Funcionários da EMEL não pagam multas


Funcionários Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa acumulam dívidas de milhares de euros em multas por estacionamento irregular em zonas geridas pela própria empresa.

Funcionários da EMEL – Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa – acumulam dívidas de milhares de euros em multas por estacionamento irregular em zonas geridas pela própria empresa.
O CM apurou, por exemplo, que a secretária do presidente do Conselho de Administração da EMEL, António Júlio de Almeida, contava em 16 de Dezembro passado com 282 avisos de pagamento, que totalizam 1296 euros.

A este valor acresce ainda um mínimo de 8469 euros, no caso de a empresa proceder ao levantamento da contra-ordenação, que, de acordo com o Código da Estrada, se pode situar entre os 30 e os 150 euros para situações de incumprimento da proibição de estacionar em zonas de duração limitada. O valor destas contra-ordenações é pago à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, que posteriormente transfere 30 por cento da quantia para a EMEL.

Outro caso diz, curiosamente, respeito a uma funcionária do departamento de contra-ordenações da EMEL que no dia 17 de Dezembro contava com 496 avisos de taxas de estacionamento, num total acumulado de 2371 euros. Se somarmos a esta quantia, o valor da aplicação da contra-ordenação, esta funcionária contabiliza uma dívida total de 17 251 euros.

A EMEL não respondeu às solicitações do CM para prestar esclarecimentos sobre esta matéria. Um antigo administrador da empresa garantiu, porém, que estes casos 'são apenas a ponta do icebergue', adiantando que, durante o seu mandato, havia uma lista com cerca de 12 funcionários em situação de dívida para com a empresa.

Este responsável tentou, aliás, contornar algumas situações, recordando um caso particular em que conseguiu acertar com o funcionário o pagamento da respectiva dívida em prestações. No entanto, por estar 'isolado' no Conselho de Administração, a medida não se generalizou.

In Correio da Manhã
21 Dezembro 2009 - 00h30

13 comentários:

  1. E isto quer dizer o que mais propriamente??
    Que os funcionarios do pingo doce nao comen á borla? que o funcionario das finanças nao resolve os problemas dele antes das pessoas que estao nao fila? Que a senhora medica nao tem medicamentos em casa sem ir á farmacia? que o porteiro da discoteca nao deixa os amigos entrarem sem pagar?? Pelo amor de Deus....eu no lugar deles era a mesma coisa ou ainda pior!!! Isto é de invejosos!!!

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  2. no lugar deles fazia o mesmo, porque não tem um pingo de vergonha na cara, e é por isso que o Pais não avança, pois é a tipica mentalidade "se ele pode, eu tambem posso".
    logo se ele deixa mal estacionado, eu também deixo.
    ele não paga, eu também não pago.
    e a culpa nunca é nossa, mas sim do outro, porque foi o outro que começou...

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  3. Os funcionários das finanças pagam impostos como os outros!
    Resolver um problema é uma coisa, não pagar é outra.
    Anónimo das 01:19, você é um dos milhões de problemas que este país tem!

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  4. Pois, de facto, anónimos como o das 01:19, há-os para aí aos pontapés. Acham normalíssimo este tipo de actuação e consideram que quem não faz o mesmo é estúpido e que quem critica é invejoso. E assim vai o nosso Portugal...

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  5. Lembro-me de ouvir críticas aos brasileiros porque são um povo em que não se pode confiar, que são aldrabões, etc... e nós (1º mundo da treta) somos o quê?
    coitados deles, que pegaram o nosso sangue de aldrabões e de incivilizados e também coitados dos filhos de quem pensa assim

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  6. Eu trabalhei seis meses no Jumbo e sempre paguei as minhas compras, não sei como será no Pingo Doce mas certamente não será como na EMEL!
    ... realmente, há cada um.

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  7. Hoje mesmo, perante uma situação escandalosa de estacionamento selvagem (em 2ª fila + em cima do passeio + bloqueio de uma entrada com Art. 50, etc) procurei a emel por todo o lado para lhes exigir que fizessem aquilo para que lhes pago.

    Não vi ninguém.

    Fotografei a cena e, pouco depois, encontrei 3 agentes da polícia municipal a quem mostrei as imagens.
    Foram até lá, e foi um fartote, pois cada um 'atirou-se' a um carro.

    Houve duas cenas espantosas:

    Uma delas, foi um cavalheiro que teve a lata de dizer que "foi só um minutinho".
    Outra, foi uma senhora que, nas barbas dos 3 agentes que estavam a multar, estacionou da mesma forma, aproveitando o espaço de um acabado de sair!

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  8. bem, pelos menos autuaram. em Oeiras ainda lhe pediam a si a identificação, só pelo incómodo causado a eles.

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  9. Eu não tenho qualquer problema, em troca, em exigir a identificação deles e - se for necessário - apresentar queixa por escrito.

    Nunca nos podemos esquecer que eles SÃO PAGOS por nós para fazerem isso a tempo inteiro, pelo que eles é que têm de ter medo da insatisfação dos contribuintes, e não o inverso.

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  10. Voltando ao primeiro anónimo, se todos agissem como a EMEL, o país estaria uma desgraça!


    Apanharam? lol

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  11. Se alguma vez o polícia disser que não pode multar porque não tem o "caderninho" com ele, diga-lhe que pode anotar a matrícula e fazer o auto depois. Diga-lhe também que, como queixoso, pode saber se houve a autuação e, se não tiver havido, que pode apresentar queixa contra o agente.

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