades, por omissão, acabam por favorecer os infractores.

    Os sucessivos ministros da Administração Interna (responsáveis pela ineficácia das DT da PSP), mais os sucessivos presidentes das autarquias como a de Lisboa (onde essas vergonhas ocorrem), mais os "vereadores da mobilidade" (?!), mais os responsáveis de coisas como a EMEL - bem podem limpar as mãos à parede.

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  13. ...agora já é tarde para lhe dar um conselho mas, caso algum dia volte a acontecer uma situacao idêntica, olhe, dê ao fulano uma joelhada entre as pernas logo vê que ele a larga...

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  14. Ana, eu não a aconselharia a retaliar com pontapés ou joelhadas, como já aqui foi aconselhada, pois nunca se sabe o que um anormal destes é capaz de fazer, principalmente se sentir que tem alguma hipótese de sair vencedor. Tenho a certeza de que na presença de um colador masculino, com 1,85m e bem musculado, o cobardolas meteria o rabinho entre as pernas e até era capaz de pedir desculpas pelo seu estacionamento selvagem. Mesmo assim, há sempre que contar com alguma agressividade pois estes animais nunca reconhecem os seus erros e estão sempre prontos para partir para a violência.
    Há tempos, um deles queria à força e através de insultos e berros, que eu descolasse o autocolante, mas quando lhe joguei as mãos ao pescoço ao mesmo tempo que peguei no telemóvel para ligar para a polícia, o valentão perdeu o pio, meteu-se no carro (mesmo com o autocolante no vidro) e só depois de estar a uns 10m de mim é que pôs a cabeça de fora e vociferou todos os palavrões que a sua vasta cultura lhe permitiu.
    O meu 1,85m não lhes permite grandes veleidades mas mesmo assim já tenho tido algumas chatices porque os rapazitos não gostam de ser repreendidos e não querem reconhecer os seus erros, pelo menos sem uma boa dose de palavrões pelo meio. Nem que seja para mostrarem alguma virilidade e coragem... que não têm!

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  15. Estou confuso! Porque é que os peões não chamam a polícia quando se sentem lesados!? Sugerem isso a muitas pessoas e em inúmeras situações mas depois não o fazem. Alguns optam por riscar as viaturas, num acto cobarde. Outros num acto igualmente cobarde vêm escrever para aqui e procurar fazer justiça na praça pública... Estou solidário com esta Sra. (Sra. Dª. Ana Brutt) e com a atitude do autocolante ou, em alternativa, com a atitude de chamar a polícia. O restante parece-me lamentável.
    Falo como peão e condutor. Não se podem esquecer que todos os condutores são peões mas que nem todos os peões são condutores...É uma verdade de La Palisse mas que muitos peões (a 100%) se devem esquecer. Com isto o que pretendo dizer é que alguns dos comentários que vejo aqui são de pessoas que, provavelmente, nunca conduziram (em lazer ou mesmo que necessitaram do carro para trabalho). A esses "Donos da Verdade" lembro que para falarem era importante conhecerem o lado dos condutores. Claro que ambas as partes mostram, muitas vezes, que se esquecem da outra. Creio que temos de ter consciência cívica de parte a parte. Afinal de contas..."Quem tem telhados de vidro...não atira pedras". Carlos Moura (Évora).

