Cidade sem lei

A visão do carro abaixo, na Rua da Boavista, em Lisboa, lembrou-me os cowboys dos filmes de far-west, que amarram os seus cavalos mesmo em frente ao saloon. A "besta" em questão deixou a sua "montaria" do lado de fora, mas, se pudesse, teria ido comprar parafusos sentado ao volante, loja adentro. Chego a pensar que o sonho de alguns condutores é mesmo viver numa cidade "drive-thru"...


- Passadeira? What is that?


- What is that "P" supposed to mean?

18 comentários:

  1. Parking lots? Where we're going we don't need no parking lots!

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  2. Conheço muito bem a zona. O mais engraçado é que mesmo em frente há uma esquadra da polícia. E esta, hein?!

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  3. Obviamente que conhece bem a zona, se lá foi por o autocolante...

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  4. Não me parece que tenha sido a mesma pessoa, ó 16:13...

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  5. Bastantes vezes os carros têm que ficar no passeio por outros motivos que não egoísmo. É pena que disso não se lembrem e prefiram logo rogar pragas aos condutores e espetar-lhes autocolantes. E em alguns sítios (como já espetaram no vidro do carro do meu irmão), não só é a única possibilidade, como sobram kms de passeio para as pessoas passarem. O que torna o autocolante um bocado dispensável, mas é sempre mais giro chatear o próximo. O importante é que tenham muitos autocolantes, porque está visto que o próximo passo é partir os vidros com um martelo.

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  6. Caro anónimo das 22:06

    Já muitos referiram aqui que sempre conseguiram enquanto condutores evitar "ter que" estacionar num passeio.

    Mas quanto ao autocolante é o passo seguinte à alternativa usada anteriormente por muita gente como riscar os carros ou partir um espelho com um pontapé...

    Talvez o próximo passo seja apenas um panfleto e com sorte num futuro próximo a solução do problema passará por não prejudicar, de todo, os peões...

    esperemos...

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  7. Daqui anónimo das 22:06,

    Concordo. Esperemos que o problema dos carros em todo o lado desapareça. Sem criar problemas tanto a peões como a condutores!

    Eu evito sempre estacionar em passeios e passadeiras. Apenas o faço à porta da minha garagem mas não prejudica porque sobra bastante passeio. Mesmo assim espero que ninguém me risque o carro e que não prejudique ninguém.

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  8. «bastante passeio»??? Do seu ponto de vista, claro; de certeza que não de ponto de vista do invisual ou do calceteiro que tem de recuperar o passeio que o sr está a estragar.
    Portanto, se lhe roubarem uma parte do seu dinheiro para si está tudo bem, desde que deixem um resto?
    O sr anónimo das 22:06, é daqueles a quem realmente este movimento não alcança, pois é pressuposto do autocolante que as pessoas tenham um mínimo de bom senso para compreenderem a sua mensagem.
    O que vc merecia era que lhe retirassem a carta, pois dá para perceber que, ou não sabe o código, ou simplesmente não quer saber!

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  9. Esse gajo(a) é um autêntico(a) MOTHER FUCKER. Não era só um autocolante, mas sim para ai uns cem em todos os vidros(excepto o da frente) para esse(a) burro(a).

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  10. O calceteiro que arranjar o meu passeio vai arranjá-lo quer por eu passar por lá com o carro, quer por eu deixá-lo lá. Para além de ser eu a pagá-lo, mas ok. E acredite que bastante passeio é mesmo bastante (até porque eu é que sei onde moro e não o(a) senhor(a)), no mesmo passeio existem umas barras que não dão espaço para a pessoa passar sem que tenha que ir até ao suficiente para estar atrás do carro, logo o carro não será problema para um invisual, para além de ter desenhado um lugar de estacionamento desenhado em cima da calçada. Se calhar para me enganar, mas não creio que nenhum dos(as) senhores(as) aqui tenha a competência para me fazer diagnósticos e muito menos dizer o que eu mereço. A falta de bom senso, como o prova, não é só da minha parte.

