A opinião de um leitor.

Exmos.

venho por este meio expressar a minha opinião sobre a vossa iniciativa.
Acho que é uma iniciativa de louvar, uma vez que nem todos os condutores têm respeito pelos peões, e julgam que Portugal é só deles. Devo no entanto discordar com o facto de usarem autocolantes para alertar esse facto aos respectivos condutores.

Uma vez que a mensagem pode ser impressa, é de reparar que nem todos os autocolantes são "inócuos", e alguns podem deixar cola no vidro e ser de remoção difícil. Se quiserem ganhar mais um ponto a vosso favor, façam autolocantes electro-estáticos, que aderem ao vidro, sem ser necessário cola, e vendam.
Deixam de ter reclamações dos condutores, ficam com a razão inteiramento do vosso lado e a mensagem passa na mesma.

Como condutor, acho que ninguém tem o direito de colar autocolantes na minha viatura, caso tal iniciativa me cause despesa. Por outro lado, as autoridades deviam ser as primeiras a lidar com este facto, autoando aqueles que infrigem as regras de trânsito (e também os que causam dano em propriedade alheia "através dos autocolantes").

Como peão que tem o carro na garagem porque vai todos os dias de transporte para o trabalho, acho que é uma falta de respeito termos de andar no meio da estrada, uma vez que os carros estão a ocupar a via que nos é destinada.

Cumprimentos.

11 comentários:

  1. Não deixo de achar curioso que as duas reclamações de condutores e proprietários de automóveis estejam tão preocupados com a "despesa" de descolar um auto-colante no vidro do carro.

    Para alguém que parte calçadas e lancis, em muitos casos destrói canteiros e árvores. Coloca peões em perigo de vida, estar preocupado com a sua "despesa" só demonstra que está mesmo demasiado a só pensar no seu umbigo!

    Parabéns! Como é que posso receber autocolantes que aqui na minha vizinhança tenho algumas dezenas de umbiguistas militantes!

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  2. Impressionante o pensamento deste senhor!!!! Está mais proecupado com a cola que o autocolante possa deixar no vidroda sua viatura do que em cumprir o código da estrada... Código esse que deve ter, na altura em que obtve a carta de condução, comprado em alguma livraria deste País.
    Só fala assim quem não tem respeito pelos outros e nunca anda a pé pelas ruas das cidades Portuguesas.
    Se este senhor tivesse alguma deficiência fisica com certeza falaria de outra forma.

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  3. É de se notar que quanto menor o zelo pelo que é (passeio)público, maior parece ser o zelo pelo que é(carrinho)particular. Tenho medo de levar murros na cara ao colar o adesivo, mas não tenho medo de vir a ser julgado e condenado a assumir as despesas da limpeza do vidro que sujei. Mesmo que condenado, divertir-me-ia imenso com as argumentações do "ofendido". (Mário Negreiros)

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  4. Óptima iniciativa. Devo dizer que em vez dos autocolantes, já passei a pé por cima de carros que me osbtruiam a passagem. Riscou? Temos pena!

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  5. Gostei da ideia do autocolante. E se deixar marca não é nada que nós, condutores infractores, não estejamos habituados, pois não são as raras as vezes que danificamos os passeios, canteiros, sinalização vertical, etc para não ter que procurar um lugar mais adequado ou para não ter que andar 100 metros.

    Essas pseudo-pessoas que reclamam da cola dos autocolantes nas suas viaturas não fazem comentários sobre os pais com carrinhos de bebé ou quem vai em cadeira de rodas que vão para a meio da rua para ultrapassar estes obstáculos. Tenham juizo, se querem prevaricar não há maneira de evitar, mas evitem estes comentários irracionais.
    Assinado: "Curioso"

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  6. Eu ando de bicicleta e a pé na minha cidade. Concordo com a abertura das cidades às pessoas e não aos carros.
    Sou completamente favor desta ideia do aviso aos condutores.
    Mais, como proprietário de um ginásio, e uma vez que os clientes (e não só) estacionam muitas vezes em cima do passeio, é meu hábito, e dos meus colegas, avisar as pessoas para respeitarem um espaço para as pessoas passarem (já cheguei a imprimir pequenas notas e a colocar nos vidros).