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  16. Ao Sr. Faísca que deve ser muito amigo e assíduo deste blog, pois vê aprovados comentários (pelo menos como o que colocou às 13:28) que são desrespeitosos (usando uma linguagem pouco apropriada), sugerimos um pedido de desculpas pela potencial má interpretação do que foi dito pelo anónimo das 10:31. Não, não sou eu, nem sei se conheço a pessoa mas achei de baixo nível o seu comentário e acho que não prestigia em nada este espaço. Estou certo que terá coisas bem mais interessantes, eloquentes e educadas para escrever. Vejo várias interpretações dessa frase que passo a transcrever: "Pode ver-se aqui uma constatação das mais básicas possíveis. As coisas só acontecem a quem as faz. Uma vez que nada mais é dito podemos interpretar de várias maneiras. A sua Uma coisa é certa, situações destas só acontecem a quem cola."
    interpretação parece-me legítima mas...uma vez que há outras interpretações, não me parece correcto referir-se nesses termos à pessoa em questão. Sinceramente, retrata um pouco o seu tipo de personalidade e educação.
    Deixo-lhe outra potencial interpretação: Quem cola autocolantes em veículos, de outras pessoas, está sujeita a "todos" os tipos de atitudes. O anónimo em questão poderá partilhar de outro tipo de atitude perante situações de veículos mal estacionados, como chamar a polícia, chamar a EMEL, tirar uma foto e colocar neste blog, etc.. Qualquer que tenha sido a intenção do Anónimo das 10:31, a sua reacção foi lamentável. Sugiro mais moderação e correcção na linguagem de modo a elevar o nível do blog.
    Compreendo que pretenda associar-me ao anónimo das 10:31, como sendo ele mesmo ou um amigo/familiar, pois ajudá-lo-á a reduzir a dissonância, mas garanto-lhe que está totalmente enganado.
    Cumprimentos a todos e votos de um óptimo fim-de-semana, Raul Malaquias

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  17. Ao Sr. Carlos Medina Ribeiro, lembro da importância de confirmar o que é dito por qualquer pessoa neste blog pois não queremos acusar ou tomar qualquer tipo de atitude menos correcta com base numa queixa que pode ou não ser verdade (com todo o respeito pela Sra. Dª. Ana Brutt). O que pretendo dizer é que qualquer pessoa põe o que quer aqui e podemos estar a acusar pessoas inocentes. É preciso ter muito cuidado...
    Saudações a todos,
    Mário Castanheira

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  18. Caríssimos comentadores,

    Concordo com muito do que disseram. A minha falta de reacção física em relação ao meu agressor deve-se não só ao meu medo mas à minha crença que "O Homem começou a civilizar-se quando substitui a cacetada pelo insulto, o insulto pela indiferença e finalmente a indiferença pelo diálogo".
    O que postei aqui foi um desabafo, do que me aconteceu, não acho lamentável (ao contrário do que pensa o sr. Carlos Moura), não procuro justiça em praça pública, apenas denunciar que as agressões e os perigos de aderir a uma iniciativa cívica são maiores do que se pensa, não foi por acaso que não publiquei a matrícula do carro.
    Não chamei a polícia na altura porque para além de estar abananada com a situação, tinha de levar o meu pai ao hospital (está mesmo doente e a médica, apesar de ele n ter consulta marcada tinha dito que o via àquela hora) e não sei até que ponto o devo fazer. Se o senhor vive mesmo ali, ao lado de casa da minha mãe, vou passar por ele muitas vezes e não quero sofrer nenhum tipo de represálias.
    Acho mesmo que a reacção do sr. foi desproporcional à situação. Jamais riscaria o carro do dito sr. por vingança, mas confesso que me passou pela cabeça (no calor do momento) forrar-lhe o carro de autocolantes (que saiem com álcool), mas claro que não o vou fazer.

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  19. Caro Mário Castanheira,

    No meu comentário, eu apenas sugiro à leitora Ana que, se quiser, entre em contacto comigo, pois "talvez se possa fazer alguma coisa".

    De facto, parece-me que, uma vez verificada a veracidade do que afirma, "se pode fazer alguma coisa". Desculpar-me-á se não vou, aqui e agora, entrar em pormenores.

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  20. Ao anónimo que se desdobra em vários comentários (anónimos) não lhe devo qualquer explicação, até porque como "anónimos", o normal é dizerem agora uma coisa e a seguir dizerem outra, conforme a ocasião e a direcção dos ventos. No entanto, quero aqui deixar a minha interpretação da frase "Uma coisa é certa, situações destas só acontecem a quem cola."
    Na minha opinião, e prezo-me de ainda saber ler e escrever em português sem necessidade de acordos ortográficos, isto, dito desta maneira e sem mais qualquer explicação, é uma crítica a quem cola autocolantes. É o mesmo que dizer: "É bem feito! Ninguém a mandou ir colar um autocolante no carro do homem!"

    Esta é a interpretação que eu faço da frase. Claro que o anónimo que a escreveu, pode agora querer sacudir a água do capote e desdobrar-se em vários anónimos, cada qual com a sua interpretação.
    Só lhe pediria desculpa, se por acaso, ele aqui viesse negar que seja esta a verdadeira interpretação daquela frase, mas como certamente viria como "anónimo" ficaríamos na mesma, na dúvida de quem a escreveu e de quem a viria justificar.