    E este gajo se for um MOTHER FUCKER, será com certeza da sua Mãe. Quanto à burrice... Poupe-me. Burro é defender algo de uma maneira tão intensa sem saber sequer a particularidade do meu caso ou tão pouco tentar sabê-la, preferindo sempre agir ignorantemente ao ataque. Cole-me 200 autocolantes! E depois arranje-me a garagem, e coloque passeio exactamente na parte ao lado dessa mesma garagem, pois está cheia de alcatrão (o único sítio onde existe calçada é mesmo na saída da garagem. Se calhar nem é considerado passeio. Ou talvez seja, para já ter levado com um autocolante no carro do meu irmão.). Agradeço.

    Aos restantes apoiantes desta causa, espero que não se incluam nesta resposta e peço desculpa por alguma linguagem menos apropriada. Eu compreendo este movimento e concordo com ele! Mas há casos e casos. Seja como for, repito, tentarei sempre ter cuidado. Antes de condutor sou um peão. Simplesmente apelo a um pouco mais de calma e compreensão de parte a parte.

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  11. Caro anónimo das 23:36

    Não nos peça compreensão. Não faça isso.
    Todos os "estacionadores de passeios" têm as suas razões. Todos.
    Nós só temos uma: o passeio é dos peões. Está na lei.

    Se não concorda, mexa-se e peça compreensão às entidades competentes e faça com que a lei mude.
    Até lá, lamento, continua errado.

    PS: O caduco argumento do "faço o que quero porque quem lhes paga o ordenado sou eu" é de mau gosto e mesquinho.
    Ou será que também deita lixo para o chão, cospe, arranca as flores dos canteiros? Sabe, o resto do mundo - os que não giram à volta do seu umbigo - está a tender para a evolução.

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  12. O meu umbigo? Se eu contratar um calceteiro, pago-lhe eu. Não espero pela câmara para fazer isso por mim. E o passeio provavelmente estraga-se da mesma maneira com o carro em cima ou a passar por ele várias vezes. Que boquinha mais idiota. Só há boquinhas aqui, é impressionante! Você não faz a mais pequena ideia do que eu já fiz por esta cidade, este país ou até este planeta. Não faz nem sonha!

    Em relação ao resto, tem razão mas não em tudo. Não é tão linear assim. Mas desisto. Acham-me obtuso por não concordar 100% convosco e eu acho-vos por não serem minimamente tolerantes e estarem cheios de agressividade contida, ansiosa por saltar cá para fora e matar todos os "estacionadores" do mundo. Compreendo que há muitos casos em que não dá para contornar (até literalmente) o problema do carro em cima do passeio, mas há casos e casos, passeios e passeios. Adiante... Espero apenas que se chateiem mesmo por dificultar a passagem e não apenas por quererem implicar com o próximo, libertando outras frustrações (bem à português).

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  13. "Você não faz a mais pequena ideia do que eu já fiz por esta cidade, este país ou até este planeta. Não faz nem sonha!"

    Ahaha! Querem ver que o Sócrates também nos visita...! Cuidado, ele está em todos o lado! Big Brother is watching you!

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  14. Meu caro Senhor que tanto fez pelo mundo,

