«Amor pela Cidade» - Solução

O Império do Mal... Estacionado
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A resposta certa à questão colocada no post «Amor pela Cidade» foi dada logo no 1.º comentário. De facto, a cena passa-se à porta do Café Império, estando o buraco em forma de coração no local onde se vê a carrinha branca.
A explicação para essa aberração é bem conhecida dos lisboetas: aqui, à semelhança do que sucede em muitos outros locais da cidade, a fiada de pilaretes foi propositadamente deixada incompleta, permitindo o acesso das carripanas ao passeio. Note-se que não se trata de pilaretes derrubados, mas sim de pilaretes que nunca foram colocados, como pode facilmente verificar quem lá for ver.

12 comentários:

  1. No primeiro quarteirão da Almirante Reis, cá em baixo junto ao metro do Intendente, foram mais avisados... Depois de instalarem os pilaretes normais, sem fechamento incompleto, alguém lá deu uma palavrinha a quem de direito e lá substituíram na semana a seguir dois ou três por pilaretes retrácteis, mais evoluídos, para que um ou outro comerciante possa fazer as suas cargas e descargas em paz e sossego, a cinquenta centímetros da porta.

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  2. AHHH! já sei qual é o buraco! é aquele onde há umas semanas atrás uma senhora tropeçou, torceu o pé e caiu mesmo ao meu lado...

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  3. Pilaretes mal colocados ou colocados de forma a privilegiar certos estabelecimentos são comuns um pouco por todo o país, sendo que em Setúbal existem, pelo menos 2 casos gritantes, um na Praça da Independência e outro na Avenida Luisa Todi junto ao antigo Quartel do Onze, onde os pilaretes foram colocados tão afastados uns dos outros que permitem a transposição dos carros entre eles, dando acesso ao estacionamento em cima do passeio que deveria, como é óbvio, ser inexistente.

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  4. Em certos casos, os pilaretes são "devidamente derrubados" pelos interessados (restaurantes, cafés, stands, etc), em seguida desaparecem, e nunca são repostos.

    Os casos mais escandalosos são do género deste do Império: nem sequer são postos.

    Assim, e como isso configura uma cumplicidade entre o beneficiado e a autarquia (Câmara ou Junta de Freguesia), nem a EMEL nem a PM vão actuar.

    Quanto à PSP, já se sabe que há muito se demitiu da função de combate aos estacionamento selvagem.
    Os responsáveis por tudo isso bem podem limpar as mãos à parede, por ajudarem a criar uma cidade caótica e sem regras, de onde só apetece fugir.

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  5. Em Lagos, p. ex., há pilaretes rebatíveis, que se podem baixar em casos muito especiais, mediante uma chave que está na posse do "privilegiado".
    Em certos casos, essa situação (tal como a dos amovíveis) pode ser perfeitamente aceitável.
    Depende dos casos, como em tudo na vida.

    O que não é aceitável é a balda, a chico-espertice, o desenrascanço - nomeadamente o pilarete que, depois de derrubado, desaparece misteriosamente. Nesses casos, evidentemente, nunca é reposto. Nisto do estacionamento (nomeadamente no "fechar de olhos"), há cumplicidades quase mafiosas que só não vê quem não quer.

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  6. O resultado disto é que se gasta dinheiro de todos nós para uma coisa que não cumpre eficazmente a função a que se destinava, por mera incúria de quem manda colocar os pilaretes assim desta forma inútil e que devia pagar o respetivo valor do seu bolso. É como comprar para o combate aos incêndios, com o dinheiro dos nossos impostos, um helicóptero que não voa.

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  7. Só mesmo em Portugal para as autarquias facilitarem a troco de favores/suborno de comerciantes, a (má) instalação de pilaretes.
    Conheço dezenas de exemplos. Vergonhoso.

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  8. O interesse por parte das autoridades em não haver pilaretes deve-se unicamente a poder angariar verbas através dos autos. Um carro estacionado em cima do passeio, pode ser autoado em caso de necessidade, como por exemplo quando se aproxima a época natalícia, ou meses de férias.
    Com os pilaretes, deixa de haver carros mal estacionados, o que prejudica a entrada de verbas nos cofres da polícia.

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  9. Quer a PM quer a EMEL devem ter instruções para não multarem logo.
    Ou seja: mesmo quando tencionam multar, começam por andar ali de um lado para o outro, como que a avisar...

    Ora, se o condutor não for idiota de todo, está ali perto (como neste caso do café Império), e vem a correr tirar o carro, com um sorriso, dizendo que "foi só um minutinho".

    Todos já vimos essa cena, e sabemos que não falha - mesmo quando o carro é sempre o mesmo, e os agentes (ou fiscais) também.
    É uma espécie de teatro de faz-de-conta que deixa toda essa gente satisfeita.

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  10. "Com os pilaretes, deixa de haver carros mal estacionados, o que prejudica a entrada de verbas nos cofres da polícia." E desde quando a polícia multa-os???

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  11. Só para dizer que hoje à hora do almoço, mais uma pessoa tropeçou nesse buraco e caiu. Desta vez, uma senhora de idade, que teve de ser levada em ombros para dentro do café Império para se poder sentar, uma vez que se terá magoado num dos joelhos.

    Agora pergunto, não há maneira de este buraco ser reparado? Já é a 2ª vez que assisto a uma situação destas, fora todas as outras que eu não vejo!

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  12. Pois,... eu moro na zona...
    E já experimentaram passar/ passear nesse local há noite (21/ 24 horas)? Não é uma carrinha, mas são N + 1 carros de gama alta, provavelmente de consultores, assessores e outros parasitas institucionais que se dão uma exemplar imagem do civismo e cidadania reinante neste país e nesta cidade. E a essa hora a Polícia Municipal e a Divisão de Trânsito só atendem casos para rebocar carros estacionados frente às garagens dos snrs. doutores e outras pessoas importantes. Quanto ao buraco não é o único existente na zona. Até na Praça de Londres e Guerra Junqueiro, área de passagem (eventual) do António Luis Costa (ilustrissimo Presidente da edilidade lisboeta) eles proliferam...

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