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  21. Já emiti a minha opinião à D. Ana Brütt, num comentário que efectuei acima. Também não me "tocou" nenhuma das respostas que aqui se encontram, em especial com as dos "telhados de vidro", "donos da verdade" e afins. E para esclarecer a minha posição, informo que andei mais de 30 anos de moto, nunca estacionei em cima de um passeio ou em qualquer outro sítio devidamente assinalado como proibido, nunca fui multado por infracções ao Código da Estrada embora tivesse sido obrigado a parar em muitas operações STOP. Um pouco difícil de acreditar dado que, de um modo geral, os motociclistas são considerados motoqueiros que fazem o que lhes dá na real gana. Erro crasso porque existem muitos motociclistas conscientes do que têm em mãos e no meio das pernas. Por natureza não sou violento, mas se a situação chegar ao ponto de ter de responder à violência, não me considero nenhum Jesus Cristo para dar a outra face e o tratamento será devolvido por igual. É que pela experiência que tenho da vida, constato que uma grande percentagem de gente não sabe, não quer, nem pretende dialogar e das duas uma: ou engolimos em seco e afastamo-nos do problema, ou fazemos parte dele e entramos na onda.

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  22. O pai da ana não deve estar muito doente, ou ela teria mais com que se preocupar do que com carros mal estacionados.

    Depois concordo em absoluto com o que o condutor fez. Se não queria que acontecesse, chamasse a polícia e não colasse autocolantes. Fazer-se de vítima é muito feio, principalmente depois de ter mexido e provavelmente danificado um carro que não era seu. Como disse o anónimo, habilitou-se e aconteceu. Quanto à matricula do carro, o outro senhor pode muito bem dizer que a Ana está a inventar tudo (pois quem anda por ai a colar coisas em propriedades de outras pessoas, não deve ser muito boa da cabeça). Se eu visse isso a acontecer no meu carro, levava duas bofetadas, não mais do que isso.
    Para finalizar é muito feio não saber arcar com as consequências daquilo que se faz; cola autocolantes, responde torto como se fosse dona da razão... enfim... comigo levava dois bofetões no focinho.

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  23. "era importante conhecerem o lado dos condutores"

    Caríssimo, o lado dos condutores conhecemos nós bem: são pessoas cobardes (só estacionam em cima do passeio onde sabem que a polícia não actua) que não têm respeito nenhum por terceiros o que os leva a desrespeitar a lei, a pôr em causa não só património público mas também em muitas situações a própria segurança dos transeuntes.

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  24. E para concluir, além disso tudo ainda arranjam sempre uma desculpa para a inevitabilidade de terem estacionado em cima do passeio ou da passadeira.

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  25. Cara Ana, o prazo para apresentar queixa na PSP são, se não estou em erro, seis meses. Terá tempo suficiente para decidir o que quer fazer, pesando prós e contras. Compreendo o seu medo de represálias, mas lembre-se de tudo o que tem sido conseguido pelo mundo quando as pessoas vencem esses medos. O seu agressor também sentirá medo medo se lhe aparecer em casa uma notificação para prestar declarações ou ir ao tribunal. Se decidir apresentá-la, antecipando pouca receptividade dos agentes (poderão até tentar demovê-la de apresentar queixa) sugiro que leve alguém da sua confiança consigo. Se tiver um(a) amigo(a) advogado(a) ou jurista, melhor ainda.

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  26. Não tens razão Faísca.

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  27. Há pouco, ao pé de uma mesa de voto:

    Passeio repleto de carros (claro). Mas ainda sobrava um pedaço de passeio para mais um carro. Chega um carro - um grande carro, uma carrinha Audi. A condutora esteve mais de dois minutos a fazer manobras em cima do passeio, para a frente e para trás (sem cuidado nenhum, diga-se), para conseguir estacionar naquele espaço de passeio de marcha atrás: quando saísse com o carro, seria mais fácil. Manobras feitas, só lhe faltava ultrapassar um pequeno e irrelevante obstáculo para aceder ao “lugar”: a minha pessoa. Eu estava, imóvel, no passeio, no único local por onde a carripana poderia passar para estacionar.