    Sou a mesma da "boquinha mais idiota".
    Ao ler o seu último comentário lembrei-me de um episódio, em tempos idos, remotos mesmo, em que eu vivia num bairro, dito, típico.
    Um dia, querendo eu entrar em casa, tinha uma bela viatura estacionada em cima do passeio, a 10 cm da porta. A solução foi passar por cim do carro, eu e mais a prole, as compras e um carrinho de bebé. Ficou bonito.
    Deixie-lhe um papel no limpa pára-brisas, brindando-o com alguns adjectivos menos jocosos que, na prática, só serviam para desabafo próprio: estou completamente convencida que é uma besta não tem a menor noção de empatia, respeito e civismo. Daí, qualquer coisa que se lhes diga, só serve para nos aliviar a alma.
    Pois o energúmeno, não satisfeito, escreve nas costas do papel que lhe deixei, que não só não era uma besta como era o salvador da pátria, e que eu não fazia ideia do que ele já fez por este país e troca o passo.
    Presumo então, que quem faça qualquer coisa por este país (que muito sinceramente não estou bem a ver o que possa ser), sente-se de consciência tão tranquila, sente-se tão seguro da sua generosidade, que estacionar em cima de um passeio, à porta de casa de alguém, é uma coisa tão insignificante que não tem qualquer valor.

    O que gostaria de lhe dizer, meu caro Senhor que tanto fez pelo mundo (a galáxia, não?) é que são as pequenas coisas, aquelas que ninguém lhe dá medalhas nem louvores, que ninguém elogia (porque não são de elogiar, são de fazer, simplesmente por que sim) é que mostram o verdadeiro carácter.

    Sou peão e condutora, moro num dos piores locais de estacionamento de Lisboa e nunca deixo o carro em cima do passeio. Ninguém me agradece, só eu.

    Passe bem, e continue a fazer pelo mundo que ele está mesmo a precisar.

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  15. Caro 1:59, Tenho notado que o estacionador-em-cima-do-passeio não é um, mas vários. E que num extremo há pessoas perfeitamente egoístas, incapazes mesmo de perceber alguma razão para sacrificarem o próprio conforto quando este significa o desconforto de terceiros e, no outro extremo, há pessoas genuinamente boas e generosas mas que, pela banalização do uso, tornaram-se insensíveis ao mal que provocam quando estacionam em cima do passeio (mesmo quando deixam o famoso espacinho para o peão). É com estas que o autocolante pode ter algum efeito (às outras, restam as multas e os reboques, se os houvesse). Por isso, acho que devemos dialogar (argumentos e contra-argumentos) e nunca partir para a agressão. Isso posto, argumento o seguinte: um carro em cima do passeio, mesmo que deixe o tal espacinho, reforça a banalização do uso do passeio público como estacionamento e, também por isso (além do mal que faz ao próprio passeio, do transtorno que causa a cegos, etc, etc, etc), é reprovável. Pessoalmente, procuro ser selectivo e colar só nos casos mais escandalosos, mas não chego a achar ilegítimo colar em carros que deixem o tal espacinho. O passeio é para quem anda a passo e, enquanto não fizermos disso uma regra clara, de transigência em transigência, acabaremos por chegar à selva a que chegámos.

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  16. Subscrevo inteiramente o 16:09.

    O argumento do "sobra espaço suficiente" não é um bom argumento. E se numa rua com 2 faixas de trânsito no mesmo sentido uma delas fosse ocupada por peões a conversar, a andar, a correr, etc.? Se os automobilistas reclamassem, acharia legítimo que os peões respondessem "sobra espaço suficiente para os carros passarem"?!

    Pense bem: a sua regra é "é legítimo estacionar em cima do passeio desde que se deixe espaço para os peões"? Acha razoável?

    Outra coisa com que não posso concordar é que pessoas com garagem resolvam estacionar na rua (quanto mais em cima do passeio). Então as garagens servem para quê? Para que é que a lei obriga os construtores a construir espaços de estacionamento para os residentes?

    JF

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  17. JF eles não colocam o carro na garagem por duas razões. Primeira, porque dá trabalho (na minha rua de vez em quando há alguém que deixa o carro em frente da garagem), e segunda porque a garagem passa a ser arrecadação. Para não falar em quem tem 2 ou mais carros. Parando para pensar o que gastam por mês para manter, entende-se porque há tantos que comem pão e água (eu até conheço alguns), só para manter as meninas dos olhos.

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