    Posto isto e para que me entendam devo dizer que concordo inteiramente com este post. Se queremos mais gente connosco, que compreenda e apoie este tipo de iniciativas, mais gente que nem que seja naquele instante perceba que realmente fez asneira (sim porque é burriçe depreendermos que todos os condutores fazem de propósito -muitas vezes nem pensam nisso, e tal como já disse tenho experiência em confronta-los com essa situação). Se queremos consciencializar temos de o fazer de uma forma não agressiva. Se hostilizarmos seremos apenas nós contra eles, e julgo que não é essa a ideia mas sim fazer com que quem anda de carro deixe de estacionar onde não deve.
    Caso sigam com a ideia dos autocolantes podem ter a certeza de que apenas irão arranjar inimigos e que a importante mensagem se perderá no meio do ruído produzido. (o raio da cola nos vidros...)

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  7. Compreendo as ponderações de "ruiruim", admito que ele possa estar certo mas, no ponto em que as coisas estão, temo que sem ruído (ou sem "o raio da cola nos vidros")não se chegue a lugar nenhum. Note-se que (aqui ou nas ruas) toda a gente acha que temos toda a razão mas... (os "mas" variam, mas há sempre um). Faça-se então o barulho, revele-se o abismo entre o "cuidadinho com o vidrinho do carrinho privadinho" e o "que se lixe o passeio que, sendo público, não é de ninguém". (Mário Negreiros)

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  8. Caro Mário pelos vistos não me expliquei suficientemente bem. Eu se vir alguém mal estacionado e quiser passar sou gajo para ficar irritado, sou gajo para mandar vir e sou gajo para em ultimo caso passar por cima de um capot (ainda não o fiz mas já estive mais longe.)
    Mas em todas essas situações sou eu e apenas eu, Rui Barbosa. E as consequências desse acto caem apenas sobre mim.
    No autocolante falo em meu nome e de outros que pensam como eu.
    E numa campanha devemos ser inteligentes e retirar tudo o que seja negativo de modo a que a campanha funcione.
    Se de facto esta campanha é TAMBÉM dirigida aos automobilistas, e se de facto se pretende re-educa-los não podemos agir como eles, porque senão corremos o risco de acabar todos à pancada, o que não me parece nem muito educativo, nem produtivo, e muito menos me parece que consiga retirar os carros de cima do passeio.

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  9. Caro Rui, acho que se explicou perfeitamente bem, e nunca o confundi com os que dizem que nos compreendem e tal mas... no meu, não! A nossa divergência é puramente estratégica: você acha que, estrategicamente, seria melhor evitar uma confrontação mais agressiva; eu acho que sem uma confrontação mais agressiva nunca chegaremos a lugar nenhum. O que me faz acreditar nos resultados dessa confrontação é imaginar os senhores autocolados a usar expressões como "abuso"; "desrespeito"; "invasão"; "danos" - todos autoaplicáveis à própria atitude. Provavelmente eu estarei certo nalguns casos, você, noutros, e nunca saberemos se eu em mais ou em menos do que você. (Mário)

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  10. "Impressionante o pensamento deste senhor!!!! Está mais proecupado com a cola que o autocolante possa deixar no vidroda sua viatura do que em cumprir o código da estrada...".

    Aproveito para dizer a este senhor que nunca apanhei uma multa por mau estacionamento, que deixo o carro na garagem e vou de transportes publicos para o trabalho (só pego no carro quando preciso). Como disse na mensagem, devem ser as autoridades a autoar aqueles que não cumprem o código da estrada e não as pessoas. As pessoas não podem fazer justiça pelas suas mãos. Que me diga que a autoridade funciona mal, ou não funciona de todo, isso é outra coisa. Se eu algum dia estacionar num passeio, que seja autoado por um agente de autoridade, mas se algum peão me causar danos na viatura, vai ter de pagar, da memsa maneira que também pago se fôr autoado numa situação destas.

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  11. "...devem ser as autoridades a autoar aqueles que não cumprem o código da estrada e não as pessoas"

    Oh sr. ninguém autuou ninguém, colocaram um mero autocolante que só com muita imaginação sua causa danos ao carro. Descontraia, tem tenha proporção, contra-peso e medida. De um lado estragam e danificam propriedade pública no valor de milhares e milhares de euros, põem em perigo de vida milhares de pessoas. Do outro colam um autocolante. Ai meus Deus, que estão a danificar um carro!

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