    Desta vez, medi bem o risco que podia correr. Enquanto o carro da senhora se aproximava, devagar, em marcha atrás, das minhas pernas, eu fingia que escrevia uma SMS no telemóvel. Não me desviei. A senhora parou o carro, sem exagero, a uns 20 centímetros de mim. Aguardou que eu me desviasse. Finalmente abriu a porta e, sem sair do banco, virou-se para trás e, com muita sinalética de mãos à mistura (tipo “duhhh! Ainda não percebeste que quero passar?!), disse:
    - Desculpe… podia-se desviar, que eu quero estacionar ali?
    Fiz-me de parva, olhei para trás e respondi:
    - Desculpe… não percebi…
    - Era para se desviar… quero estacionar ali...
    Respondi-lhe, com toda a calma, que lamentava, mas não me ia desviar, porque estava num passeio, que era para as pessoas e não para pôr carros em cima.

    Apanhei-a visivelmente de surpresa. Fechou a porta, ficou uns 30 segundos sem fazer nada, de seguida deu uma buzinadela, mas eu não me desviei.

    O que se passou de seguida era digno de ser filmado. A senhora tentou manobras absurdas e impossíveis para meter o carro no passeio sem passar por cima de mim. E lá acabou por desistir. Estacionou noutro lado qualquer, passou por mim uns dois minutos depois e disse-me:
    - Eu pedi-lhe educadamente para se desviar do passeio…
    - “Pois pediu”, respondi eu, “mas isto não vai lá com pedidos educados: não sei se reparou, isto não é um parque de estacionamento, é um passeio, é para as pessoas e não para os carros. Tenho todo o direito de estar no passeio e a senhora estava a pedir-me para sair de um dos últimos pedaços de passeio que sobravam sem carros em cima. Já reparou como isto é ridículo?" (apontei para a quantidade absurda de carros estacionados no passeio).

    Não respondeu, voltou costas e foi-se embora.

    Por curiosidade, fui ver onde é que a senhora estacionou o carro. Estava numa rua perto, num verdadeiro lugar de estacionamento…

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  28. Ao Sr. «Faz de Conta» (também conhecido por Faísca e outros nomes menos simpáticos):
    Tens uma atitude que em nade reflecte o espírito desta iniciativa – embora não concordes com o estacionamento selvagem, não deixas de ser também um energúmeno pela forma como desde 2009 vens para aqui defecar as tuas frustrações, atacas tudo e todos, sejam colaboradores do PL ou não. Na parte que me toca, já é a 2.ª vez que me ofendes pessoalmente e até tinha chegado à conclusão que o melhor era mesmo não ler os teus comentários.
    Infelizmente, por razões técnicas, tive que ler os teus últimos comentários e só posso dizer que, além de não seres muito inteligente (porque não equacionaste os possíveis sentidos da frase), és um ordinário.
    Escusas de responder, pelo menos a mim (já tiveste oportunidade) porque decididamente não vou ler!

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  29. Joana
    Louvo a tua coragem. O Mário Negreiros, numa situação parecida, foi arrastado para fora do passeio.
    Eu não tinha a calma suficiente.

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  30. Joana, eu já tenho referido essas situações em comentários anteriores, quando algum daqueles condutores "valentes" nos vem dizer que somos cobardes ao colarmos autocolantes quando eles não estão dentro dos carros. Tenho respondido que, cobardes são eles ao estacionarem sobre os passeios apenas quando e onde sabem que a polícia não os multará e apenas quando não se encontra ninguém (peão) sobre o passeio, no local onde os senhores pretendem deixar a carripana.
    Confesso que gostava de passar por uma situação dessas e estou à espera que um desses espertos, um dia me mande sair de cima do passeio para lá colocar a lata.

    A atitude dessa condutora é bem demonstrativa do total desprezo e da falta de respeito que nutre pelos peões, e depois ainda vêm aqui dizer que devemos tratá-los com meiguice, com carinho, com paninhos quentes! Dá dó, ver estes artistas virem queixar-se da "monstruosidade" e do "vandalismo" que é colocarmos um autocolante no vidro, quando eles têm o descaramento de nos pedirem para sairmos do passeio a fim de poderem fazer o seu estacionamento selvagem, ou a cobardia de o fazerem apenas quando não vêem ninguém naquele espaço de passeio que pretendem invadir!

    Concordo inteiramente com o que afirma o Alien3063 quando diz que "há uma grande percentagem de gente que não sabe, não quer, nem pretende dialogar", e isso é bem visível nos ataques que aqui são feitos a quem pretende defender o direito à livre circulação dos peões sobre os passeios. Procurem nos milhares de comentários aqui existentes, quantos deles é que admitem estar errados e quantos é que mudaram de opinião ou de atitude perante as denúncias que aqui têm sido feitas! NENHUM! ZERO! Quando muito, aparece um ou outro, a dizer que, desde que conheceu o PL, passou a ter mais preocupação com os peões e a deixar pelo menos uns 15 ou 20cm de passeio livre entre o carro e a parede. Puro cinismo!!!

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  31. Há muito que deixei de responder a "anónimos" e principalmente àqueles que passam a vida a dizer que não lêem os meus comentários. Também por "razões técnicas"... passei a ignorá-los! Não consigo referenciá-los nem sei qual a sua ideologia... que muda conforme as conveniências!

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  32. Qual coragem! Primeiro vi com quem é que estava a lidar. E naqueles momentos em que a senhora esteve dentro do carro depois de eu lhe falar, tive algum receio de que se pusesse a fazer marcha atrás para cima de mim. Quando a senhora buzinou, fiquei com as pernas a tremer: duas toneladas de lata sempre são duas toneladas de lata...

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  33. Boa, Joana! Corajosa ou nao corajosa, fizeste valer os teus direitos e a lei que os protege. Fico contente por ti e por todos os peoes. :-)

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  34. Então e essa matrícula vem ou não vem?

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  35. Caro Sr. Faísca, Vejo que os seus comentários já são famosos. Deixo aqui duas respostas que vi aos seus comentários:
    "@faíscaPrimeira Resposta a um comentário seu, totalmente desprovido de Bom-Senso, no post - «O que é que colou no carro?»:
    Mais uma vez interpretas mal as palavras alheias, é mais uma vez partes logo para a ofensa, ainda para mais a colaboradores do PL – sim, porque o que aconteceu à Ana já me aconteceu a mim, e porque estas coisas «só acontecem a quem cola», e não a um cobarde «nojento e asqueroso» que é o que tu sempre aparentaste ser aqui, com a tua conversa do «faço e aconteço», «chaves na chapas e espelhos partidos». O que tu precisavas mesmo era de um bom par de chapadas, mas neste caso contento-me com o facto de tu nunca teres apresentado obra nenhuma aqui e de não passares de um «faz de conta». Saudações aos demais e boas colagens. "
    Segunda Resposta a um comentário seu, ainda sobre a sua ausência de respeito pelos outros, no post - «O que é que colou no carro?»:
    "Ao Sr. Faísca que deve ser muito amigo e assíduo deste blog, pois vê aprovados comentários (pelo menos como o que colocou às 13:28) que são desrespeitosos (usando uma linguagem pouco apropriada), sugerimos um pedido de desculpas pela potencial má interpretação do que foi dito pelo anónimo das 10:31. Não, não sou eu, nem sei se conheço a pessoa mas achei de baixo nível o seu comentário e acho que não prestigia em nada este espaço. Estou certo que terá coisas bem mais interessantes, eloquentes e educadas para escrever. Vejo várias interpretações dessa frase que passo a transcrever: "Pode ver-se aqui uma constatação das mais básicas possíveis. As coisas só acontecem a quem as faz. Uma vez que nada mais é dito podemos interpretar de várias maneiras. A sua Uma coisa é certa, situações destas só acontecem a quem cola." interpretação parece-me legítima mas...uma vez que há outras interpretações, não me parece correcto referir-se nesses termos à pessoa em questão. Sinceramente, retrata um pouco o seu tipo de personalidade e educação.
    Deixo-lhe outra potencial interpretação: Quem cola autocolantes em veículos, de outras pessoas, está sujeita a "todos" os tipos de atitudes. O anónimo em questão poderá partilhar de outro tipo de atitude perante situações de veículos mal estacionados, como chamar a polícia, chamar a EMEL, tirar uma foto e colocar neste blog, etc.. Qualquer que tenha sido a intenção do Anónimo das 10:31, a sua reacção foi lamentável. Sugiro mais moderação e correcção na linguagem de modo a elevar o nível do blog.
    Compreendo que pretenda associar-me ao anónimo das 10:31, como sendo ele mesmo ou um amigo/familiar, pois ajudá-lo-á a reduzir a dissonância, mas garanto-lhe que está totalmente enganado.
    Cumprimentos a todos e votos de um óptimo fim-de-semana, Raul Malaquias"
    Depois do comentário que li feito por si...Está apresentado...Cumpts a todos do PL, Sérgio Lopes

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  36. Para os carros que estavam em cima do passeio a Joana só tinha de pegar no telefone e contar a polícia. Eles depois que tratem do resto. Afinal de contas é para isso que eles cá andam.

    Cumprimentos,
    MC

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  37. @MC

    Já experimentou fazer isso? Onde? Que resultados obteve? Não, não estou a ser irónico. Quero mesmo saber.

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  38. Numa ou noutra situação a polícia apareceu mesmo. Mas geralmente não fico à espera que cheguem. Seja como for, já vi outros a proporem isso e como tal deve resultar...
    MC

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  39. @MC: eu tambem quero saber.

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  40. @Catarina G. e Sr. Paulo Gomes
    São vários os nossos "colegas peões" que sugerem contactar-se a polícia, alguns anónimos, a Sra. e eu mesmo. Quando ligo digo que tenho um veículo a bloquear-me, digo a morada e pronto... Claro que só o faço junto de casa ou se me afecta/incomoda significativamente. Depois depende se estou com tempo para ficar a aguardar ou se estou com pressa. Li algures num comentário da Sra. que sugeria às pessoas que entrassem em contacto com a polícia. Lembro-me de ter pensado para mim que nem sempre é fácil conseguir que eles venham mas que devia dar-lhes uma conversa mais bem sucedida que a minha quando faço pois, por vezes, eles demoram horas (outras vezes nem aparecem). Seja como for...temos o dever de tentar pois são eles a única autoridade competente para tratar destas situações. Não apoio todos os métodos sugeridos neste nosso espaço mas apenas alguns. Procuro ter o distanciamento suficiente para que as minhas opiniões não sejam facciosas/tendenciosas. Como Balança que sou procuro o equilibrio. Que mais-valia traz colocarem a foto de um carro particular aqui? Nessa situação prefiro contactar a polícia e afectar-lhe o bolso. Como último recurso aprovo esvaziar os pneus (não furá-los, porque isso é ilegal). Se contactarem com frequência a polícia eles irão com mais frequência aos locais e multam mais carros, dando o exemplo a outros condutores. Brevemente irei mandar imagens de um "estacionamento à Patrão" que ocorre na minha rua e que irei chamar a polícia para tratar do assunto. Depois faço foto reportagem. Bem...cada um com a sua opinião e esta é a minha. E como diz o Herman "Quem quer dá-las...Dá-las". (as opiniões). Cumpts, MC

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  41. Obrigada, MC. O meu pedido nao era provocatorio. Apenas acho que e' importante irmos partilhando as experiencias que temos com o chamar da policia, a que tipo de argumentos e' que sao (ou nao) sensiveis, se aparecem, quanto tempo demoram a aparecer, que fazem quando aparecem. De resto, plenamente de acordo: chamar a policia quando achamos que deve ser chamada. E obrigada pelo relato. :-)

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  42. Sugiro para a próxima vez que uma senhora se encontrar numa situação destas, que grite que a estão a tentar violar. Desarma qualquer um. E se a polícia aparecer, mantenha a história. Vai ver que o cobarde nunca mais volta a fazer o mesmo.

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  43. @MC

    Faço minhas as palavras da Catarina. Obrigado pela resposta. Eu, quando contacto alguma entidade (polícia ou autarquia) dou preferência à comunicação escrita (email ou papel), porque fica registada e porque corro menos o risco de me irritar. O telefone tem obviamente outras vantagens: reportar as situações no momento e pedir em que ocorrem e pedir acção imediata. Um dia destes respiro fundo e experimento. Fico à espera da reportagem e espero sinceramente que tenha sucesso!

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  44. @Anonimo de 7/6/2011 'as 22h24: essa e' das ideias mais estupidas que ja' li por aqui... Gritar que esta' a ser violada numa situacao dessas E' COMPLETAMENTE ERRADO porque 1) nao seria verdade, 2) seria acusada de difamacao ou outra forma juridica qualquer parecida, 3) o anonimo que disse isso nao deve ser mulher de certeza, pois entao estaria mais consciente que dar um falso alarme desses descredibiliza perante as restantes pessoas quaisquer apelos do genero que sejam a serio. Ou nunca ouviu a historia do pastor e do lobo?!

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  45. ANA BRÜTT
    Então essa matrícula vem ou não vem?

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  46. Seria escandaloso ver postada aqui a matricula pois pode abrir-se uma "caça ao homem". Quem deve tratar do assunto é a polícia.
    Mas na verdade, aqui espero de ver tudo...
    Feliz ou infelizmente este blog está aberto a todo o tipo de pessoas.
    Temos o dever se ser mais responsáveis nos comentários que colocamos aqui. Eu procuro fazer a minha parte.

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  47. ...e o que é que o gajo merecia, beijinhos?
    Venha a matrícula!

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  48. Leio e não acredito!
    "Seria escandaloso ver postada aqui a matrícula pois pode abrir-se a "caça ao homem".
    É considerado ESCANDALOSA a exposição de UMA matrícula, do carro de um abrunho que violentou uma rapariga apenas porque ela lhe chamou a atenção para a infracção que estava a cometer, mas não se considera ESCANDALOSO a estacionamento de milhares (talvez milhões) de viaturas sobre os passeios dificultando, ou mesmo, impedindo a livre circulação de peões (crianças, idosos e deficientes motores ou invisuais)! Mas que teoria é esta?

    "Temos que ser mais responsáveis nos comentários...".
    MAIS RESPONSÁVEIS!!! Porquê? Porque não podemos beliscar o "bom nome" dos selvagens que estacionam de qualquer maneira e em qualquer sítio sem se importarem com os transtornos e o perigo da sua falta de civismo? Porque devemos tratá-los como "meninos de corto"?
    Porque é que não faz uns autocolantes dizendo algo do género: "Têm que ser mais responsáveis no vosso estacionamento" e não os vai colar nos vidros dos carros que diariamente invadem e vandalizam os nosso passeios?

    Acha que o perigo de um comentário "menos responsável" é igual ou comparável ao de "empurrar" um peão para a faixa de rodagem?

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  49. Se calhar o que faltou a esse Sr. que "atacou" a Sra. Dª. Ana Brütt era precisamente beijinhos e mimos (quando era pequeno) :-)
    Seja como for, sugiro prudência na informação que se disponibiliza à generalidade dos cybernautas. Bom fim-de-semana a todos.

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  50. Se fosse um tipo de 1,80m com 80kg ele só gritava pq mal agarra-se a pessoa podia correr o risco de levar uma bolachada. ficava com o autocolante no carro e com um olho negro. XP

    Faz queixa, a policia através da matricula chega e esse badameco em 2 tempos.

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  51. Matrícula!
    Matrícula!
    Matrícula!
    Matrícula!

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  52. Sim, vamos levantar falsas suspeitas sobre pessoas. Parece-me algo simpático para um fim-de-semana de 4 dias (para alguns). Vamos partir para uma de anarquia...

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  53. É óbvio que não vou fornecer a matrícula. Mais calma, no próprio dia à noite, decidi mandar um email à psp, a contar o sucedido e a pedir informações sobre se fazia queixa ou participação, se a podia fazer por email ou se me tinha de deslocar à esquadra, e no caso desta última hipótese, se podia ser a esquadra da minha zona de residência ou se tinha de ser a do local da ocorrência.
    Até hoje.... não tive qualquer resposta!

    Entretanto já voltei a passar mais do que uma vez pelo local onde tudo se passou e procurei a matrícula só nos carros mais próximos, sem sucesso.

    Até pode ser que aquele indivíduo não fosse da zona e estivesse ali por mero acaso. Vou continuar atenta e já ando com autocolantes outra vez. Não os hei-de deixar de colar!

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